sábado, 27 de agosto de 2022

Peixe boi da Amazônia (Trichechus inunguis)

Trichechus inunguis

O peixe-boi da Amazônia (Trichechus inunguis) é uma espécie de peixe-boi que vive na Bacia Amazônica no Brasil, Peru, Colômbia e Equador. Tem a pele fina, enrugada, acastanhada ou cinzenta, com pêlos finos espalhados pelo corpo e uma mancha branca no peito. É a menor das três espécies existentes de peixe-boi.
O nome específico, inunguis é latim para "sem pregos". O nome do gênero Trichechus, vem do latim que significa "cabelo", referenciando os bigodes ao redor da boca do peixe-boi.


Características físicas


O peixe-boi da Amazônia é o menor membro da família do peixe-boi e pode ser distinguido por sua pele mais lisa e emborrachada e falta de unhas vestigiais em suas nadadeiras. 8,1–379,5 kg e 71,0–266,5 cm para fêmeas em cativeiro e 120,0–270,0 kg e 162,0 –230,0 cm para peixes-boi de vida livre, respectivamente. O peso máximo real do peixe-boi da Amazônia relatado é de 379,5 kg. Os bezerros da espécie nascem pesando 10-15 kg e 85-105 cm de comprimento. Os peixes-boi da Amazônia aumentam em comprimento aproximadamente 1,6-2,0 mm por dia. Esse comprimento é medido ao longo da curvatura do corpo, de modo que o comprimento absoluto pode diferir entre os indivíduos. Como bezerros, eles ganham uma média de 1 quilo por semana.


Os peixes-boi da Amazônia são mamíferos grandes, de formato cilíndrico, com membros anteriores modificados em nadadeiras, sem membros posteriores livres e a parte traseira do corpo na forma de uma pá horizontal, arredondada e plana. As nadadeiras flexíveis são usadas para auxiliar o movimento sobre o fundo, arranhando, tocando e até abraçando outros peixes-boi, movendo alimentos e limpando a boca. O lábio superior do peixe-boi é modificado em uma grande superfície eriçada, que é profundamente dividida. Ele pode mover cada lado dos lábios independentemente durante a alimentação. A coloração geral é cinza, e a maioria dos peixes-boi da Amazônia tem uma mancha distinta branca ou rosa brilhante no peito.


Os peixes-boi da Amazônia, semelhantes a todas as espécies vivas de peixes-boi da família Trichechidae, possuem dentes polifiodontes. Seus dentes são continuamente substituídos horizontalmente desde a porção caudal da mandíbula até a porção rostral ao longo da vida do peixe-boi, uma característica única entre os mamíferos. Apenas o parente vivo mais próximo da ordem Sirenia, os elefantes, mostra uma característica semelhante de substituição de dentes, mas os elefantes têm um conjunto limitado desses dentes de substituição. À medida que os dentes migram rostralmente no peixe-boi, as raízes serão reabsorvidas e o esmalte fino se desgastará até que o dente seja finalmente eliminado. Referido como dentes da bochecha, a diferenciação dos dentes do peixe-boi em molares e pré-molares não ocorreu, e os peixes-boi também não possuem dentes incisivos ou caninos. Esses dentes migram a uma taxa de cerca de 1 a 2 mm/mês, com base nas taxas de desgaste e mastigação.


O peixe-boi da Amazônia não tem unhas em suas nadadeiras, o que o diferencia de outros peixes-boi. Além disso, os peixes-bois da Amazônia têm um grau muito pequeno de deflexão rostral (30,4°), que pode ser usado como uma indicação de onde na coluna d'água o animal se alimenta. Um pequeno grau de deflexão significa que a extremidade do focinho é mais reta em relação à porção caudal da mandíbula. Animais com maior grau de deflexão, como D. dugong com cerca de 70° de deflexão, são mais de uma espécie bentônica, alimentam-se no fundo do mar e têm focinhos que apontam quase completamente ventralmente. Apenas T. senegalensis tem uma deflexão rostral menor de cerca de 25,8°. Acredita-se que isso maximize a eficiência da alimentação. Um pequeno grau de deflexão rostral permite que os peixes-boi da Amazônia se alimentem de forma mais eficaz na superfície da água, onde grande parte de sua comida é encontrada.

sábado, 5 de fevereiro de 2022

Tartaruga-aligátor um verdadeiro dinossauro ( Macrochelys temminckii)

Macrochelys temminckii

Tartaruga-aligátor

A tartaruga-aligátor (nome científico: Macrochelys temminckii) é uma espécie de tartaruga de água doce (também chamadascágados) da família Chelydridae.

É uma das duas espécies do género Macrochelys, a outra é a Macrochelys suwanniensis , e pertence à mesma família da Tartaruga-mordedora. A tartaruga-aligátor habita os rios, lagos e pântanos do sul dos Estados Unidos da América. O nome "tartaruga-aligátor" fica-se a dever à sua potente mordida, já que o aligátor-do-mississipi possui uma das mordidas mais fortes do planeta e habita o mesmo ambiente

Aspecto

É o maior cágado do mundo, podendo alcançar 80 centímetros de comprimento, podendo ultrapassar os 100 quilos. Caracteriza-se pela carapaça escura e achatada, de placas, exornada com três cristas espinhosas, de consideráveis dimensões, posicionadas longitudinalmente.

As placas da carapaça, à guisa do que acontece com as dos aligátores, crescem ao longo da vida da tartaruga. A isto acresce que esta tartaruga se reveste de algas, amiúde, por molde a camuflar-se. Mantendo-se imóvel no fundo de um lago ou pântano, a tartaruga-aligátor espera pacientemente até que uma presa se aproxime para a abocanhar com as suas poderosas mandíbulas.

Hábitos e alimentação

Apesar de maior do que sua parente, a tartaruga-mordedora, a tartaruga-aligátor é menos agressiva. Este animal possui um apêndice curioso preso à língua, que lembra uma minhoca ou outro verme, e que lhe serve de engodo para apanhar peixes e outros animais. Imóvel e camuflada por entre as algas no leito dos lagos e dos rios, a tartaruga-aligátor permanece com a boca aberta debaixo de água e agita a língua, que lhe serve de engodo, de maneira a atrair as presas diretamente para dentro da boca.

Segue uma dieta omnívora, que consiste mormente de peixe, pese embora inclua praticamente tudo aquilo que consigam apanhar, desde carcaças de animais mortos, a invertebrados aquáticos, anfíbios, pequenos répteis e até tartarugas de menor envergadura. É uma espécie tendencialmente noctívaga, pelo que costuma caçar mais ativamente à noite. Tem uma esperança de vida que ronda os 20 a 30 anos, sendo certo que já foram documentadas ocorrências de indivíduos com até 70 anos ou mais.

Reprodução

Desovam de 8 a 52 ovos (com uma média de 25 ovos) com cerca de 37 a 45 mm de comprimento, 37 a 40 mm de largura e com 24 a 36 gramas de peso, que demoram cerca de 82 a 140 dias para eclodirem e em média apenas 78% dos ovos apenas eclodem (a temperatura influencia no tempo e desenvolvimento dos ovos, um aumento leve na temperatura de incubação diminuí o tempo de incubação).

A incubação dos ovos pode ser feita naturalmente nas margens de lagos ao ar livre ou em sistemas artificiais de incubação (obtendo assim maior eficiência) com uma mistura de vermiculita e água, em proporções iguais, para a deposição dos ovos, mantendo assim níveis de humidade na ordem dos 90%, sendo que o recipiente deverá permanecer fechado e com temperatura constante variando apenas entre os 25 e os 30 °C, os ovos apodrecidos e inférteis devem ser retirados. Temperaturas próximas de 29 e 30 °C nascem maior percentual de fêmeas e temperaturas próximas de 25 e 26°C nascem maior percentual de machos.

As tartaruguinhas nascem com 39 a 42 mm de comprimento de carapaça, com 34 a 38 mm de largura de carapaça, com 57 a 61 mm de comprimento de cauda e 18 a 22 gramas de peso. Quando ainda são pequenas, os seus como principais predadores são as aves, alguns peixes de maiores dimensões, mamíferos e crocodilos. Atingem a maturidade sexual entre 11 e 13 anos de idade. 

Taxonomia

O nome científico Macrochelys temminckii resulta da combinação do nome Macrochelys aglutinação dos étimos gregos «makros», que significa «grande» e «khelus» que significa «tartaruga».

Quanto ao epíteto específico, temminckii, trata-se de uma remissão a Coenraad Jacob Temminck, aristocrata e zoólogo holandês.

Fonte Wikipédia

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Corda de Viola (Ipomoea indivisa)

Ipomoea indivisa

Corda de Viola

A corda de viola (Ipomoea indivisa ) é uma trepadeira encontrada em diversos locais como terrenos baldios e  beira de estrada. Suas folhas tem forma de um coração, suas flores tem forma de um cálice e cor vermelho vivido. Da família Convolvué é considerada uma planta invasora por afetar diversos tipos de cultura como arroz , aveia algodão , cana de açúcar, maçã, milho entre outras. Muitas pessoa a cultivam como planta ornamental devido a suas lindas flores. Conforme a região onde  é encontrada pode possuir outros nomes como campainha, flor de cardeal, primavera entre outros.

Formiga tocandira (Dinoponera gigantea)

Frank decide medir seu poder mental suportando as picadas das dolorosas formigas tocandira.


A Formiga Tocandira (Dinoponera gigantea) é uma espécie de formiga gigante encontrada nas florestas tropicais da América do Sul, incluindo Brasil, Venezuela e Colômbia. Também conhecida como "formiga-bala" devido à sua picada dolorosa e venenosa, a formiga tocandira é uma das maiores formigas do mundo, podendo chegar a medir mais de 3 centímetros de comprimento. A formiga tocandira é uma das formigas mais ferozes e agressivas do mundo, com um veneno que causa uma dor intensa e persistente quando injetado em humanos ou animais. Além disso, elas são conhecidas por seu comportamento territorial e defensivo, atacando qualquer coisa que se aproxime de seu ninho, incluindo seres humanos. A picada da formiga tocandira é tão dolorosa que é comumente referida como "a pior picada de inseto do mundo". A dor começa imediatamente após a picada e pode durar horas ou até dias, dependendo da sensibilidade de cada pessoa. O veneno também pode causar sintomas como inchaço, coceira, vermelhidão e, em casos raros, náusea e vômito. Embora seja conhecida por sua picada dolorosa, a formiga tocandira também tem um papel importante no ecossistema da floresta tropical. Como todas as formigas, elas ajudam a controlar a população de outros insetos, além de ajudar na dispersão de sementes e na ciclagem de nutrientes. A formiga tocandira é especialmente importante na dispersão de sementes de plantas nativas da floresta tropical, ajudando a manter a biodiversidade da região. Apesar de seu comportamento agressivo, a formiga tocandira é considerada uma espécie vulnerável devido à perda de habitat e à coleta ilegal para o comércio de animais de estimação exóticos. Além disso, o veneno da formiga tocandira tem sido objeto de estudos científicos por causa de suas propriedades antibacterianas e antitumorais, o que pode levar a novos tratamentos médicos. Em resumo, a formiga tocandira é uma das formigas mais fascinantes e perigosas do mundo. Embora seja conhecida por sua picada dolorosa e comportamento territorial, ela desempenha um papel importante no ecossistema da floresta tropical. Como todas as espécies selvagens, a formiga tocandira merece nosso respeito e proteção para garantir sua sobrevivência e manter a biodiversidade da região.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

Baleia-branca, beluga ou beluca (Delphinapterus leucas)

Delphinapterus leucas

Baleia-branca, beluga ou beluca

A baleia-branca, beluga ou beluca (Delphinapterus leucas) é uma espécie de cetáceo odontoceti que habita a região ártica e subártica. As belugas não têm barbatana dorsal, daí o nome “golfinho sem barbatana”. No entanto, apesar do que o nome sugere, as belugas não são golfinhos; esse termo está reservado para os membros da família Delphinidae. A beluga é a única espécie do gênero Delphinapterus e junto ao narval (Monodon monoceros) formam a família Monodontidae.

Está adaptada completamente para a vida no Ártico e para isso, tem uma série de características anatômicas e fisiológicas que a diferenciam dos outros cetáceos. Se caracteriza por sua cor totalmente branca nos adultos e pela falta de uma nadadeira dorsal. Tem uma proeminência frontal distintiva que abriga o órgão chamado melão, que nesta espécie é muito volumoso e deformado. Seu tamanho é um intermédio entre as baleias e golfinhos, com um comprimento e peso máximos para os machos de 5,5 metros e 1600 kg e um corpo robusto com o maior percentual de gordura entre os cetáceos. Sua audição é altamente desenvolvida e possui ecolocalização que permite sua movimentação e encontrar aberturas em blocos de gelo.

São animais gregários que formam grupos de dez indivíduos em média. Entretanto, durante o verão se reúnem centenas e até milhares em estuários e águas costeiras rasas. São nadadores lentos, contudo são adaptados para mergulho e podem chegar a mais de 700 metros abaixo da superfície. Sua dieta é oportunista e varia conforme a localização e estação do ano; se alimentam de peixes, crustáceos e outros invertebrados do fundo do mar.

A maior parte das belugas habitam o Ártico e os mares e costas adjacentes da América do Norte, Rússia e Gronelândia; a população mundial se estima em 150 000 indivíduos. Tem comportamento migratório, onde a maioria dos grupos passam o inverno às margens das camadas de gelo; mas com a chegada do verão, com o degelo, se movem para foz de rios e zonas costeiras mais quentes. Algumas populações são sedentárias e não migram a grandes distâncias no decorrer do ano.

Por séculos, este cetáceo tem sido uma das fontes de subsistência para os nativos da América do Norte e Rússia. Foi objeto de caça comercial durante o século XIX e parte do século XX. Desde 1973 está sob proteção internacional junto com outros odontocetos. Atualmente, somente é autorizada a caça de subsistência de algumas subpopulações por parte dos inuítes. Outras ameaças são os predadores naturais (ursos polares e orcas), a contaminação dos rios e as doenças infecciosas. Em 2008 a espécie foi catalogada na Lista Vermelha da UICN como espécie quase ameaçada; no entanto, a subpopulação residente na enseada de Cook, Alasca, está considerada em perigo crítico. É um dos cetáceos que se mantém em cativeiro em aquários e parques de vida silvestre na América do Norte, Europa e Ásia, e é popular para o público por sua cor branca e expressividade.


sábado, 29 de janeiro de 2022

Why 64% of Snowy Owls in the Arctic have Disappeared

Leopardo-das-neves à espera de um filhote no Zoológico (Panthera uncia)

Panthera uncia


Leopardo-das-neves

O leopardo-das-neves (Panthera uncia) é um felino do gênero Panthera que habita as grandes altitudes da Ásia central. Apesar do nome, trata-se de uma espécie diferente do leopardo (Panthera pardus). Distribui-se principalmente pelo Tibete, Nepal, Índia, Paquistão, Quirguistão, Tajiquistão, Butão e Oeste da china  Pouco se sabe a respeito desse animal, que é arredio e solitário, sendo raramente visto por seres humanos. Em razão disso, os nativos da região chamam-no de "gato-fantasma". Casos de ataques a humanos são quase desconhecidos, por se tratar de uma espécie muito esquiva.

Os leopardos-das-neves estão distribuídos esparsa e descontinuamente pelas montanhas da Ásia Central, com uma população de tamanho desconhecido. Habitam zonas alpinas e subalpinas, sendo encontrados em áreas de 3000 a 4500 metros acima do nível do mar. Durante o verão, podem ser encontrados em altitudes superiores a 5000 metros. São encontrados do leste do Afeganistão e os Himalaias até o sul da Sibéria, Mongólia e oeste da China. Em lugares mais setentrionais, também vivem em elevações menores.

Características

São animais que medem até 1,30 metro de comprimento (da ponta do focinho ao início da cauda), sem incluir a cauda, que chega a 1 metro de comprimento. Fêmeas podem pesar até 40 kg e machos até 55 kg, A sua altura varia entre 55 e 65 cm.[20] A coloração varia do cinza claro ao cinza escurecido, com as partes inferiores quase brancas. Todo o seu corpo é recoberto por rosetas e manchas escuras, e o pelo é bastante longo. A cabeça é relativamente pequena (desproporcional) em relação ao corpo.

Os filhotes (em média três por ninhada) nascem em abrigos nas rochas, após um período de gestação de aproximadamente 103 dias. Pesam ao nascer aproximadamente 450 g e abrem os olhos após sete dias. Começam a ingerir alimento sólido aos três meses de idade.

Alimentação

Leopardo-das-neves com uma marmota no Quirguistão
Estes animais são caçadores oportunistas, que podem predar desde um grande iaque (que pesa mais de 200 kg) até um pequeno veado almiscarado (que pesa somente 10 kg) e até outros predadores como o panda-gigante (em áreas onde conviviam) e a raposa-tibetana tal comportamento é compartilhado com o tigre. Podem também predar aves como o faisão ou outros animais, como as marmotas, por exemplo. Trata-se de um animal pouco estudado, devido a seus hábitos reservados, à existência de poucos exemplares, a sua distribuição esparsa e às dificuldades das condições do seu habitat.

Concorrentes

Apesar de o leopardo-das-neves ser um predador de topo de cadeia alimentar, possui alguma concorrência, como os lobos (Canis lupus). Apesar de não se encontrarem muito, quando o lobo invade a zona de caça do leopardo as duas espécies entram em conflito; ambos normalmente evitam combate, já que o leopardo é o animal dominante, mas quando confrontado por uma alcateia o leopardo foge. O urso-pardo também é uma ameaça séria e bem perigosa, sempre dominando os leopardos. Uma concorrência menos perigosa é a raposa-do-himalaia: sendo bem menor e mais fraca, quase não chega a ser concorrência, e sim uma presa.

Estado de conservação

A espécie possui de 4500 a 7500 espécimes na natureza e é alvo constante da caça clandestina. Uma pesquisa da WCS descobriu mais espécimes nos arredores do Corredor Wakhan, no nordeste afegão. É considerada Vulnerável na Lista Vermelha da IUCN. Há uma previsão que afirma que a espécie sofrerá um declínio populacional de 10% até 2040.

Folclore

Durante séculos, o leopardo-das-neves tem sido alvo de mistério e folclore. Muitos moradores dos vilarejos da Ásia Central acreditam que os leopardos-das-neves não comem a carne das suas presas, alimentando-se apenas do seu sangue; esta crendice se deve aos pequenos orifícios deixados pelos dentes caninos dos leopardos, quando estes sufocam suas vítimas, somado a exemplos do abandono (por algumas horas ou dias) de algumas presas abatidas, antes de retornar para se alimentar da mesma, e neste período de "abandono" os animais abatidos são visualizados pelos nativos. Fonte Wikipédia.




sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

Besouro-gigante - Titan Beetle (Titanus giganteus)

Titanus giganteus

Besouro-gigante

Besouro-gigante ou simplesmente cerambicídeo-gigante, é o maior de todos os besouros conhecidos pela Entomologia, e figura entre as maiores espécies de insetos do mundo. Seu habitat são as florestas tropicais localizadas ao norte da América do Sul, especialmente na região norte do Brasil, nas Guianas e na Colômbia, podendo ser encontrados também no Equador e no Peru. Os exemplares adultos desta espécie podem atingir com facilidade 15 cm de comprimento ou 16 cm de comprimento, isso sem contar o tamanho das enormes antenas que possuem. Costuma se dizer que suas grandes mandíbulas são fortes o suficiente para cortarem um lápis de madeira. Isso se dá por que esta família de besouros chamada "Cerambycidae" (cujas espécies são conhecidas popularmente como "serra-paus") se utiliza dessas grandes mandíbulas para cortarem galhos de árvores onde as fêmeas depositam os seus ovos. Considera-se que os indivíduos adultos não se alimentam, vivendo às custas das reservas de energia adquiridas durante sua fase larval. Durante a fase adulta, cuja duração é apenas algumas semanas, buscam um parceiro para reproduzir-se.

terça-feira, 25 de janeiro de 2022

Família de lobos do ártico (Canis lupus arctos) x rebanho de bois-almiscarado (Ovibos moschatus) ( Wolves vs Herd of Muskox | Snow Wolf Family

Ovibos moschatus

Boi-almiscarado, Muskoxen resettlement in Yakutia_eng (Ovibos moschatus)

Ovibos moschatus



O boi-almiscarado (Ovibos moschatus) é um bovídeo caprino que pode alcançar até 2,3 metros de comprimento e 1,5 de altura nos ombros, assim como pesar até 400 kg. Vive nas regiões árticas, e graças à sua pelagem felpuda aguenta temperaturas tão baixas como os -40°C. Apesar do nome, os bois-almiscarados estão mais aparentados com as cabras do que com os bois. O seu nome provém do odor emitido pelos machos durante o período de acasalamento, chamado de almíscar.

Características físicas

Ambos os sexos têm longos chifres curvados. Possuem 2,5 m (de comprimento e 1,4 m de altura no ombro). Os adultos pesam pelo menos 200 quilogramas e podem exceder 400 quilogramas. A coloração de sua pelagem é uma mistura de preto, de cinzento, e de marrom, e possuem longos pelos protetores que alcançam quase o chão. Durante o verão, eles vivem em áreas molhadas, tais como os vales de rios, movendo-se para uns pontos mais elevadas no inverno para evitar a neve profunda. Alimentam-se de gramíneas, juncos e plantas da família Cyperaceae, e outras. Escavam através da neve no inverno para alcançar seu alimento. Bois-almiscarados são sociais e vivem em rebanhos, geralmente ao redor de 10 a 20 animais, mas às vezes podem ter 400. Os rebanhos no inverno consistem em adultos de ambos os sexos e também jovens. Durante a estação de acasalamento, que têm o clímax na metade de agosto, os machos competem pela dominância, e um touro dominante espanta os outros machos adultos para fora do grupo. Os machos estéreis formam rebanhos só de machos de somente 3 a 10 ou vagam na tundra sozinhos. Durante este período todos os machos são extremamente agressivos, eles espantam até pássaros que chegarem perto. As fêmeas são sexualmente maduras em dois anos de idade, e os machos alcançam a maturidade sexual após cinco anos. O período de gestação é de oito ou nove meses. Quase todas as gravidezes rendem um único bezerro, ele mama por um ano, mas pode começar comer gramíneas uma semana após o nascimento. Também possuem um comportamento defensivo distinto: quando o rebanho é ameaçado, os touros e as vacas formam um círculo em torno dos bezerros. Esta é uma defesa eficaz contra os predadores, tais como lobos, mas torna-os um alvo fácil para caçadores humanos.

Acredita-se que o boi-almiscarado, ou seu antepassado, migrou à América do Norte entre 200 000 anos e 90 000 anos atrás. Concorda-se entretanto que ele já existia no período Pleistoceno que faz lhe um contemporâneo do Mamute. Acredita-se que ele podia sobreviver a última idade de gelo (Glaciação de Wisconsin) encontrando áreas livres do gelo longe dos povos pré-históricos. Ele moveu-se gradualmente através de América do Norte e chegou na Gronelândia durante o Holoceno.

Habitat e distribuição

O boi-almiscarado é nativo das regiões árticas do Canadá, de Gronelândia, e do Alasca. A população do Alaska foi expulsa no século XIX e no início do XX, mas foram novamente reintroduzidos. A espécie também foi posteriormente reintroduzida na ilha Banks ao norte da Europa, na região de Dovre na Noruega, na província da Herdália na Suécia, na Rússia e na ilha Ellesmere no Canadá oriental, província de Quebeque. Ele estava perto da extinção, mas recuperou após ser protegido da caça. A população do mundo (até à data de 1999) é estimada entre em 65.000 e 85.000 espécimes, com dois terços vivendo na ilha Banks, e está aumentando, especialmente nas áreas onde o animal foi introduzido no século XX. O primeiro par de bois-almiscarados vivos que foi levado para a Europa foi capturado na ilha Clavering, uma ilha costeira da Gronelândia, em 1899.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

Magnífico Riflebird (Ptiloris magnificus)

Ptiloris magnificus

Magnífico Riflebird


Esta espécie costumava ser colocada em seu próprio gênero, Craspedophora Gray , 1840, que agora é um subgênero de Ptiloris .  O nome comum "riflebird" vem da semelhança de sua plumagem preta aveludada com o uniforme da Brigada de Rifle do Exército Britânico .

Descrição 

Esta ave é uma ave de tamanho médio, podendo chegar a 34 cm de comprimento. O macho é ave-do-paraíso preto aveludado com plumas alongadas nos flancos filamentosos pretos, uma coroa azul-esverdeada iridescente, um peito largo em forma de triângulo e nas penas centrais da cauda. Tem um bico preto curvo , boca amarela, pés enegrecidos e uma íris marrom escura . A fêmea é acastanhada com manchas escuras e barras amareladas abaixo com uma sobrancelha branca. O macho imaturo se assemelha ao macho, mas com menos plumas na cauda. 

Comportamento e Biologia 

A dieta do magnífico riflebird consiste principalmente de frutas e uma variedade de invertebrados, como aranhas, milípedes, etc.  Os machos são polígamos e realizam exibições solitárias de corte em um 'poleiro dançante'. Durante essas exibições, o macho estende totalmente as asas e levanta a cauda; ele sacode para cima enquanto balança a cabeça de um lado para o outro, mostrando seu escudo metálico azul-esverdeado e produzindo um som distinto de "woosh" enquanto bate as asas. Várias fêmeas observarão essas exibições e, se estiverem satisfeitas com o desempenho, recompensarão o macho com direitos de acasalamento. As fêmeas posteriormente constroem ninhos, incubam, chocam e alimentam os filhotes sem a ajuda do macho. 

Taxonomia e Subespécies 

Agora considerado uma espécie separada, o rosnado riflebird ( Ptiloris intercedens ) ainda é ocasionalmente considerado coespecífico com o magnífico riflebird, embora a análise genética tenha provado que ele merece um status específico. O magnífico riflebird tem duas subespécies:

Ptiloris magnifica alberti Vieillot , 1819
Ptiloris magnifica magnifica, Elliot, 1871

Galinha-água ou Frango-d'água-azul

Gallinula chloropus

Galinha-água ou Frango-d'água-azul

Gallinula chloropus (Linnaeus, 1758), conhecida pelos nomes comuns de galinha-d'água,frango-d'água ou rabiscoelha, é uma ave da família Rallidae, ordem Gruiformes.
A galinha-d'água mede aproximadamente 37 centímetros de comprimento. Apresenta um escudo facial vermelho, faixas brancas nos flancos, plumagem negra e patas amarelas. Os imaturos são castanho-escuros com abdome mais claro, sem o escudo facial vermelho.
Alimenta-se de uma grande variedade de material vegetal, além de pequenos animais aquáticos. Tem como habitat os lagos, lagoas, canais, pântanos e também lagunas salobras. Trata-se duma ave migratória, deslocando-se para Norte, durante o inverno austral.
O ninho é uma cesta coberta construída no chão em vegetação densa. A fêmea deposita entre 8 e 12 ovos. Pode haver uma segunda ninhada no ano, composta entre 5 e 8 ovos. A incubação dura aproximadamente três semanas e é realizada por ambos pais.

sábado, 22 de janeiro de 2022

Mangustos-listrados ( Mungos mungo )

Família de mangustos mora em cupinzeiro abandonado 

O mangusto-listrado ( Mungos mungo ) é uma espécie de mangusto nativa do Sahel à África Austral . Vive em savanas , florestas abertas e pastagens e se alimenta principalmente de besouros e milípedes . Os mangustos usam vários tipos de tocas para abrigo, incluindo cupinzeiros . Enquanto a maioria das espécies de mangustos vivem vidas solitárias, o mangusto em faixas vive em colônias com uma estrutura social complexa.
Características físicas 
O mangusto com faixas é um mangusto robusto com uma cabeça grande, orelhas pequenas, membros curtos e musculosos e uma cauda longa, quase tão longa quanto o resto do corpo. Animais de áreas mais úmidas são maiores e mais escuros do que animais de regiões mais secas. A parte abdominal do corpo é mais alta e mais redonda que a área do peito. A pele áspera é marrom acinzentado e preto, e há várias barras horizontais de marrom escuro a preto nas costas. Os membros e o focinho são mais escuros, enquanto as partes inferiores são mais claras que o resto do corpo. Os mangustos com faixas têm garras longas e fortes que lhes permitem cavar no solo. A cor do nariz do mangusto com faixas varia de marrom acinzentado a vermelho alaranjado. Um animal adulto pode atingir um comprimento de 30 a 45 cm e um peso de 1,5 a 2,25 kg. A cauda tem 15 a 30 cm de comprimento.
Comportamento e ecologia 

Grupo familiar

Mangustos em faixas vivem em grupos mistos de 7 a 40 indivíduos com uma média de cerca de 20 indivíduos.  Os grupos dormem juntos à noite em tocas subterrâneas, muitas vezes montículos de cupins abandonados, e mudam de tocas com frequência (a cada 2-3 dias). Quando nenhum refúgio está disponível e pressionado por predadores, como cães selvagens africanos, o grupo formará um arranjo compacto no qual eles se deitarão um sobre o outro com as cabeças voltadas para fora e para cima. Geralmente não há hierarquia estrita em grupos de mangustos e a agressão é baixa. Às vezes, os mangustos podem brigar por comida. No entanto, normalmente, quem reivindica a comida primeiro ganha. A maior parte do comportamento agressivo e hierárquico ocorre entre os machos quando as fêmeas estão em cio. As mulheres geralmente não são agressivas, mas vivem em hierarquias com base na idade. As fêmeas mais velhas têm períodos de estro mais precoces e têm ninhadas maiores.  Quando os grupos ficam muito grandes, algumas mulheres são forçadas a sair do grupo por mulheres mais velhas ou homens. Essas fêmeas podem formar novos grupos com machos subordinados.  As relações entre os grupos são altamente agressivas e os mangustos às vezes são mortos e feridos durante os encontros intergrupais. No entanto, as fêmeas reprodutoras muitas vezes acasalam com machos de grupos rivais durante as lutas.  Os mangustos estabelecem seus territórios com marcas olfativas que também podem servir de comunicação entre os do mesmo grupo.  Na sociedade do mangusto em faixas há uma clara separação entre rivais de acasalamento e rivais territoriais. Indivíduos dentro de grupos são rivais por companheiros, enquanto aqueles de grupos vizinhos são competidores por comida e recursos. 

Caça e dieta 

Mangustos em faixas se alimentam principalmente de insetos, miriápodes, pequenos répteis e pássaros. Milípedes e besouros compõem a maior parte de sua dieta,  mas também comem formigas, grilos, cupins, gafanhotos, lagartas e tesourinhas. Outros itens de presa do mangusto incluem sapos , lagartos , pequenas cobras , pássaros terrestres e os ovos de pássaros e répteis. Em algumas ocasiões, os mangustos bebem água de piscinas de chuva e margens de lagos. 

O mangusto em faixas forrageia em grupos, mas cada membro procura por comida sozinho.  Eles forrageiam pela manhã por várias horas e depois descansam à sombra. Eles geralmente forrageiam novamente no final da tarde. Os mangustos usam seu olfato para localizar suas presas e desenterrá-las com suas longas garras, tanto em buracos no chão quanto em buracos nas árvores. O mangusto também costuma freqüentar o esterco de grandes herbívoros, pois atraem besouros.  Os grunhidos baixos são produzidos a cada poucos segundos para comunicação. Os mangustos também se alimentam individualmente e não são alimentadores cooperativos. Ao caçar presas que secretam toxinas, os mangustos as rolam no chão. A presa durável é lançada em superfícies duras. 

Reprodução 


Ao contrário da maioria das outras espécies de mangustos sociais, todas as fêmeas de um grupo de mangustos podem se reproduzir.  Todas elas entram no cio cerca de 10 dias após o parto e são guardadas e acasaladas por 1 a 3 machos dominantes.  Os machos dominantes monitoram as fêmeas e as defendem agressivamente dos subordinados. Enquanto esses machos fazem a maior parte do acasalamento, as fêmeas geralmente tentam escapar deles e acasalar com outros machos do grupo. Um macho dominante passará de 2 a 3 dias protegendo cada fêmea.  Um macho de guarda atacará, atacará ou atacará qualquer macho que se aproxime.  Um macho que não guarda pode seguir um macho guardião e sua fêmea e pode enfrentar essa agressão. Os machos que não guardam acasalam de uma maneira mais secreta. Esse tipo de comportamento de "esgueirar-se" é semelhante ao que fazem os machos subordinados da espécie de peixe Neolamprologus pulcher ; eles também tentam acasalar com fêmeas que são guardadas pelos machos dominantes.

A gestação é de 60 a 70 dias. Na maioria das tentativas de reprodução, todas as fêmeas dão à luz no mesmo dia  ou em poucos dias. As ninhadas variam de 2 a 6 filhotes e média de 4. Nas primeiras quatro semanas de vida, os filhotes ficam nas tocas onde formam um relacionamento exclusivo com um único ajudante ou acompanhante, cuja relação genética com os filhotes é desconhecida. Esses ajudantes são geralmente machos jovens não reprodutores ou fêmeas reprodutoras que contribuíram para a ninhada atual e ajudam a minimizar a competição pela alocação de alimentos entre os filhotes.  Durante este tempo eles são guardados por esses ajudantes enquanto o outro membro do grupo vai em suas viagens de forrageamento. Após quatro semanas, os filhotes são capazes de se alimentar sozinhos. Cada filhote é cuidado por um único "acompanhante" adulto que ajuda o filhote a encontrar comida e o protege do perigo.  Os filhotes tornam-se nutricionalmente independentes aos três meses de idade.

Problemas de endogamia 

Esqueleto de mangusto em faixas no Museu de Osteologia
Poucos estudos encontraram evidências de evasão regular do incesto em mamíferos , mas os mangustos em faixas são uma exceção.  A depressão por endogamia é em grande parte causada pela expressão homozigótica de alelos recessivos deletérios.  A depressão de endogamia parece ocorrer em mangustos com faixas, conforme indicado por um declínio na massa corporal da progênie com o aumento do coeficiente de endogamia.  Esta descoberta sugere que evitar a reprodução com parentes próximos seria benéfico. Descobriu-se que os pares reprodutores com sucesso eram menos relacionados do que o esperado sob acasalamento aleatório. 

Víbora-verde-de-vogel (Trimeresurus vogeli)

                                            Víbora-verde-de-vogel



Viridovipera vogeli  é uma espécie de serpente descrita por David, Vidal e Pauwels 200. Viridovipera vogeli faz parte do gênero Viridovipera e da família das víboras .  A IUCN classifica as espécies globalmente como viáveis . Nenhuma subespécie está listada no Catálogo da Vida . O Reptile Database lista as espécies do gênero Trimeresurus . 


A espécie ocorre na Tailândia , Laos , Vietnã e Camboja . Vive nas terras baixas e nas áreas de baixa montanha entre 200 e 1200 metros acima do nível do mar. A cobra vive principalmente em florestas perenes e visita pastagens adjacentes. Viridovipera vogeli fica próximo a corpos d'água. Alimenta-se de anfíbios, lagartos, pequenos mamíferos e insetos.  As fêmeas não põem ovos, mas dão à luz filhotes vivos. É uma cobra venenosa de  arvores noturnas de cor verde brilhante medindo cerca de 60 cm de comprimento. Essa cobra, como as víboras da Europa, usa seu veneno principalmente para matar suas presas, preferencialmente pássaros e sapos; mas ele também pode usá-lo para se defender, às vezes contra o homem em quem uma mordida pode ser perigosa (dor insuportável, mas não constante e que diminui rapidamente), até fatal em casos raros.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Hibisco, Mimo de vênus (Hibiscus rosa sinensis)

Hibiscus rosa-sinensis


Hibisco


O mimo-de-vênus (Hibiscus rosa-sinensis), também conhecido por hibisco ou graxa-de-estudante (devido ao efeito mucilaginoso das folhas, podendo lustrar sapatos), é um arbusto lenhoso, fibroso, com até 5 metros de altura, originário da Ásia tropical e do Havaí, onde é considerado a flor nacional. Possui 5 000 variedades. Muito difundido no mundo pelas propriedades ornamentais, possui diversas variedades e formas, com flores grandes ou pequenas, geralmente vermelhas, com pétalas lisas ou crespas. As folhas, variegadas ou não, podem ser largas ou estreitas. Muito cultivado no Brasil, com vários híbridos e variedades, é utilizado com muito sucesso na arborização urbana abaixo da rede elétrica, devido ao pequeno porte, necessitando condução e poda, além de enfeitar jardins, praças e servir de cerca-viva.

Etimologia

Hibiscus rosa-sinensis é um binômio científico foi nomeado em 1753 por Carl Linnaeus em sua obraSpecies Plantarum.[2] O termo "rosa-sinensis" que pode ser traduzido do Latim Científico significa literalmente "rosa da China", embora não esteja intimamente relacionado com as verdadeiras rosas.[3]

Descrição

Hibiscus rosa-sinensis é um arbusto perene ou uma árvore pequena crescendo 2,5-5 m de altura e 1,5-3 m de largura, com folhas brilhantes e flores solitárias vermelhas, no verão e no outono. As flores de 5 pétalas tem 10 cm de diâmetro, com anteras proeminentes de cor vermelho alaranjado.

Características vegetativas

A raiz é uma raiz de derivação ramificada. O caule é aéreo, ereto, verde, cilíndrico e ramificado. A folha é simples, com "filotaxia" alternativa e é peciolada. A forma da folha é ovalada, a ponta é aguda e a margem é serrilhada. A venação é reticulado unicostate. A venação é ramificada ou divergente. Estípulas laterais livres estão presentes.

Flor

A flor é: Completo (bissexual), Actinomórfico, Bráctea , Bracteolato ou ebracteolato, Pedicelado, Diclamídico, Regular, Pentâmero, Hipoginia - com Ovário superior e Solitária.
Flor de hibisco exibindo as pétalas, estilo, estigma e anteras com destaque. Sépalas do cálice (na flor) estão escondidas atrás das pétalas, enquanto elas podem ser vistas perto de uma flor caída.

Ecologia

Apesar de seu tamanho e tons vermelhos, que são atraentes para aves nectarívoras, ela não é visitado regularmente por beija-flores quando cresce nos Neotrópicos. Contudo, espécies generalistas, como a Amazilia lactea, ou espécies de bico longo, como a Heliomaster squamosus, ocasionalmente a visitam. Nas regiões subtropicais e temperadas da América, os beija-flores são atraídos regularmente por ela. A borboleta ameaçada de extinção Papilio homerus, a maior do hemisfério ocidental, é conhecida por se alimentar do néctar do Hibiscus. Os [estames] da flor estão parcialmente fundidos em um cilindro que circunda o estilo

Genética

Hibiscus rosa-sinensisé uma das muitas espécies de plantas com uma característica genética conhecida como poliploidia, em que existem mais de dois conjuntos completos de cromossomos, ao contrário da maioria das outras espécies. Um efeito colateral da poliploidia é uma condição na qual o fenótipo da prole pode ser bem diferente do genitor, ou de qualquer ancestral, essencialmente permitindo a expressão possivelmente aleatória de todas (ou algumas) das características de todas as gerações que já foi antes. Por causa dessa característica, H. rosa-sinensis tornou-se popular entre os amadores que cruzam e recruzam variedades, criando novas variedades nomeadas e segurando competições para expor e julgar as muitas novas mudas resultantes e, muitas vezes, flores extraordinariamente únicas.

Usos

As flores do "Hibiscus rosa-sinensis" são comestíveis e são usadas em saladas nas Ilhas do Pacífico. Predefinição:Citação necessário A flor é usada adicionalmente no cuidado do cabelo como uma preparação. Também é usado para lustrar sapatos em certas partes da Índia. Também pode ser usado como um indicador de pH. Quando usada, a flor transforma soluções ácidas em uma cor rosa escuro ou magenta e soluções básicas para verde. Também é usado para a adoração de Devi, e a variedade vermelha é especialmente proeminente, tendo uma parte importante no tantra. Na Indonésia, essas flores são chamadas de "kembang sepatu", que literalmente significa "flor de sapato". Em vários países, as flores são secas para uso em uma bebida, geralmente [chá de hibisco|chá].
Hibiscus rosa-sinensis é considerado ter um número de usos médicos em herbologia chinesa.Pode ter algum potencial no cuidado cosmético da pele; por exemplo, um extrato das flores de Hibiscus rosa-sinensis mostrou funcionar como um agente anti-solar por absorver radiação ultravioleta.

Fonte Wikípedia

Confrei (Symphytum officinale)

Symphytum officinale


Confrei

Confrei ou consólida são alguns dos nomes vulgares do Symphytum officinale, uma planta medicinal da família das Boraginaceae.

O Confrei e a Medicina Popular

As folhas do confrei são utilizadas desde a antiguidade na preparação de chás para o tratamento caseiro de doenças gastrintestinais, disenterias, inflamações, reumatismos, hemorroidas, tosses e várias outras enfermidades. No entanto, estudos recentes mostram que o uso prolongado da planta pode ser tóxico ao fígado (levando a doença veno-oclusiva hepática e a casos de insuficiência do órgão) e causar o aparecimento de tumores malignos no fígado, nos brônquios e na bexiga, não sendo recomendado o seu uso por via oral.

O Confrei e a Medicina Farmacêutica

Atualmente, o Confrei (Symphytum officinale) ainda é utilizado na medicina farmacêutica, desta vez, como princípios ativos, por exemplo, extrato de suas raízes Symphytum officinale L. (Boraginaceae), são utilizados para produção de cremes anti-inflamatórios indicado no alívio de algumas dores musculares, dores de articulações, dores ocasionadas em contusões (nesse caso, somente em lesões que não origina um hematoma, sem ruptura da pele) e também nas entorses, tendinites e dores nas costas, pois, como dito anteriomente, esse extrato possui ação anti-inflamatória e analgésica, agindo sobre a região inflamada aliviando o inchaço e a dor. Por outro lado, esse cremes anti-inflamatórios não deve utilizar em presença de hipersensibilidade (pessoa que tem alergia) ao Confrei (por isso, todo medicamento deve ser indicado por um médico). Um outro cuidado é, que esse medicamentos a base de Confrei, nunca devem ser levados (aplicado) nos olhos, em membranas mucosas (como boca, cavidade nasal e vagina) nem em feridas e escoriações abertas, ou seja, somente sobre a pele intacta.
 
Fonte Wikipédia

quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

Abiu fruto do abieiro (Pouteria caimito)

Pouteria caimito

Abiu fruto do abieiro


O abieiro, abiu, abiurana, abiurana-acariquara, abiorama, abio ou guapeva ou cabo-de-machado (região Centro-Oeste) (Pouteria caimito) é uma árvore frutífera da família Sapotaceae, nativa da Amazônia Central e da Mata Atlântica costeira do Brasil. Foi descrita inicialmente como Achras caimito por Ruiz & Pav.. A árvore é perenifólia, lactescente, com altura de 6 a 24 m. As folhas, cartáceas, são glabras, dispostas na extremidade dos ramos, e medem de 5 a 20 cm de comprimento. As inflorescências em fascículo ficam sobre os ramos finos, e as flores miúdas são perfumadas. Formam-se em dezembro-janeiro no sudeste.

Frutos e sementes

O  fruto  do abieiro tem forma globoso ou elipsoide, apresenta coloração amarela e algumas variedades apresentam várias estrias verdes que riscam o fruto no sentido longitudinal. Possui casca lisa, baga translúcida, branca ou amarela, mucilaginosa e doce; pode conter em seu interior de 1 a 4 sementes lisas e pretas. Amadurece entre maio e novembro.

Frutos

O abiu é somente  consumido  ao natural. Apesar de todas as suas excelências e qualidades, o abieiro permanece, no Brasil, como árvore frutífera de quintal e de pomares não-comerciais.

Ocorrências

 A ocorrência do abieiro decorrem de vários países  da América do Sul: Dos quais se destacam Bolívia, Brasil, Colômbia, Venezuela, Equador, Peru e as três Guianas. No Brasil ocorre na Amazônia e na mata Atlântica da costa de Pernambuco até o Rio de Janeiro. Na América Central: Costa Rica, Nicarágua e Panamá.

terça-feira, 4 de janeiro de 2022

Cipo-de-são-João (Pyrostegia venusta)

Pyrostegia venusta

Cipó-de-são-joão

Pyrostegia venusta, conhecida popularmente como: flor-de-são-joão, cipó-de-são-joão, cipó-bela-flor, marquesa-de-belas, cipó-pé-de-lagartixa, cipó-de-lagarto, nativa em quase todo Brasil, é uma trepadeira lenhosa, encontrada em beira de estradas, barrancos e cercas. O nome vem do seu uso em festividades juninas de São João. A multiplicação é por meio de estacas ou sementes. Começa a florescer em maio e vai até o mês de setembro, variando em cada estado do Brasil. Possui propriedades medicinais e tóxicas

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Cosmo amarelo (Cosmos sulphureus)

Cosmos sulphureus

Cosmo amarelo

O cosmomo amarelo (Cosmos sulphureus) é uma espécie de planta com flores da família Asteraceaedo girassol, também conhecida como cosmos sulfúrico e cosmos amarelo. É nativo do México , América Central e norte da América do Sul , e naturalizado em outras partes da América do Norte e do Sul , bem como na Europa, Ásia e Austrália.  Esta planta foi declarada invasora pelo Conselho de Plantas Exóticas do Sudeste dos Estados Unidos em 1996.  As flores de todo o Cosmos atraem pássaros e borboletas, incluindo a borboleta monarca .Esta espécie de Cosmos é considerada uma espécie semi-resistente anual , embora as plantas possam reaparecer por meio de auto-semeadura por vários anos. Sua folhagem é oposta e finamente dividida. A altura da planta varia de 1–7 pés (30–210 cm). O original e seus cultivares aparecem em tons de amarelo, laranja e vermelho. É especialmente popular na Coréia e no Japão , onde é freqüentemente visto em plantações em massa ao longo das estradas, seguindo uma iniciativa do botânico coreano-japonês Woo Jang-choon .

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Abetouro, uma ave Europeia ( Botaurus stellaris )

Abetouro ( Botaurus stellaris )

Abetouro, uma ave Europeia

O abetouro ( Botaurus stellaris ) é uma ave que se parece com a garça o qual pertence a mesma família, a Ardeidae. São originários da Europa central e setentrional e Ásia , onde são comumente encontrados. É identificado pela sua plumagem castanha e pelo seu comportamento críptico (Diz-se dos animais que se camuflam com o ambiente em que vivem, confundindo assim seus predadores) . Possuem penas bico e pescoço bastante longos e o espaço entre os olhos e bico é desprovido de penas. Sua garras são unidas por membranas, e a unha do terceiro dedo é provida de serra, na parte inferior, cuja utilidade ainda é desconhecida.


terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Água-viva de nomura (Nemopilema nomurai )

Nemopilema nomurai


Água-viva de nomura

Água-viva de Nomura ( Nemopilema nomurai ) é uma rhizostome água-viva  muito grande , na mesma classe de tamanho como a água-viva juba de leão , o maior cnidários no mundo. É comestível, mas não é considerado de alta qualidade.  É a única espécie do gênero monotípico Nemopilema .

O diâmetro desta espécie quando totalmente crescida é ligeiramente maior do que a altura de um ser humano médio. A espécie foi nomeada em homenagem ao Sr. Kan'ichi Nomura , Diretor Geral da Estação Experimental de Pesca da Prefeitura de Fukui , que no início de dezembro de 1921 enviou um espécime em um tanque de madeira 72 litros   para o Professor Kishinouye , que descobriu que era desconhecido e passou algum tempo na estação para estudar os espécimes vivos. 
Crescendo até 2 m (6 pés 7 pol.) De diâmetro e pesando até 200 kg (440 lb),  a água-viva de Nomura reside principalmente nas águas entre a China e o Japão, principalmente centralizadas no Mar Amarelo e no Mar da China Oriental .  O florescimento populacional parece estar aumentando com frequência nos últimos 20 anos.  Possíveis razões para o aumento da população em Medusa de Nomura incluem mudança climática, pesca predatória e modificação costeira adicionando substrato para pólipos produtores de assexuações . 

O organismo Nemopilema nomurai é um dos maiores de todas as espécies de água-viva, atingindo um diâmetro de sino de aproximadamente 2m e um peso úmido de  200 kg (Kawahara, 2006). Nemopilema nomurai capturado em torno de Tsushima e nas Ilhas Iki tinha um corpo esbranquiçado translúcido, com capuletos e braços orais rosados ​​ou avermelhados, e gônadas imaturas transparentes. As medusas têm dois tipos principais de músculos: células epiteliomusculares e células musculares estriadas. Os pesquisadores descobriram que famílias de genes que estão intimamente associadas ao músculo estriado foram expressas na porção do sino da água-viva, fornecendo evidências de que o músculo estriado desempenha um papel significativo na motilidade da água-viva. 

Em 2009, uma traineira de pesca de 10 toneladas métricas (11 toneladas) , a Diasan Shinsho-maru, virou em Chiba, na Baía de Tóquio, enquanto sua tripulação de três homens tentava puxar uma rede contendo dezenas de águas-vivas de Nomura; os três foram resgatados por outra traineira. 



Caranguejo aratu-vermelho (Goniopsis cruentata, Latreille, 1803)

Goniopsis cruentata

Caranguejo aratu-vermelho

O aratu-vermelho (Goniopsis cruentata, Latreille, 1803) é uma espécie de caranguejo de porte médio, carapaça escura e coloração vermelha nas patas com pequenas manchas brancas, pertencente ao gênero Goniopsis. Habita o Atlântico Ocidental, o que inclui Bermudas, Flórida, Golfo do México, Antilhas, Guianas e Brasil (no arquipélago de Fernando de Noronha, e do Pará até Santa Catarina), num padrão de distribuição contínuo. Alimenta-se de animais em decomposição, frutas e plantas do manguezal. No Brasil, recebe também os nomes de aratu, aratu-do-mangue (na Região Nordeste do Brasil) e maria-mulata (na Região Sudeste do Brasil).

segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Jaó Yellow-legged Tinamou ( Crypturellus noctivagus)

Crypturellus noctivagus

Jaó

Crypturellus noctivagus, popularmente jaó-do-sul (em inglês: Yellow-legged Tinamou), é uma ave Tinamiforme, que habita a Mata Atlântica no Brasil, entre 0 e 400 m de altitude. Seu habitat típico são as florestas altas de restinga em estado primário, na planície litorânea e estendendo-se a florestas de encostas serranas e de vales de rios, dentro dessa faixa aproximada de altitude. É conhecido também por jaó-do-litoral, jaó-da-mata, juó ou juô (litoral do Estado de São Paulo).

Mede entre 32 a 34 cm, alimenta-se principalmente de sementes, pequenos frutos de palmeiras, como Euterpe oleracea, e também os das plantas tapiá, oiticica, curubixá, cupá, bem como insetos, vermes, aranhas, moluscos e ainda vegetais de folhas tenras, como certas gramíneas e também boa quantidade de grãos de areia.

Sua distribuição geográfica abrange os estados do ES, RJ, SP, PR, SC e RS. Segundo relatos abalizados, essa espécie apresenta distribuição esparsa e irregular em seu habitat, a floresta atlântica primária; e dentro dele, suas áreas de maior ocorrência pontual seriam nas proximidades de leitos secos de lagoas, recobertos por vegetação rasteira entremeada por gramíneas.

Tem relativa tolerância às alterações antrópicas, sendo observada a sua ocorrência em pequenas áreas de floresta primária, circundadas por pastos e plantações.

Uma característica na reprodução dessa espécie é a da formação de haréns de fêmeas no período de acasalamento (a exemplo de C. strigulosus), que se reúnem a um macho solitário e dominante. Este fator contribui para os resultados normalmente escassos obtidos em sua reprodução em cativeiros conservacionistas, em não se dispondo de uma proporção adequada entre os sexos.



domingo, 26 de dezembro de 2021

Azulona ( Tinumus tao )

Tinamus tao

Azulona

Sua coloração é de tom cinza-ardósia. Mede 52 cm e pesa cerca de 2,5 kg ou mais. Em observações de campo conduzidas pelo ornitólogo José Carlos Reis de Magalhães, encontrou-se a relação de sexos de dois machos para cada fêmea, que a postura era, sempre, de três ovos e as fêmeas acasalavam duas vezes na estação, com dois machos diferentes e consecutivos. A estratégia reprodutiva da azulona indica que a espécie tem estado sujeita a fortes pressões predatórias, tendo assim caminhado, evolutivamente, para a solução de reduzir a postura para três ovos e fazer duas posturas por ano, reduzindo riscos. Uma peculiaridade sobre os ovos da azulona está no fato de serem quase perfeitamente esféricos, em nada oblongos, como os de Tinamus solitarius, porém idênticos na coloração verde-azulada. As estreitas afinidades entre o macuco e a azulona sempre foram objeto das cogitações dos sistematas que os estudaram. As diferenças entre eles estão, praticamente, no colorido, já que, morfologicamente, são idênticos.Apenas no peso, os dados acusam pequena vantagem para a azulona. É provável que macuco e azulona venham de um ancestral comum e que, por razões climáticas, foram separados pela ocorrência de soluções de continuidade entre as áreas florestadas da Amazônia e do Sudeste (Mata Atlântica). Mantiveram muita coisa em comum, como a voz, igualmente eficiente para ambas, nos biótopos semelhantes em que remanesceram. A azulona apresenta subespécies ou raças geográficas, ao longo de suas áreas de ocorrência, onde divide o hábitat com outros representantes do gênero Tinamus, como o inambu-galinha (Tinamus guttatus) e o inambu-serra (Tinamus major), este encontrado na mata de várzea.
 Fonte Wikipedia.

terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Formiga-de-estalo - Trap Jaw Ant (Odontomachus bauri)

Odontomachus bauri

Formiga-de-estalo

A formiga-de-estalo  (Odontomachus bauri) diferencia-se de outras formiga por ter suas mandíbulas quase que constantemente abertas, usando-as para se defender ou para capturar sua alimentação. Ela é  também conhecida em Minas Gerais como formiga-torquês devido a semelhança quando esta ferramenta esta aberta,  nos estados do Nordeste brasileiro ela é conhecida como trinca-cunhão. Um estudo foi realizado pela Universidade de Illinois verificou-se que a velocidade de mordida desta formiga pode chegar a 100 km por hora . Porém outro relatório, por sua vez  , publicado em 2006 em Proceedings of the National Academy of Sciences, constatou que suas super mandíbulas  são capazes de lançá-las ao ar, às vezes até a 230 km/h, considerado a maior velocidade no reino animal.



segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

Pássaro-preto







Pássaro-preto

Gnorimopsar chopi, popularmente conhecido como graúna, pássaro-preto, assum-preto, cupido, chico-preto, arranca-milho, chopim, melro ou craúna, é uma espécie de ave da família Icteridae. É a única espécie do gênero. Encontra-se geograficamente bem distribuída pela América do Sul, e no Brasil em regiões não amazônicas. Trata-se de uma ave onívora capaz de nidificar, ou seja, fazer ninhos. Sua reprodução ocorre no verão e na primavera, podendo haver de 2 a 3 posturas, com 2 a 4 ovos em cada uma. É uma espécie que sofre com o tráfico de animais silvestres devido a sua beleza e seu canto - considerado por muito um dos mais melodiosos do Brasil. Essa espécie é de extrema importância e atua como um bioindicador no bioma brasileiro Cerrado, atualmente desmatado para o cultivo de soja. Não possui dimorfismo sexual ou etária, por isso, é muito difícil diferenciar as fêmeas dos machos e os jovens dos adultos da espécie.
Distribuição geográfica
Pode ser encontrada nos seguintes países da América do Sul: Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai, Peru e Uruguai. No Brasil, a graúna é encontrada em todo o território não amazônico.

Os seus habitats naturais são: savanas áridas, campos de gramíneas de baixa altitude subtropicais ou tropicais, sazonalmente úmidos ou inundados, pastagens e florestas secundárias.

No região do Nordeste brasileiro ocorre o Gnorimopsar chopi sulcirostris, bem maior que o pássaro-preto. Devido ao nome chopi, presente na identificação científica, essa espécie recebe erroneamente o nome vulgar de Chopim ou Gaudério - da espécie Molothrus bonariensis - na qual o macho é azul escuro de tonalidade de metálica, e a fêmea preto fosco.




Etimologia

A espécie é conhecida popularmente como graúna, palavra que deriva de "guira una" - ave preta - em tupi-guarani. Já seu nome científico, Gnorimopsar Chopi tem origem no grego "gnorimos" = notável e "psar"/"psarus" = estorninho; logo: ave notável parecida com estorninho. O "chopi" origina-se do guarani "cho pi" - uma onomatopeia que descreve o canto desta ave.

Descrição anatômica

Indivíduos adultos da espécie apresentam penas pontiagudas na nuca, uma coloração preto brilhante e uma cauda curta, além disso, possuem um corpo robusto e um bico com base larga e ponta levemente curvada. Com uma maior aproximação é possível observar a presença de sulcos na parte inferior da mandíbula do animal.

Ecologia e comportamento
Alimentação

Onívora. Esta espécie alimenta-se tanto de vegetais como frutos, sementes e néctar quanto de carne de insetos, pequenos invertebrados e aranhas e até mesmo pequenos sapos. Aprecia o coco maduro da palmeira Buriti. É uma ave considerada muito inteligente por sua capacidade de capturar insetos atropelados em estradas e de desenterrar sementes recém plantadas, como as de milho - daí seu nome popular arranca-milho.  A busca por recursos alimentares pode ocorrer tanto nas copas das árvores quanto no solo, sendo mais comum a segunda maneira, chamada de forrageamento terrestre.

Reprodução

Graúna, em inglês: Chopi Blackbird
Nesta espécie o macho ajuda a criar os filhotes, que atingem a maturidade sexual com cerca de 18 meses de vida. Reproduzem na primavera e no verão, podendo ter de 2 a 3 posturas de ovos por temporada, sendo de 2 a 4 ovos por postura.[6] Sua incubação é de 14 dias. Os filhotes permanecem em média 18 dias no ninho. Com 40 dias podem ficar independentes dos pais. Não há dimorfismo sexual ou etário, pois machos e fêmeas cantam, e os jovens são como os adultos.Pode-se descobrir o sexo dessa ave através de exame de DNA ou Laparoscopia. Em cativeiro, há dificuldades na formação do casal. As tentativas de reprodução devem ser feitas em viveiros de 1m de largura X 2m de altura X 3m de profundidade.

Ninhos

Esta espécie é capaz de nidificar, isto é, construir ninhos. Eles são encontrados geralmente em buracos em barrancos e em cupinzeiros terrestres, árvores ocas, troncos de palmeiras ou em ninhos abandonados de espécies como João-de-barro e Pica-pau. São feitos de fibras de palmeira, folhas secas e raízes de capim. Seus ninhos podem ser parasitados pelo Molothrus rufoaxillares conhecido como Vira-bosta-picumã, que é uma espécie parasita de ninhadas especializada. Muitas vezes essas espécies são confundidas, pois filhotes de Vira-bosta-picumã são avistados em ninhos de Graúnas, mesmo havendo uma diferenciação na pele e na cor do bico dos filhotes quando estes ainda não desenvolveram penas: os filhotes de Graúna tem pele mais amarelada e bico escuro e os de Vira-bosta-picumã tem pele mais rosada e bico claro. Os filhotes do parasita conseguem passar despercebidos e são alimentados pelas Graúnas.

Tráfico de avifauna

Assim como muitas espécies, Gnorimopsar Chopi é facilmente encontrada em feiras e no comércio ilegal de passeriformes. A Graúna em especial é capturada pela beleza de seu canto, que segundo os comerciantes e compradores de aves traficadas, é um dos mais melancólicos do Brasil. Os principais pontos de captura da Graúna estão nos estados da Bahia (Milagres, Feira de Santana, Vitória da Conquista e Cipó), Pernambuco (Recife), Pará (Belém e Santarém), Mato Grosso (Cuiabá) e Minas Gerais, de onde são escoados para as regiões Sul e Sudeste. Nestas regiões as aves são destinadas a coleções particulares, lojas de mascotes, criadores, feiras livres ou ao mercado exterior. O preço dessa espécie varia conforme seu comportamento: as que cantam mais são mais caras e as mais ariscas, ou seja, as menos calmas são mais baratas. Muitos gaioleiros tem a prática de furar os olhos dos pássaros apreendidos, como Sabiá e Graúna para que eles cantem insistentemente, atraindo mais consumidores.

Desequilíbrio ambiental

A graúna de vida livre, ou seja, aquela que não foi domesticada pode atuar como um bioindicador em áreas desmatadas do Cerrado brasileiro. Bioindicadores são seres vivos que podem auxiliar na avaliação da qualidade ambiental. O Cerrado é uma área bastante desmatada, principalmente por conta do cultivo de soja. Alterações drásticas desse bioma consequentemente causam alterações drásticas na biologia de diversos seres vivos. Graúnas de áreas de cultivo de soja apresentam uma maior frequência de anormalidades em seus núcleos celulares e até mesmo micronúcleos - fragmentos de DNA não incorporados ao núcleo na divisão celular e que apresentam relação com agentes genotóxicos. Em contrapartida, espécimes de áreas conservadas apresentam conformação padrão de DNA.

O desmatamento de habitats naturais do pássaro-preto (e outras aves como Aratinga leucophtalma; Patagioenas picazuro e Volatina jacarina) fazem com que este procure alimento em plantações próximas ou em florestas remanescentes, como de soja, milho e sorgo. Isso representa uma perca da produtividade e prejuízos para os agricultores desses grãos, principalmente nos estados de São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Região do Triângulo, em Minas Gerais. São sugeridos novos tipos de manejo nestas plantações afim de diminuir os impactos que o desmatamento para o cultivo tem sobre a fauna e sobre o que é produzido.

Doenças parasitárias

Animais provenientes do comércio ilegal, que são submetidos à maus tratos, estresse e à falta de higiene são mais suscetíveis a ascaridiose e infecções por Coccídeos. O gênero Ascaridia é ainda mais comum em animais que tenham acesso ao solo em seus recintos. A presença de parasitas pode ser observada através da análise de amostras fecais. Fonte Wikipédia ,

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

Documentário: Ataques Felinos


Os felídeos  (latim científico: Felidae) ou felinos, nome mais conhecido popularmente, são uma família de animais mamíferos digitígrados, da ordem dos carnívoros. Existem muitas espécies selvagens, como os grandes felinos. Existem duas subfamílias de felídeos: Pantherinae (que inclui tigres, leões, onças-pintadas, leopardo-das-neves e leopardos) e felíneos (que inclui guepardos, suçuaranas, linces, jaguatiricas e gatos domésticos). Os primeiros exemplares da família surgiram durante o Oligoceno, há cerca de 25 milhões de anos. Na pré-história, também existia uma terceira subfamília denominada Machairodontinae, em que faziam parte os felídeos dentes-de-sabre como o Smilodon. Apesar das semelhanças superficiais, os também extintos Thylacosmilus e Nimravidae não estão incluídos na família dos felídeos.

URU (Odontophorus capueira)

Odontophorus capueira

Uru

O uru (Odontophorus capueira), também chamado uru-capoeira, capoeira, corcovado, uru-do-nordeste, piruinha ou perdiz-uru, é uma ave galiforme da família dos odontoforídeos. Vive nas florestas das regiões Centro-oeste e Sul do Brasil. Chega medir até 24 centímetros de comprimento. É topetudo, com as partes superiores castanhas com estrias escuras, região perioftálmica vermelha e partes inferiores cinzentas.

Alimentação

Alimenta-se de frutos como o caruru, de palmiteiros, uvas-de-rato, ou pinhões de Araucária, além de sementes e, provavelmente, insetos e artrópodes.

Reprodução

Nidifica no solo, às vezes dentro de um buraco, confeccionando, em todo caso, uma construção de folhas secas que se apresenta com uma toca de entrada lateral de sólido teto. Podem ser aproveitadas as tocas escavadas por tatus, onde a ave choca cinco ovos ou mais. Os filhotes nidífugos escondem-se em buracos e cavidades no solo. Procriam nos primeiros meses do ano, no período seco.

Hábitos

Vive em toda a área leste do Brasil, do Nordeste ao Sul, além das áreas fronteiriças com o Paraguai e a Argentina, no solo de florestas densas e escuras, onde é visto aos pares ou em grupos familiares de 15 ou mais indivíduos, que são territoriais e agressivos com os bandos vizinhos. Quando assustados, podem fugir correndo pelo solo ou voando.

Habitat

Habita em clareiras, matas de araucária e matas subtropicais, na Mata Atlântica de encosta, matas secundárias altas, matas de tabuleiro no Nordeste e em matas secas. A espécie habita áreas de florestas primárias ou em bom estado de conservação.

Subespécies

São reconhecidas duas subespécies:

Odontophorus capueira capueira (Spix, 1825) - ocorre da região tropical do leste do Brasil até o leste do Paraguai e no nordeste da Argentina;
Odontophorus capueira plumbeicollis (Cory, 1915) - ocorre na região tropical do Nordeste do Brasil, dos estados do Ceará até o estado de Alagoas.