quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

Abiu fruto do abieiro (Pouteria caimito)

Pouteria caimito

Abiu fruto do abieiro


O abieiro, abiu, abiurana, abiurana-acariquara, abiorama, abio ou guapeva ou cabo-de-machado (região Centro-Oeste) (Pouteria caimito) é uma árvore frutífera da família Sapotaceae, nativa da Amazônia Central e da Mata Atlântica costeira do Brasil. Foi descrita inicialmente como Achras caimito por Ruiz & Pav.. A árvore é perenifólia, lactescente, com altura de 6 a 24 m. As folhas, cartáceas, são glabras, dispostas na extremidade dos ramos, e medem de 5 a 20 cm de comprimento. As inflorescências em fascículo ficam sobre os ramos finos, e as flores miúdas são perfumadas. Formam-se em dezembro-janeiro no sudeste.

Frutos e sementes

O  fruto  do abieiro tem forma globoso ou elipsoide, apresenta coloração amarela e algumas variedades apresentam várias estrias verdes que riscam o fruto no sentido longitudinal. Possui casca lisa, baga translúcida, branca ou amarela, mucilaginosa e doce; pode conter em seu interior de 1 a 4 sementes lisas e pretas. Amadurece entre maio e novembro.

Frutos

O abiu é somente  consumido  ao natural. Apesar de todas as suas excelências e qualidades, o abieiro permanece, no Brasil, como árvore frutífera de quintal e de pomares não-comerciais.

Ocorrências

 A ocorrência do abieiro decorrem de vários países  da América do Sul: Dos quais se destacam Bolívia, Brasil, Colômbia, Venezuela, Equador, Peru e as três Guianas. No Brasil ocorre na Amazônia e na mata Atlântica da costa de Pernambuco até o Rio de Janeiro. Na América Central: Costa Rica, Nicarágua e Panamá.

terça-feira, 4 de janeiro de 2022

Cipo-de-são-João (Pyrostegia venusta)

Pyrostegia venusta

Cipó-de-são-joão

Pyrostegia venusta, conhecida popularmente como: flor-de-são-joão, cipó-de-são-joão, cipó-bela-flor, marquesa-de-belas, cipó-pé-de-lagartixa, cipó-de-lagarto, nativa em quase todo Brasil, é uma trepadeira lenhosa, encontrada em beira de estradas, barrancos e cercas. O nome vem do seu uso em festividades juninas de São João. A multiplicação é por meio de estacas ou sementes. Começa a florescer em maio e vai até o mês de setembro, variando em cada estado do Brasil. Possui propriedades medicinais e tóxicas

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Cosmo amarelo (Cosmos sulphureus)

Cosmos sulphureus

Cosmo amarelo

O cosmomo amarelo (Cosmos sulphureus) é uma espécie de planta com flores da família Asteraceaedo girassol, também conhecida como cosmos sulfúrico e cosmos amarelo. É nativo do México , América Central e norte da América do Sul , e naturalizado em outras partes da América do Norte e do Sul , bem como na Europa, Ásia e Austrália.  Esta planta foi declarada invasora pelo Conselho de Plantas Exóticas do Sudeste dos Estados Unidos em 1996.  As flores de todo o Cosmos atraem pássaros e borboletas, incluindo a borboleta monarca .Esta espécie de Cosmos é considerada uma espécie semi-resistente anual , embora as plantas possam reaparecer por meio de auto-semeadura por vários anos. Sua folhagem é oposta e finamente dividida. A altura da planta varia de 1–7 pés (30–210 cm). O original e seus cultivares aparecem em tons de amarelo, laranja e vermelho. É especialmente popular na Coréia e no Japão , onde é freqüentemente visto em plantações em massa ao longo das estradas, seguindo uma iniciativa do botânico coreano-japonês Woo Jang-choon .

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Abetouro, uma ave Europeia ( Botaurus stellaris )

Abetouro ( Botaurus stellaris )

Abetouro, uma ave Europeia

O abetouro ( Botaurus stellaris ) é uma ave que se parece com a garça o qual pertence a mesma família, a Ardeidae. São originários da Europa central e setentrional e Ásia , onde são comumente encontrados. É identificado pela sua plumagem castanha e pelo seu comportamento críptico (Diz-se dos animais que se camuflam com o ambiente em que vivem, confundindo assim seus predadores) . Possuem penas bico e pescoço bastante longos e o espaço entre os olhos e bico é desprovido de penas. Sua garras são unidas por membranas, e a unha do terceiro dedo é provida de serra, na parte inferior, cuja utilidade ainda é desconhecida.


terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Água-viva de nomura (Nemopilema nomurai )

Nemopilema nomurai


Água-viva de nomura

Água-viva de Nomura ( Nemopilema nomurai ) é uma rhizostome água-viva  muito grande , na mesma classe de tamanho como a água-viva juba de leão , o maior cnidários no mundo. É comestível, mas não é considerado de alta qualidade.  É a única espécie do gênero monotípico Nemopilema .

O diâmetro desta espécie quando totalmente crescida é ligeiramente maior do que a altura de um ser humano médio. A espécie foi nomeada em homenagem ao Sr. Kan'ichi Nomura , Diretor Geral da Estação Experimental de Pesca da Prefeitura de Fukui , que no início de dezembro de 1921 enviou um espécime em um tanque de madeira 72 litros   para o Professor Kishinouye , que descobriu que era desconhecido e passou algum tempo na estação para estudar os espécimes vivos. 
Crescendo até 2 m (6 pés 7 pol.) De diâmetro e pesando até 200 kg (440 lb),  a água-viva de Nomura reside principalmente nas águas entre a China e o Japão, principalmente centralizadas no Mar Amarelo e no Mar da China Oriental .  O florescimento populacional parece estar aumentando com frequência nos últimos 20 anos.  Possíveis razões para o aumento da população em Medusa de Nomura incluem mudança climática, pesca predatória e modificação costeira adicionando substrato para pólipos produtores de assexuações . 

O organismo Nemopilema nomurai é um dos maiores de todas as espécies de água-viva, atingindo um diâmetro de sino de aproximadamente 2m e um peso úmido de  200 kg (Kawahara, 2006). Nemopilema nomurai capturado em torno de Tsushima e nas Ilhas Iki tinha um corpo esbranquiçado translúcido, com capuletos e braços orais rosados ​​ou avermelhados, e gônadas imaturas transparentes. As medusas têm dois tipos principais de músculos: células epiteliomusculares e células musculares estriadas. Os pesquisadores descobriram que famílias de genes que estão intimamente associadas ao músculo estriado foram expressas na porção do sino da água-viva, fornecendo evidências de que o músculo estriado desempenha um papel significativo na motilidade da água-viva. 

Em 2009, uma traineira de pesca de 10 toneladas métricas (11 toneladas) , a Diasan Shinsho-maru, virou em Chiba, na Baía de Tóquio, enquanto sua tripulação de três homens tentava puxar uma rede contendo dezenas de águas-vivas de Nomura; os três foram resgatados por outra traineira. 



Caranguejo aratu-vermelho (Goniopsis cruentata, Latreille, 1803)

Goniopsis cruentata

Caranguejo aratu-vermelho

O aratu-vermelho (Goniopsis cruentata, Latreille, 1803) é uma espécie de caranguejo de porte médio, carapaça escura e coloração vermelha nas patas com pequenas manchas brancas, pertencente ao gênero Goniopsis. Habita o Atlântico Ocidental, o que inclui Bermudas, Flórida, Golfo do México, Antilhas, Guianas e Brasil (no arquipélago de Fernando de Noronha, e do Pará até Santa Catarina), num padrão de distribuição contínuo. Alimenta-se de animais em decomposição, frutas e plantas do manguezal. No Brasil, recebe também os nomes de aratu, aratu-do-mangue (na Região Nordeste do Brasil) e maria-mulata (na Região Sudeste do Brasil).

segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Jaó Yellow-legged Tinamou ( Crypturellus noctivagus)

Crypturellus noctivagus

Jaó

Crypturellus noctivagus, popularmente jaó-do-sul (em inglês: Yellow-legged Tinamou), é uma ave Tinamiforme, que habita a Mata Atlântica no Brasil, entre 0 e 400 m de altitude. Seu habitat típico são as florestas altas de restinga em estado primário, na planície litorânea e estendendo-se a florestas de encostas serranas e de vales de rios, dentro dessa faixa aproximada de altitude. É conhecido também por jaó-do-litoral, jaó-da-mata, juó ou juô (litoral do Estado de São Paulo).

Mede entre 32 a 34 cm, alimenta-se principalmente de sementes, pequenos frutos de palmeiras, como Euterpe oleracea, e também os das plantas tapiá, oiticica, curubixá, cupá, bem como insetos, vermes, aranhas, moluscos e ainda vegetais de folhas tenras, como certas gramíneas e também boa quantidade de grãos de areia.

Sua distribuição geográfica abrange os estados do ES, RJ, SP, PR, SC e RS. Segundo relatos abalizados, essa espécie apresenta distribuição esparsa e irregular em seu habitat, a floresta atlântica primária; e dentro dele, suas áreas de maior ocorrência pontual seriam nas proximidades de leitos secos de lagoas, recobertos por vegetação rasteira entremeada por gramíneas.

Tem relativa tolerância às alterações antrópicas, sendo observada a sua ocorrência em pequenas áreas de floresta primária, circundadas por pastos e plantações.

Uma característica na reprodução dessa espécie é a da formação de haréns de fêmeas no período de acasalamento (a exemplo de C. strigulosus), que se reúnem a um macho solitário e dominante. Este fator contribui para os resultados normalmente escassos obtidos em sua reprodução em cativeiros conservacionistas, em não se dispondo de uma proporção adequada entre os sexos.



domingo, 26 de dezembro de 2021

Azulona ( Tinumus tao )

Tinamus tao

Azulona

Sua coloração é de tom cinza-ardósia. Mede 52 cm e pesa cerca de 2,5 kg ou mais. Em observações de campo conduzidas pelo ornitólogo José Carlos Reis de Magalhães, encontrou-se a relação de sexos de dois machos para cada fêmea, que a postura era, sempre, de três ovos e as fêmeas acasalavam duas vezes na estação, com dois machos diferentes e consecutivos. A estratégia reprodutiva da azulona indica que a espécie tem estado sujeita a fortes pressões predatórias, tendo assim caminhado, evolutivamente, para a solução de reduzir a postura para três ovos e fazer duas posturas por ano, reduzindo riscos. Uma peculiaridade sobre os ovos da azulona está no fato de serem quase perfeitamente esféricos, em nada oblongos, como os de Tinamus solitarius, porém idênticos na coloração verde-azulada. As estreitas afinidades entre o macuco e a azulona sempre foram objeto das cogitações dos sistematas que os estudaram. As diferenças entre eles estão, praticamente, no colorido, já que, morfologicamente, são idênticos.Apenas no peso, os dados acusam pequena vantagem para a azulona. É provável que macuco e azulona venham de um ancestral comum e que, por razões climáticas, foram separados pela ocorrência de soluções de continuidade entre as áreas florestadas da Amazônia e do Sudeste (Mata Atlântica). Mantiveram muita coisa em comum, como a voz, igualmente eficiente para ambas, nos biótopos semelhantes em que remanesceram. A azulona apresenta subespécies ou raças geográficas, ao longo de suas áreas de ocorrência, onde divide o hábitat com outros representantes do gênero Tinamus, como o inambu-galinha (Tinamus guttatus) e o inambu-serra (Tinamus major), este encontrado na mata de várzea.
 Fonte Wikipedia.

terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Formiga-de-estalo - Trap Jaw Ant (Odontomachus bauri)

Odontomachus bauri

Formiga-de-estalo

A formiga-de-estalo  (Odontomachus bauri) diferencia-se de outras formiga por ter suas mandíbulas quase que constantemente abertas, usando-as para se defender ou para capturar sua alimentação. Ela é  também conhecida em Minas Gerais como formiga-torquês devido a semelhança quando esta ferramenta esta aberta,  nos estados do Nordeste brasileiro ela é conhecida como trinca-cunhão. Um estudo foi realizado pela Universidade de Illinois verificou-se que a velocidade de mordida desta formiga pode chegar a 100 km por hora . Porém outro relatório, por sua vez  , publicado em 2006 em Proceedings of the National Academy of Sciences, constatou que suas super mandíbulas  são capazes de lançá-las ao ar, às vezes até a 230 km/h, considerado a maior velocidade no reino animal.



segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

Pássaro-preto







Pássaro-preto

Gnorimopsar chopi, popularmente conhecido como graúna, pássaro-preto, assum-preto, cupido, chico-preto, arranca-milho, chopim, melro ou craúna, é uma espécie de ave da família Icteridae. É a única espécie do gênero. Encontra-se geograficamente bem distribuída pela América do Sul, e no Brasil em regiões não amazônicas. Trata-se de uma ave onívora capaz de nidificar, ou seja, fazer ninhos. Sua reprodução ocorre no verão e na primavera, podendo haver de 2 a 3 posturas, com 2 a 4 ovos em cada uma. É uma espécie que sofre com o tráfico de animais silvestres devido a sua beleza e seu canto - considerado por muito um dos mais melodiosos do Brasil. Essa espécie é de extrema importância e atua como um bioindicador no bioma brasileiro Cerrado, atualmente desmatado para o cultivo de soja. Não possui dimorfismo sexual ou etária, por isso, é muito difícil diferenciar as fêmeas dos machos e os jovens dos adultos da espécie.
Distribuição geográfica
Pode ser encontrada nos seguintes países da América do Sul: Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai, Peru e Uruguai. No Brasil, a graúna é encontrada em todo o território não amazônico.

Os seus habitats naturais são: savanas áridas, campos de gramíneas de baixa altitude subtropicais ou tropicais, sazonalmente úmidos ou inundados, pastagens e florestas secundárias.

No região do Nordeste brasileiro ocorre o Gnorimopsar chopi sulcirostris, bem maior que o pássaro-preto. Devido ao nome chopi, presente na identificação científica, essa espécie recebe erroneamente o nome vulgar de Chopim ou Gaudério - da espécie Molothrus bonariensis - na qual o macho é azul escuro de tonalidade de metálica, e a fêmea preto fosco.




Etimologia

A espécie é conhecida popularmente como graúna, palavra que deriva de "guira una" - ave preta - em tupi-guarani. Já seu nome científico, Gnorimopsar Chopi tem origem no grego "gnorimos" = notável e "psar"/"psarus" = estorninho; logo: ave notável parecida com estorninho. O "chopi" origina-se do guarani "cho pi" - uma onomatopeia que descreve o canto desta ave.

Descrição anatômica

Indivíduos adultos da espécie apresentam penas pontiagudas na nuca, uma coloração preto brilhante e uma cauda curta, além disso, possuem um corpo robusto e um bico com base larga e ponta levemente curvada. Com uma maior aproximação é possível observar a presença de sulcos na parte inferior da mandíbula do animal.

Ecologia e comportamento
Alimentação

Onívora. Esta espécie alimenta-se tanto de vegetais como frutos, sementes e néctar quanto de carne de insetos, pequenos invertebrados e aranhas e até mesmo pequenos sapos. Aprecia o coco maduro da palmeira Buriti. É uma ave considerada muito inteligente por sua capacidade de capturar insetos atropelados em estradas e de desenterrar sementes recém plantadas, como as de milho - daí seu nome popular arranca-milho.  A busca por recursos alimentares pode ocorrer tanto nas copas das árvores quanto no solo, sendo mais comum a segunda maneira, chamada de forrageamento terrestre.

Reprodução

Graúna, em inglês: Chopi Blackbird
Nesta espécie o macho ajuda a criar os filhotes, que atingem a maturidade sexual com cerca de 18 meses de vida. Reproduzem na primavera e no verão, podendo ter de 2 a 3 posturas de ovos por temporada, sendo de 2 a 4 ovos por postura.[6] Sua incubação é de 14 dias. Os filhotes permanecem em média 18 dias no ninho. Com 40 dias podem ficar independentes dos pais. Não há dimorfismo sexual ou etário, pois machos e fêmeas cantam, e os jovens são como os adultos.Pode-se descobrir o sexo dessa ave através de exame de DNA ou Laparoscopia. Em cativeiro, há dificuldades na formação do casal. As tentativas de reprodução devem ser feitas em viveiros de 1m de largura X 2m de altura X 3m de profundidade.

Ninhos

Esta espécie é capaz de nidificar, isto é, construir ninhos. Eles são encontrados geralmente em buracos em barrancos e em cupinzeiros terrestres, árvores ocas, troncos de palmeiras ou em ninhos abandonados de espécies como João-de-barro e Pica-pau. São feitos de fibras de palmeira, folhas secas e raízes de capim. Seus ninhos podem ser parasitados pelo Molothrus rufoaxillares conhecido como Vira-bosta-picumã, que é uma espécie parasita de ninhadas especializada. Muitas vezes essas espécies são confundidas, pois filhotes de Vira-bosta-picumã são avistados em ninhos de Graúnas, mesmo havendo uma diferenciação na pele e na cor do bico dos filhotes quando estes ainda não desenvolveram penas: os filhotes de Graúna tem pele mais amarelada e bico escuro e os de Vira-bosta-picumã tem pele mais rosada e bico claro. Os filhotes do parasita conseguem passar despercebidos e são alimentados pelas Graúnas.

Tráfico de avifauna

Assim como muitas espécies, Gnorimopsar Chopi é facilmente encontrada em feiras e no comércio ilegal de passeriformes. A Graúna em especial é capturada pela beleza de seu canto, que segundo os comerciantes e compradores de aves traficadas, é um dos mais melancólicos do Brasil. Os principais pontos de captura da Graúna estão nos estados da Bahia (Milagres, Feira de Santana, Vitória da Conquista e Cipó), Pernambuco (Recife), Pará (Belém e Santarém), Mato Grosso (Cuiabá) e Minas Gerais, de onde são escoados para as regiões Sul e Sudeste. Nestas regiões as aves são destinadas a coleções particulares, lojas de mascotes, criadores, feiras livres ou ao mercado exterior. O preço dessa espécie varia conforme seu comportamento: as que cantam mais são mais caras e as mais ariscas, ou seja, as menos calmas são mais baratas. Muitos gaioleiros tem a prática de furar os olhos dos pássaros apreendidos, como Sabiá e Graúna para que eles cantem insistentemente, atraindo mais consumidores.

Desequilíbrio ambiental

A graúna de vida livre, ou seja, aquela que não foi domesticada pode atuar como um bioindicador em áreas desmatadas do Cerrado brasileiro. Bioindicadores são seres vivos que podem auxiliar na avaliação da qualidade ambiental. O Cerrado é uma área bastante desmatada, principalmente por conta do cultivo de soja. Alterações drásticas desse bioma consequentemente causam alterações drásticas na biologia de diversos seres vivos. Graúnas de áreas de cultivo de soja apresentam uma maior frequência de anormalidades em seus núcleos celulares e até mesmo micronúcleos - fragmentos de DNA não incorporados ao núcleo na divisão celular e que apresentam relação com agentes genotóxicos. Em contrapartida, espécimes de áreas conservadas apresentam conformação padrão de DNA.

O desmatamento de habitats naturais do pássaro-preto (e outras aves como Aratinga leucophtalma; Patagioenas picazuro e Volatina jacarina) fazem com que este procure alimento em plantações próximas ou em florestas remanescentes, como de soja, milho e sorgo. Isso representa uma perca da produtividade e prejuízos para os agricultores desses grãos, principalmente nos estados de São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Região do Triângulo, em Minas Gerais. São sugeridos novos tipos de manejo nestas plantações afim de diminuir os impactos que o desmatamento para o cultivo tem sobre a fauna e sobre o que é produzido.

Doenças parasitárias

Animais provenientes do comércio ilegal, que são submetidos à maus tratos, estresse e à falta de higiene são mais suscetíveis a ascaridiose e infecções por Coccídeos. O gênero Ascaridia é ainda mais comum em animais que tenham acesso ao solo em seus recintos. A presença de parasitas pode ser observada através da análise de amostras fecais. Fonte Wikipédia ,

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

Documentário: Ataques Felinos


Os felídeos  (latim científico: Felidae) ou felinos, nome mais conhecido popularmente, são uma família de animais mamíferos digitígrados, da ordem dos carnívoros. Existem muitas espécies selvagens, como os grandes felinos. Existem duas subfamílias de felídeos: Pantherinae (que inclui tigres, leões, onças-pintadas, leopardo-das-neves e leopardos) e felíneos (que inclui guepardos, suçuaranas, linces, jaguatiricas e gatos domésticos). Os primeiros exemplares da família surgiram durante o Oligoceno, há cerca de 25 milhões de anos. Na pré-história, também existia uma terceira subfamília denominada Machairodontinae, em que faziam parte os felídeos dentes-de-sabre como o Smilodon. Apesar das semelhanças superficiais, os também extintos Thylacosmilus e Nimravidae não estão incluídos na família dos felídeos.

URU (Odontophorus capueira)

Odontophorus capueira

Uru

O uru (Odontophorus capueira), também chamado uru-capoeira, capoeira, corcovado, uru-do-nordeste, piruinha ou perdiz-uru, é uma ave galiforme da família dos odontoforídeos. Vive nas florestas das regiões Centro-oeste e Sul do Brasil. Chega medir até 24 centímetros de comprimento. É topetudo, com as partes superiores castanhas com estrias escuras, região perioftálmica vermelha e partes inferiores cinzentas.

Alimentação

Alimenta-se de frutos como o caruru, de palmiteiros, uvas-de-rato, ou pinhões de Araucária, além de sementes e, provavelmente, insetos e artrópodes.

Reprodução

Nidifica no solo, às vezes dentro de um buraco, confeccionando, em todo caso, uma construção de folhas secas que se apresenta com uma toca de entrada lateral de sólido teto. Podem ser aproveitadas as tocas escavadas por tatus, onde a ave choca cinco ovos ou mais. Os filhotes nidífugos escondem-se em buracos e cavidades no solo. Procriam nos primeiros meses do ano, no período seco.

Hábitos

Vive em toda a área leste do Brasil, do Nordeste ao Sul, além das áreas fronteiriças com o Paraguai e a Argentina, no solo de florestas densas e escuras, onde é visto aos pares ou em grupos familiares de 15 ou mais indivíduos, que são territoriais e agressivos com os bandos vizinhos. Quando assustados, podem fugir correndo pelo solo ou voando.

Habitat

Habita em clareiras, matas de araucária e matas subtropicais, na Mata Atlântica de encosta, matas secundárias altas, matas de tabuleiro no Nordeste e em matas secas. A espécie habita áreas de florestas primárias ou em bom estado de conservação.

Subespécies

São reconhecidas duas subespécies:

Odontophorus capueira capueira (Spix, 1825) - ocorre da região tropical do leste do Brasil até o leste do Paraguai e no nordeste da Argentina;
Odontophorus capueira plumbeicollis (Cory, 1915) - ocorre na região tropical do Nordeste do Brasil, dos estados do Ceará até o estado de Alagoas.

sábado, 20 de novembro de 2021

Comportamento animal (Cães destruidores)


Aprenda a fazer "Adestramento Canino em Casa" Acesse o Link abaixo


Quer saber como adestrar seu cão com apenas 20 minutos por dia? Descubra como transformar o cão mais travesso, bagunceiro e complicado num animal de estimação bem comportado, calmo e dócil.
Se colocado em prática o quanto antes o que está no ebook, os resultados virão rápido, e você vai ver em poucos dias seu cão mais educado, obediente, sociável com as visitas e outros animais

terça-feira, 16 de novembro de 2021

Baleia azul, animal em extinção, maior ser vivo do mundo de todos os tempos (Balaenoptera musculus)

Balaenoptera musculus

Animais em Extinção

Baleia azul

CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA

Reino:                 Animal
Filo:                         Cordados
Classe:                    Mamíferos
Ordem:                Cetáceos
Subordem:        Misticetos
Família:                Balaenopteridae
Género:                Balaenoptera
Espécie:                B. musculus 

Anhuma (Anhima cornuta)

Anhima cornuta
 
Anhuma

Anhuma (nome científico: Anhima cornuta), também conhecida como alencó, alicorne, anhima, Iúna, cametaú, cauintã, cavintau, cavitantau, cuintau, inhaúma, inhuma, licorne, unicorne e unicórnio, é uma ave anseriforme da pequena família Anhimidae. É típica da América do Sul. É a ave-símbolo do estado de Goiás, no Brasil.
Etimologia
"Anhuma", "anhima", "inhaúma" e "inhuma" são derivados do tupi ña'un, "ave preta". "Alicorne", "licorne", "unicorne" e "unicórnio" derivam do latim unicorne, "um corno", numa referência ao corno em sua cabeça.

Características

A anhuma tem cerca de sessenta centímetros de altura, oitenta centímetros de comprimento, 1,7 metros de envergadura e pesa em torno de três quilogramas. A plumagem é preta, exceto no ventre, que é branco. A sua característica mais singular é a presença de um espinho córneo e curvo de sete a doze centímetros na cabeça. Possui também dois esporões, uma maior e outro menor, em cada asa. O bico é curto e pardo-escuro, com a ponta esbranquiçada. As pernas são grossas e possuem grandes dedos.

Habita, principalmente, os pantanais e beiras de lagoas e rios com margens florestadas ou com vegetação rasteira. Vive aos casais e em grupos familiares, às vezes em bandos maiores. A sua alimentação básica são plantas flutuantes e gramíneas. Costuma migrar durante a seca, voltando na época chuvosa. Na época do acasalamento, a fêmea põe, em geral, três ovos de cor marrom-olivácea.

Influência na heráldica e na toponímia brasileira

As anhumas eram aves outrora encontradas aos bandos nas margens do Rio Tietê, o que levou os silvícolas a dar, ao rio, o nome de Anhumby, que significa "rio das anhumas". Por isso, a anhuma aparece no brasão das cidades de Guarulhos e Tietê, no estado de São Paulo. A anhuma ainda nomeia o bairro de Inhaúma, no município do Rio de Janeiro, o município de Cametá, no estado do Pará e a cidade de Inhumas, no Estado de Goiás, além de do município paulista de Anhumas e de um distrito em Piracicaba, em São Paulo.
Fonte: Wikipédia.

domingo, 14 de novembro de 2021

Besouro do Tenébrio Gigante (Zophobas morio)

zophobas morio

Tenébrio gigante

Zophobas morio é uma espécie de escaravelho escuro , cujas larvas são conhecidas pelo nome comum de Superworms , King Worms , Morio Worms ou simplesmente Zophobas . Os super-vermes são comuns na indústria de animais de estimação de répteis como alimento, não devem ser confundidos com os larvas gigantes, que são larvas de Tenebrio molitor borrifadas com o hormônio juvenil . As larvas do inseto se assemelham a larvas de farinha muito grandes, com cerca de 50 a 60 mm (1,7–2,25 pol.) De comprimento quando em tamanho real, mas, ao contrário das larvas de farinha, as extremidades de seus corpos são muito escuras, quase parecendo uma cor preta. Eles têm 6 pernas pequenas e dois prolegs posteriores rudimentares . Quando atingem o tamanho adulto, as larvas pupam e mais tarde emergem como grandes besouros de cor clara, que com o tempo escurecem e se transformam em besouros pretos. As larvas não irão pupar se forem mantidas em um recipiente com muitas outras larvas e comida abundante, onde recebem contato corporal constante. Manter os super-vermes dessa forma costuma ser usado para impedir a pupação. Para amadurecer os supervermes em escaravelhos, eles devem ser mantidos sozinhos por cerca de 7 a 10 dias. Eles irão então, após a maturação, emergir de seu estágio de pupa como escaravelhos escuros.  Superworms são aceitos por lagartos , tartarugas , sapos , salamandras , pássaros , koi e outros animais insetívoros, bem como formigas de estimação . Seus valores nutricionais são semelhantes aos dos larvas de farinha, portanto, é possível que a suplementação com cálcio seja necessária se eles forem usados ​​como alimento básico . Em alguns casos, eles são preferidos aos larvas de farinha devido ao seu exoesqueleto mais macio, tornando-os mais digeríveis para alguns répteis. As larvas não têm cheiro (mas os besouros possuem uma defesa química pungente que pode ser liberada quando provocadas) e podem ser facilmente contidas, o que as torna ideais para serem criadas em casa para alimentar uma coleção de insetívoros em cativeiro . No Brasil, os principais insetos em cativeiro destinam-se apenas à alimentação de animais. O perfil nutricional do Zophobas morio é, "46,80% proteínas, 43,64% lipídios, 8,17% cinzas e 1,39% carboidratos.

Relacionamento com os seres humanos 
Como ração animal 

Tal como acontece com a popular larva da farinha , as larvas de Zophobas morio (comumente conhecidas como super-vermes) são amplamente utilizadas no cuidado de animais de estimação, mais especificamente como ração .
Os superworms são relativamente ricos em proteínas e gordura, o que os torna atraentes como ração para répteis, anfíbios, peixes e pássaros em cativeiro. Sua capacidade de permanecer vivo sem comer por 1-2 semanas torna o processo de manutenção altamente viável para disponibilidade comercial a granel em todo o mundo. No entanto, os donos de animais são aconselhados a mantê-los em temperaturas amenas, pois, ao contrário dos vermes da farinha, os super-vermes não entram no processo de hibernação. Eles também são conhecidos por morder quando ameaçados pelo manuseio.

Como agentes de eliminação de resíduos 

Em 2016, foi descoberto por um grupo de estudantes do ensino médio na Universidade Ateneo de Manila que as larvas de Zophobas morio podem ser usadas no descarte de resíduos, já que as larvas consumiram espuma de poliestireno expandido . O estudo de pesquisa comparou as larvas maiores de Zophobas morio com as larvas de Tenebrio molitor , que foram usadas anteriormente em um estudo de Stanford que abordava a degradação do poliestireno.  O primeiro estudo descobriu que em categorias de peso bruto iguais, as larvas de Zophobas morio podem consumir maiores quantidades de poliestireno por longos períodos de tempo. Fonte Wikipédia.

sábado, 13 de novembro de 2021

Azulona, Grey Tinamou (Tinamus tao)

Tinamus tao

Azulona

Sua coloração é de tom cinza-ardósia. Mede 52 cm e pesa cerca de 2,5 kg ou mais. Em observações de campo conduzidas pelo ornitólogo José Carlos Reis de Magalhães, encontrou-se a relação de sexos de dois machos para cada fêmea, que a postura era, sempre, de três ovos e as fêmeas acasalavam duas vezes na estação, com dois machos diferentes e consecutivos. A estratégia reprodutiva da azulona indica que a espécie tem estado sujeita a fortes pressões predatórias, tendo assim caminhado, evolutivamente, para a solução de reduzir a postura para três ovos e fazer duas posturas por ano, reduzindo riscos. Uma peculiaridade sobre os ovos da azulona está no fato de serem quase perfeitamente esféricos, em nada oblongos, como os de Tinamus solitarius, porém idênticos na coloração verde-azulada. As estreitas afinidades entre o macuco e a azulona sempre foram objeto das cogitações dos sistematas que os estudaram. As diferenças entre eles estão, praticamente, no colorido, já que, morfologicamente, são idênticos. Apenas no peso, os dados acusam pequena vantagem para a azulona. É provável que macuco e azulona venham de um ancestral comum e que, por razões climáticas, foram separados pela ocorrência de soluções de continuidade entre as áreas florestadas da Amazônia e do Sudeste (Mata Atlântica). Mantiveram muita coisa em comum, como a voz, igualmente eficiente para ambas, nos biótopos semelhantes em que remanesceram. A azulona apresenta subespécies ou raças geográficas, ao longo de suas áreas de ocorrência, onde divide o hábitat com outros representantes do gênero Tinamus, como o inambu-galinha (Tinamus guttatus) e o inambu-serra (Tinamus major), este encontrado na mata de várzea.
 Fonte Wikipedia.

sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Canto do inhambu



Canto do inhambu

Inhambu Guaçu (Crypturellus obsoletus)

Crypturellus obsoletus

Inhambu Guaçu

O inhambu Guaçu (nome científico: Crypturellus obsoletus) é uma espécie de ave da família dos tinamídeos. Habita a Mata Atlântica no Brasil em praticamente todos os níveis de altitude, sendo sua presença mais marcante acima dos 400 metros. Na América do Sul ocorrem algumas subespécies. Mede entre 28 e 32 cm. Alimenta-se de sementes, pequenos frutos, insetos e vermes. Ocorre nos estados brasileiros da Bahia (extremo sul) ao Rio Grande do Sul. É encontrado na mata primária, nos trechos de vegetação densa e sub-bosque, e em matas secundárias. Possui vocalização em escala ascendente fortíssima, sendo a vocalização da fêmea mais longa que a do macho. É uma ave cinegética Acasala de setembro a dezembro. Seu ninho no solo é muito pouco elaborado, constituído de algumas folhas secas, sob alguma folhagem ou ao lado de algum tronco; e sua postura consiste em 2 a 3 ovos de coloração rosa-púrpura, incubados num período médio de 19 dias pelo macho. Apresenta camuflagem eficiente, em tons de marrom-acinzentado, com desenho críptico nas penas traseiras (rectrizes). A coloração da fêmea tende a uma tonalidade mais avermelhada. Possui rápido voo de fuga. A raça geográfica Crypturellus obsoletus griseiventris, também chamada de inhambu-poca-taquara (foto superior à direita), ocorre no Brasil na região Amazônica; apresentando poucas diferenças quanto ao colorido geral; notadamente o ventre e cabeça mais acinzentados e bico pouco mais longo. Mas de vocalização bem diferenciada, lembrando vagamente a da espécie C. obsoletus obsoletus, do Sudeste e Sul do Brasil. Nessas duas regiões do Brasil, dada a grande redução das áreas da Mata Atlântica primária, substituída por florestas secundárias e plantações de Pinus e Eucalyptus(contendo sub-bosques da mata nativa), o inhambu Guaçu apresentou um grande crescimento populacional, dada a maior oferta de habitat favorável, em detrimento, por sua vez, de outro tinamídeo como o macuco (Tinamus solitarius), o qual ocorre exclusivamente na Mata Atlântica primária. É também chamado de inhambu-açu e perdiz (litoral sul do estado de São Paulo/BR).




Inhambu chororó (Crypturellus parvirostris)

Crypturellus parvirostris

Inhambu chororó

Crypturellus parvirostris, popularmente conhecido como inhambu-chororó, lambu, nambu-pé-roxo, lambu-pé-encarnado, inambuzinho, perdiz, xororó, inhambu-xororó, inambu-xororó, nambu-xororó, nhambu-xororó, inamu-xororó e sururina (em inglês, small-billed tinamou), é a menor espécie do seu gênero, medindo cerca de 19 centímetros. É uma ave de vasta distribuição geográfica no Brasil, habitando campos sujos, capoeiras, plantações e divisas de pastos. Terrícola, alimenta-se de sementes. É ave cinegética. No Brasil, ocorre nas regiões Nordeste, Sul e Sudeste, e no Norte em parte do Estado do Amazonas. Também é encontrado no Peru, Bolívia, Paraguai e Argentina. Sua vocalização consiste numa sequência de notas em escala descendente. Adapta-se bem ao cativeiro, tendo ótima capacidade de reprodução, o que favorece o repovoamento em áreas naturais. Há pouco dimorfismo entre os sexos, tendo a fêmea o bico vermelho-carmim intenso, e maior porte. O macho tem o bico escurecido na ponta e vermelho esmaecido na base (imagem ao lado). A vocalização entre os dois sexos também é diferenciada.Sua postura consiste em 4 ou 5 ovos de coloração rósea.

quinta-feira, 11 de novembro de 2021

Mosca branca com faixa preta (Anthomyia illocata ) ou Anthomyia oculifera

Anthomyia illocata 

Mosca branca com faixa preta

Reino:       Animalia
Filo:                 Arthropoda
Classe:     Insecta
Pedido:         Dípteros
Família:    Anthomyiidae
Subfamília: Anthomyiinae
Tribo:        Anthomyiini
Gênero:    Anthomyia
Espécie           Anthomyia illocata

Esta mosca parece muito com a mosca domestica na aparência física, mas com cores diferentes, porem não tem o hábito invasivo destas prefere lugares externo das residências pousada sobre a vegetação. São conhecidas cerca de 1.100 espécies de Anthomyiidae (Diptera) ocorrendo principalmente em áreas temperadas e árticas no hemisfério norte. Poucas espécies têm sido relatadas nas regiões da Australásia e Oceania. Nova Caledônia, localizada na Melanésia, no sudoeste do Oceano Pacífico, é bem conhecida por sua alta diversidade, endemismo e grande número de espécies desconhecidas. Espécimes de Anthomyia Meigen da Nova Caledônia foram encontrados na coleção do "Muséum national d'Histoire naturelle" (Paris). A espécie foi identificada como A. medialis Colless, sendo este o primeiro registro de Anthomyiidae da ilha. Chave de identificação para as espécies de Anthomyia ocorrentes nessas regiões é apresentada, bem como ilustrações da terminália masculina de A. medialis.

Galinha-d'angola (Numida meleagris)

 

                Numida meleagris

Galinha-d'angola

A galinha-d'angola (Numida meleagris) é uma ave da ordem dos galináceos, originária da África e introduzida no Brasil pelos colonizadores portugueses, que a trouxeram da África Ocidental. É a mais conhecida da família das aves Numididae, e o único membro do gênero Numida.Trata-se de uma ave que, em geral, só realiza cruzamento com exemplares da própria raça. Por isso, os pintainhos resultantes do acasalamento entre galinhas-d’angola e galos de qualquer outra espécie não têm raça reconhecida, sendo identificados apenas como aves híbridas. Mais fotos -  Filhote     Franga

Comportamento

As aves ficam nervosas facilmente. São extremamente agitadas, muitas vezes chegando ao estresse. São aves de bando: vivem em bandos, locomovem-se em bandos e precisam do bando para se reproduzir, pois só assim sentem estímulo para o acasalamento. E, como grupo, são organizadas. Cada grupo tem seu líder, o que é fácil de constatar no momento em que se alimentam: o líder vigia enquanto seus companheiros comem e, só depois de verificar que está tudo em ordem, é que começa a comer. São aves rústicas e fáceis de criar, exceto num ponto: deixadas soltas, escondem os ninhos com o requinte de botar os ovos em camadas e ainda cobertos por palha ou outro material disponível. As galinhas-d'angola não são boas mães, raramente entrando no choco. Fazem posturas conjuntas, com ninhadas de até quarenta ovos, dispostos em camadas. Desta forma, somente os ovos de cima recebem o calor da ave e eclodem. São inquietas e arrastam os pintos para zonas úmidas, podendo comprometer a sobrevivência deles. Em criações em cativeiro, é recomendável recolher os ovos e colocá-los em incubadoras ou fazê-los chocar por uma galinha.


terça-feira, 9 de novembro de 2021

Macuco (Tinamus Solitarius)

Tinamus Solitarius

Macuco

O macuco (nome científico: Tinamus solitarius) é uma espécie de ave sul-americana de grande porte da família dos tinamídeos, que chega a medir até 52 centímetros de comprimento. Tem o dorso pardo-azeitonado e ventre cinza-claro. Atualmente, a subespécie Tinamus solitarius pernambucensis, do Nordeste brasileiro, é considerada oficialmente inválida.

Etimologia

"Macuco" e "macuca" são os nomes populares da espécie. Estes termos são oriundos do termo tupi ma'kuku. Solitarius significa, traduzido do latim, "sozinho".
Descrição
É o maior representante dos tinamídeos na Mata Atlântica. Atinge até 52 centímetros de comprimento, com o peso dos machos variando entre 1,2 e 1,5 quilograma e o das fêmeas, entre 1,3 e 1,8 quilograma. Possui coloração acinzentada com matiz verde-oliva e desenho críptico nas penas traseiras (retrizes).

Ocorrência

É uma ave que habita a mata primária, percorrendo o solo da floresta, inclusive em áreas acidentadas e de difícil acesso. Vive na região florestada do leste brasileiro, do Pernambuco ao Rio Grande do Sul (Aparados da Serra), Minas Gerais (alto Rio Doce), sul de Goiás (matas da margem direita do Rio Paranaíba), e sudeste de Mato Grosso (Rio Paraná). Encontrado também na Argentina e Paraguai.

Dieta

Alimenta-se de sementes, bagas e frutas, sempre próximo a pequenos riachos ou nascentes.
Vocalização
Sua voz é um piado grave e monossilábico, o qual pode ser grosso ou fino, tanto em machos quanto em fêmeas: "fón". Pode sustentar a nota durante algum tempo, sendo que os machos, geralmente, piam menos. No período reprodutivo, ambos os sexos efetuam uma vocalização melodiosa, trêmula e prolongada.

Reprodução

Como na maioria dos tinamiformes, é o macho do macuco quem choca os ovos, que são de coloração verde-azulada, e cria os filhotes com grande cuidado parental. O ninho é feito no solo, geralmente entre as raízes de grandes árvores, ou junto a troncos caídos. Sua reprodução em cativeiro costuma ser bem-sucedida, devendo ser incentivada para o repovoamento das florestas remanescentes, paralelamente ao replantio de mata nativa em áreas desflorestadas ou degradadas, o que garantiria a preservação futura dessa espécie e de outras tantas da Mata Atlântica brasileira.

Status de conservação

A principal ameaça que contribui para a extinção dessa espécie é a do desmatamento, pois a ave não se adapta à mata secundária, que não apresenta as mesmas características da mata primitiva. É uma ave cinegética por excelência, assim como os demais tinamídeos, pois estes possuem carne branca e saborosa, considerada pelos especialistas franceses como o grupo de aves cuja carne é adequada ao preparo de qualquer tipo de prato. Em virtude dessas ameaças, a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) classifica esta espécie no status Quase Ameaçado (NT).

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Amblipigio (Trichodamon froesi)


Amblipigio


Amblypygi é uma antiga ordem de artrópodes aracnídeos queliceratos também conhecidos como aranhas-chicote e escorpiões-chicote sem cauda (não deve ser confundido com escorpiões-chicote ou vinegaroons que pertencem à ordem relacionada Thelyphonida). O nome "amblypygid" significa "cauda cega", uma referência à falta do flagelo que é visto em escorpiões chicote. Eles são inofensivos para os humanos.  Amblypygids não possuem glândulas de seda ou presas venenosas . Eles raramente mordem quando ameaçados, mas podem agarrar os dedos com seus pedipalpos, resultando em ferimentos por punção semelhantes a espinhos. Em 2016, 5 famílias, 17 gêneros e cerca de 155 espécies foram descobertas e descritas.  Eles são encontrados em regiões tropicais e subtropicais em todo o mundo; eles são encontrados principalmente em ambientes quentes e úmidos e gostam de ficar protegidos e escondidos dentro da serapilheira, cavernas ou embaixo da casca. Algumas espécies são subterrâneas; todos são noturnos . Amblipigídeos fossilizados foram encontrados datando do período Carbonífero , como Graeophonus .  

Descrição física 

Os amblypygids variam de 5 a 70 centímetros (2,0 a 27,6 pol.) De envergadura.  Seus corpos são largos e altamente achatados, com uma carapaça sólida e um abdômen segmentado , ou opistossoma . A maioria das espécies tem oito olhos; um par de olhos medianos na frente da carapaça acima das quelíceras e 2 grupos menores de três olhos cada um mais atrás em cada lado. Amblypygids têm pedipalpos raptoriais modificados para agarrar e reter presas, muito parecido com os de um louva- a- deus ;  trabalho recente sugere que os pedipalpos exibem dimorfismo sexual em seu tamanho e forma.  O primeiro par de pernas age como órgãos sensoriais e não é usado para caminhar. As pernas sensoriais são muito finas e alongadas, têm vários receptores sensoriais e podem se estender várias vezes ao comprimento do corpo. 

Comportamento 

Os amblypygids têm oito pernas, mas usam apenas seis para andar, geralmente como um caranguejo, de lado. O par de pernas dianteiro é modificado para uso como antenas, com muitos segmentos finos dando a aparência de um "chicote". Quando uma presa adequada é localizada com as patas anteniformes, o amblipigídeo agarra sua vítima com grandes espinhos nos pedipalpos , empalando e imobilizando a presa. Isso normalmente é feito ao escalar a lateral de uma superfície vertical e olhar para baixo em sua presa.  Quelíceras semelhantes a pinças trabalham para moer e mastigar a presa antes da ingestão. O escorpião chicote sem cauda pode ficar por mais de um mês sem comer; muitas vezes isso é devido à pré - voltagem. Devido à falta de veneno, o escorpião chicote sem cauda tem um temperamento muito nervoso, recuando se qualquer ameaça perigosa for detectada pelo animal.

O namoro envolve o macho depositando espermatóforos caídos , que têm uma ou mais massas de espermatozoides na ponta, no solo, e usando seus pedipalpos para guiar a fêmea sobre eles.  Ela reúne os espermatozoides e deposita os óvulos fertilizados em uma bolsa carregada sob o abdômen , ou opistossomo . Quando os filhotes nascem, eles sobem nas costas da mãe; qualquer um que caia antes da primeira muda não sobreviverá.

Algumas espécies de amblipigídeos, particularmente Phrynus marginemaculatus e Damon diadema , podem estar entre os poucos exemplos de aracnídeos que exibem comportamento social. Pesquisa conduzida na Universidade Cornell sugere que as mães amblipigidas se comunicam com seus filhotes por meio de suas patas dianteiras anteniformes, e os filhos retribuem tanto com a mãe quanto com os irmãos. A função final desse comportamento social permanece desconhecida.  Amblypygids detêm territórios que defendem de outros indivíduos.  

A dieta amblipígida consiste principalmente de presas artrópodes, mas esses predadores oportunistas também foram observados se alimentando de vertebrados.  Os amblypygids geralmente não se alimentam antes, durante e depois da muda. Como outros aracnídeos, um amblipigídeo muda várias vezes durante sua vida.  A muda é feita pendurada na parte inferior de uma superfície horizontal para usar a gravidade para auxiliar na separação do antigo exoesqueleto do animal.

Como animais de estimação 

Várias espécies de Amblypygi são vendidas e mantidas como animais de estimação, incluindo Damon diadema , Damon medius , Damon variegatus , Euphrynichus amanica , Heterophrynus batesii , Acanthophrynus coronatus , Phrynus marginemaculatus e Paraphrynus mexicanus .  Escorpiões chicote sem cauda são mantidos em caixas de vidro altas (> 18 polegadas) que permitem duas coisas: Espaço vertical suficiente para escalar e mudar de penase espaço suficiente para dissipar o calor a fim de manter o gabinete entre 70 ° F e 75 ° F. Duas polegadas de substrato na parte inferior do invólucro geralmente são suficientes para permitir a escavação e também servem como um método para reter água a fim de manter a umidade acima de 75%. Os escorpiões-chicote sem cauda vivem entre 5 a 10 anos. A alimentação pode incluir pequenos insetos, como grilos, larvas de farinha e baratas. 

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Aranha teia de funil (Atrax robustus)

Atrax robustus 

Aranha teia de funil australiana

Vídeo - Extração de veneno de uma aranha mortal | Encontro SelvagemO Diário de Coyote Peterson


Atrax robustus ou aranha teia de funil australiana é um Mygalomorphae aranha da familia hexathelidae  . É uma espécie venenosa nativa do leste da Austrália . É conhecida como aranha de Sydney (ou indevidamente como tarântula de Sydney ). 
Foi anteriormente classificado como membro da família Dipluridae , embora recentemente tenha sido incluído entre os Hexathelidae

Habitat 

Atrax robustus é encontrada na costa leste da Austrália , com espécimes encontrados em Nova Gales do Sul , Austrália do Sul , Victoria e Queensland .
Elas se esconde sob pedras e troncos caídos. Também estão em solo úmido sob as casas, em fendas e rochas de jardim.

Relevância médica 

Atrax robustus é provavelmente uma das três  aranhas mais  perigosas do mundo é  considerada por alguns como o mais perigosa. O estudo dos registros de picadas parece indicar que os machos errantes causam a maioria das reações fatais em humanos. Os machos, reconhecíveis pelo segmento final do pedipalpo modificado, são agressivos e tendem a vagar durante os meses quentes em busca de fêmeas receptivas para acasalar.  Às vezes, aparecem em piscinas e garagens ou galpões em áreas urbanas, onde o risco de interação com humanos é maior.

Aparentemente, entre 10% e 25% das picadas dessas aranhas resultam na inoculação de quantidades apreciáveis ​​de veneno,  mas como não é possível prever quando esse é o caso, todas as picadas devem ser tratadas como uma ameaça à vida.
Houve 13 mortes (7 delas em crianças) na Austrália no s. XX devido à picada desta espécie. Nos casos em que foi possível verificar o sexo da aranha, constatou-se que eram do sexo masculino.  

Toxinas 

O veneno do Atrax contém um grande número de toxinas diferentes, englobadas sob o nome de atracotoxinas (ACTX). A primeira toxina a ser isolada foi δ-ACTX. Esta toxina produz sintomas de envenenamento em macacos semelhantes aos observados em picadas humanas, razão pela qual ACTX é considerado responsável pelos mecanismos fisiopatológicos do veneno. 
ACTX atua abrindo os canais de sódio . São neurotoxinas pré-sinápticas que, por meio da abertura dos canais de sódio, produzem ativação espontânea e repetida em neurônios do sistema motor e autonômico. 
Apesar de ser extremamente tóxico para os primatas , o veneno é relativamente inofensivo para outros animais, incluindo cães , gatos , cavalos , porquinhos-da-índia , galinhas e até sapos-cururus .
O veneno das fêmeas é 30 vezes menos potente do que o dos machos.  

Sintomas 

A picada é dolorosa devido ao pH ácido do veneno e ao tamanho das presas que penetram na pele. Os efeitos locais podem ser seguidos por envenenamento sistêmico com sintomas como formigamento ao redor da boca, contrações involuntárias dos músculos faciais, náuseas , vômitos , salivação e suor excessivos e falta de ar . Os pacientes podem ficar rapidamente desorientados e coma associado a hipertensão , acidose metabólica , dilatação da pupila , contrações musculares involuntárias e edema pulmonar . A morte pode ocorrer como resultado de hipotensão progressiva ou aumento da pressão intracraniana devido a edema cerebral . 
O início do envenenamento grave é rápido. Em um estudo, o tempo médio para o início do envenenamento foi de 28 minutos. A morte pode ocorrer entre 15 minutos (no caso de uma criança pequena) e 3 dias após a picada. 
Tratamento 
O tratamento de primeiros socorros em caso de picada por essas aranhas consiste na aplicação de uma bandagem compressiva e imobilizante no membro afetado, de forma semelhante ao tratamento das picadas de muitas cobras venenosas. Esse tratamento tem se mostrado eficaz em retardar a ação do veneno e até mesmo sua inativação. 
A principal forma de tratamento é baseada no antídoto, que foi desenvolvido em 1981 em Melbourne e desde sua introdução não houve mortes por picada dessas aranhas. O antídoto também reduziu o período de hospitalização de cerca de 14 para 1-3 dias 3 para picadas graves.

Aranha-pescadora (Dolomedes tenebrosus)

Dolomedes tenebrosus

Aranha pescadora

Dolomedes tenebrosus ou aranha pescadora negra é  encontrada nos EUA e Canadá.  É capaz de picar seres humanos, mas foge das pessoas. Na maioria dos casos, a picada não é mais severa do que uma picada de abelha ou vespa. Os corpos das fêmeas têm entre a 15 a 26 mm; os machos têm 7 a 13 mm. As pernas variam de 50 e 90 mm. A aranha possui cor marrom clara a escura com vários marcadores de divisa e listras mais claras ao redor de suas pernas. É semelhante a outra espécie a Dolomedes scriptus.  As pernas possuem listras de cor  castanho e preto. Eles são encontrados em áreas arborizadas e habitam em árvores. 

quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Aranha-de-água (Argyroneta aquatica)

Argyroneta aquatica

Aranha-de-água
Argyroneta aquatica, conhecida pelo nome comum de aranha-de-água, é uma espécie de aranhas da família Cybaeidae, encontrada na região Paleártica, privativa dos lagos e de outros locais de água parada. A espécie apresenta carapaça marrom-amarelada com estripações escuras e mede entre 8 mm e 15 mm de comprimento. É a única aranha que vive permanentemente debaixo de água. Este tipo de aranhas é a única que consegue, usando os pequenos «pelos» das patas e do abdómen, aprisionam bolhas de ar, que retiram da superfície da água, e constroem com seda uma membrana que permite o armazenamento do ar contido nas bolhas, constituindo um reservatório subaquático denominado sino de ar. A seda é produzida sob a forma de um líquido que contém uma proteína, a fibroína que, em contato com o ar, solidifica. Normalmente a aranha-de-água aloja-se nos ramos das algas para que o ar contido nos sinos de ar sejam renovados ao longo do tempo pela fotossíntese que as algas realizam, estando sempre oxigénio dentro das bolhas.

Açafrão verdadeiro ( Crocus sativus)


Açafrão ( Crocus sativus)

Imagem de Johan Puisais por Pixabay

Açafrão ( Crocus sativus)

O açafrão verdadeiro é muitas vezes confundido com outra planta também conhecida pelo mesmo nome, o açafrão da terra ou açafrão da  índia, planta de família diferente. Seu nome cientifico é Crocus sativus, planta bulbosa pertencente a família das iridáceas. Algumas espécies florescem no outono, outras na primavera. Suas pétalas são violáceas; de  suas flores podem ser extraído um pó amarelo alaranjado conhecido comercialmente pelo mesmo nome, utilizado como especiaria na cozinha. Para se conseguir um quilo de açafrão é preciso de cerca de 250000 flores, tornado o seu preço extremamente caro, próximo ao do ouro. Um quilo de açafrão pode estar em torno de 97000,00 reais ou mais. Uma substancia extraída de seus estigmas é um corante de principio ativo, a safranina, a safranina e utilizada como corante biológico na histologia e na citologia como parte de pesquisas laboratoriais. Outra substancia isolada retirada de seus estigmas é o safranal, principal constituinte responsável pelo aroma do açafrão. O safranal é um dos constituintes utilizados nos moduladores do cortisol, também é utilizado como medicamento de ação anticonvulsivante. O safranal é um potente antioxidante na eliminação de radicais livres.