terça-feira, 9 de novembro de 2021

Macuco (Tinamus Solitarius)

Tinamus Solitarius

Macuco

O macuco (nome científico: Tinamus solitarius) é uma espécie de ave sul-americana de grande porte da família dos tinamídeos, que chega a medir até 52 centímetros de comprimento. Tem o dorso pardo-azeitonado e ventre cinza-claro. Atualmente, a subespécie Tinamus solitarius pernambucensis, do Nordeste brasileiro, é considerada oficialmente inválida.

Etimologia

"Macuco" e "macuca" são os nomes populares da espécie. Estes termos são oriundos do termo tupi ma'kuku. Solitarius significa, traduzido do latim, "sozinho".
Descrição
É o maior representante dos tinamídeos na Mata Atlântica. Atinge até 52 centímetros de comprimento, com o peso dos machos variando entre 1,2 e 1,5 quilograma e o das fêmeas, entre 1,3 e 1,8 quilograma. Possui coloração acinzentada com matiz verde-oliva e desenho críptico nas penas traseiras (retrizes).

Ocorrência

É uma ave que habita a mata primária, percorrendo o solo da floresta, inclusive em áreas acidentadas e de difícil acesso. Vive na região florestada do leste brasileiro, do Pernambuco ao Rio Grande do Sul (Aparados da Serra), Minas Gerais (alto Rio Doce), sul de Goiás (matas da margem direita do Rio Paranaíba), e sudeste de Mato Grosso (Rio Paraná). Encontrado também na Argentina e Paraguai.

Dieta

Alimenta-se de sementes, bagas e frutas, sempre próximo a pequenos riachos ou nascentes.
Vocalização
Sua voz é um piado grave e monossilábico, o qual pode ser grosso ou fino, tanto em machos quanto em fêmeas: "fón". Pode sustentar a nota durante algum tempo, sendo que os machos, geralmente, piam menos. No período reprodutivo, ambos os sexos efetuam uma vocalização melodiosa, trêmula e prolongada.

Reprodução

Como na maioria dos tinamiformes, é o macho do macuco quem choca os ovos, que são de coloração verde-azulada, e cria os filhotes com grande cuidado parental. O ninho é feito no solo, geralmente entre as raízes de grandes árvores, ou junto a troncos caídos. Sua reprodução em cativeiro costuma ser bem-sucedida, devendo ser incentivada para o repovoamento das florestas remanescentes, paralelamente ao replantio de mata nativa em áreas desflorestadas ou degradadas, o que garantiria a preservação futura dessa espécie e de outras tantas da Mata Atlântica brasileira.

Status de conservação

A principal ameaça que contribui para a extinção dessa espécie é a do desmatamento, pois a ave não se adapta à mata secundária, que não apresenta as mesmas características da mata primitiva. É uma ave cinegética por excelência, assim como os demais tinamídeos, pois estes possuem carne branca e saborosa, considerada pelos especialistas franceses como o grupo de aves cuja carne é adequada ao preparo de qualquer tipo de prato. Em virtude dessas ameaças, a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) classifica esta espécie no status Quase Ameaçado (NT).

Nenhum comentário:

Postar um comentário