quinta-feira, 31 de julho de 2025

Os vetores da Leishmaniose

 Os vetores da Leishmaniose são insetos flebotomíneos, popularmente conhecidos como mosquitos-palha, birigui, cangalhinha ou asa-dura, pertencentes às famílias Phlebotominae (subfamília dos dípteros).

Principais vetores da Leishmaniose no Brasil:


🔹 1. Lutzomyia longipalpis

  • Principal vetor da Leishmaniose Visceral no Brasil.

  • Comum em áreas urbanas e rurais.

  • Tem preferência por locais com matéria orgânica em decomposição (folhas, fezes, lixo).


🔹 2. Nyssomyia whitmani (antes chamada de Lutzomyia whitmani)

  • Importante vetor da Leishmaniose Tegumentar Americana (forma cutânea e mucocutânea).

  • Frequente em áreas de transição entre matas e zonas rurais/habitadas.


🔹 3. Nyssomyia intermedia

  • Também relacionada à transmissão da Leishmaniose Tegumentar.

  • Presente em regiões litorâneas e áreas desmatadas do Sudeste e Sul do Brasil.


🔹 4. Migonemyia migonei (antes chamada de Lutzomyia migonei)

  • Potencial vetor tanto da forma tegumentar quanto visceral.

  • Presente em regiões do Nordeste e Sudeste.


🔹 5. Psychodopygus wellcomei

  • Associado à Leishmaniose Tegumentar em áreas de floresta amazônica.

  • Vetor mais restrito a regiões de mata fechada.


🦟 Características dos vetores flebotomíneos:

  • Medem de 2 a 4 mm.

  • Atuam principalmente no crepúsculo e à noite.

  • Silenciosos e de voo curto.

  • As fêmeas são hematófagas (alimentam-se de sangue) e são elas que transmitem a doença.

  • Preferem locais úmidos, sombreados e com matéria orgânica.


📌 Importância do controle do vetor

Como o vetor é essencial para a transmissão do protozoário Leishmania, o controle do mosquito-palha é uma das principais formas de prevenção da Leishmaniose, por meio de:

  • Limpeza de quintais e terrenos.

  • Uso de repelentes e telas.

  • Controle de resíduos orgânicos.

  • Proteção de cães com coleiras repelentes e acompanhamento veterinário.

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