terça-feira, 17 de março de 2020

Coronavirus - COVID-19


    Coronavirus - COVID-19  

COVID-19 (do inglês Coronavirus Disease 2019) é uma doença infeciosa causada pelo coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2).[9][10] Os sintomas mais comuns são febre, tosse e dificuldade em respirar.[2][1] Os casos mais graves podem resultar em pneumonia grave com insuficiência respiratória aguda, falência de vários órgãos e morte.[2][11] Cerca de 80% dos casos confirmados são ligeiros ou assintomáticos, 15% são infeções graves que necessitam de oxigénio e 5% são infeções muito graves que necessitam de ventilação.[8] A maioria dos casos recupera sem sequelas.[2]
A doença transmite-se através de gotículas produzidas nas vias respiratórias das pessoas infetadas.[2][12] Ao espirrar ou tossir, estas gotículas podem ser inaladas ou atingir diretamente a boca, nariz ou olhos de pessoas em contacto próximo.[2][13] Estas gotículas podem também depositar-se em objetos e superfícies próximos que podem infetar quem nelas toque e leve a mão aos olhos, nariz ou boca, embora esta forma de transmissão seja menos comum.[2][13] O intervalo de tempo entre a exposição ao vírus e o início dos sintomas é de 2 a 14 dias, sendo em média 5 dias.[1][14][15] Entre os fatores de risco estão a idade avançada e doenças crónicas graves como doenças cardiovasculares, diabetes ou doenças pulmonares.[3] O diagnóstico é suspeito com base nos sintomas e fatores de risco e confirmado com ensaios em tempo real de reação em cadeia de polimerase para deteção de ARN do vírus em amostras de muco ou de sangue.[4]
Entre as medidas de prevenção estão a lavagem frequente das mãos, evitar o contacto próximo com outras pessoas e evitar tocar com as mãos na cara.[16] A utilização de máscaras cirúrgicas é recomendada apenas para pessoas suspeitas de estar infetadas ou para os cuidadores de pessoas infetadas, mas não para o público em geral.[17][18] Não existe vacina ou tratamento antiviral específico para a doença. O tratamento consiste no alívio dos sintomas e cuidados de apoio.[19] Os antibióticos não têm efeito contra vírus.[2]
O SARS-CoV-2 foi identificado pela primeira vez em seres humanos em dezembro de 2019 na cidade de Wuhan, na China.[2] Pensa-se que o SARS-CoV-2 seja de origem animal.[20] O surto inicial deu origem a uma pandemia global que à data de 17 de março de 2020 tinha resultado em 182 407[7] casos confirmados e 7 154[7] mortes em todo o mundo.[21] Os coronavírus são uma grande família de vírus que causam várias doenças respiratórias, desde doenças ligeiras como a constipação até doenças mais graves como a síndrome respiratória aguda grave (SARS).[22] Entre outras epidemias causadas por coronavírus estão a epidemia de SARS em 2002-2003 e a epidemia de síndrome respiratória do Médio Oriente (MERS) em 2012.[2]

Sinais e sintomas

Sintomas mais comuns de COVID-19 Frequência dos sintomas[23]

Sintomas: Percentagem

Febre                                                  87,9%
Tosse seca                                         67,7%
Fadiga                                                38,1%
Expectoração                                        33,4%
Falta de ar                                        18,6%
Dores musculares ou nas articulações   14,8%
Garganta inflamada                        13,9%
Dor de cabeça                                        13,6%
Calafrios                                                11,4%
Náuseas ou vómitos                          5,0%
Congestão nasal                                  4,8%
Diarreia                                                  3,7%
Tosse com sangue                                  0,9%
Congestão conjuntival                         0,8%

COVID-19 (do inglês Coronavirus Disease 2019) é uma doença infeciosa causada pelo coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2).[9][10] Os sintomas mais comuns são febre, tosse e dificuldade em respirar.[2][1] Os casos mais graves podem resultar em pneumonia grave com insuficiência respiratória aguda, falência de vários órgãos e morte.[2][11] Cerca de 80% dos casos confirmados são ligeiros ou assintomáticos, 15% são infeções graves que necessitam de oxigénio e 5% são infeções muito graves que necessitam de ventilação.[8] A maioria dos casos recupera sem sequelas.[2]

A doença transmite-se através de gotículas produzidas nas vias respiratórias das pessoas infetadas.[2][12] Ao espirrar ou tossir, estas gotículas podem ser inaladas ou atingir diretamente a boca, nariz ou olhos de pessoas em contacto próximo.[2][13] Estas gotículas podem também depositar-se em objetos e superfícies próximos que podem infetar quem nelas toque e leve a mão aos olhos, nariz ou boca, embora esta forma de transmissão seja menos comum.[2][13] O intervalo de tempo entre a exposição ao vírus e o início dos sintomas é de 2 a 14 dias, sendo em média 5 dias.[1][14][15] Entre os fatores de risco estão a idade avançada e doenças crónicas graves como doenças cardiovasculares, diabetes ou doenças pulmonares.[3] O diagnóstico é suspeito com base nos sintomas e fatores de risco e confirmado com ensaios em tempo real de reação em cadeia de polimerase para deteção de ARN do vírus em amostras de muco ou de sangue.[4]

Entre as medidas de prevenção estão a lavagem frequente das mãos, evitar o contacto próximo com outras pessoas e evitar tocar com as mãos na cara.[16] A utilização de máscaras cirúrgicas é recomendada apenas para pessoas suspeitas de estar infetadas ou para os cuidadores de pessoas infetadas, mas não para o público em geral.[17][18] Não existe vacina ou tratamento antiviral específico para a doença. O tratamento consiste no alívio dos sintomas e cuidados de apoio.[19] Os antibióticos não têm efeito contra vírus.[2]

O SARS-CoV-2 foi identificado pela primeira vez em seres humanos em dezembro de 2019 na cidade de Wuhan, na China.[2] Pensa-se que o SARS-CoV-2 seja de origem animal.[20] O surto inicial deu origem a uma pandemia global que à data de 17 de março de 2020 tinha resultado em 182 407[7] casos confirmados e 7 154[7] mortes em todo o mundo.[21] Os coronavírus são uma grande família de vírus que causam várias doenças respiratórias, desde doenças ligeiras como a constipação até doenças mais graves como a síndrome respiratória aguda grave (SARS).[22] Entre outras epidemias causadas por coronavírus estão a epidemia de SARS em 2002-2003 e a epidemia de síndrome respiratória do Médio Oriente (MERS) em 2012.[2]
Sinais e sintomas
As pessoas infetadas podem não manifestar nenhum sintoma ou manifestar sintomas semelhantes à gripe de ligeiros a graves. Os sintomas mais comuns são febre, tosse e dificuldade em respirar.[24][25][1] Entre outros possíveis sintomas menos frequentes estão garganta inflamada, corrimento nasal, espirros ou diarreia.[26] Entre as possíveis complicações estão pneumonia grave, falência de vários órgãos e morte.[27][28]

A OMS estima que o período de incubação seja de 2 a 10 dias,[29] enquanto o CDC norte-americano estima 2 a 14 dias.[1] Um estudo publicado em fevereiro por vários investigadores na China, incluindo o médico responsável pela descoberta da SARS, encontrou evidências de que o período de incubação possa ser de até 24 dias.[30] A doença é contagiosa durante o período de incubação.[1]
Causas

Partículas de SARS-CoV-2 (a amarelo) a amergir de uma célula humana. Imagem obtida por microscópio eletrónico de varrimento com coloração digital
A doença é causada pela infeção com o vírus SARS-CoV-2.[31] A principal forma de transmissão entre seres humanos é por via aérea através de gotículas nos espirros, tosse ou exalação.[20]

O SARS-CoV-2 afeta principalmente os pulmões, uma vez que acede às células do hospedeiro através da enzima ACE2, a qual é mais abundante nas células alveolares do tipo II dos pulmões. O vírus liga-se à ACE2 através de uma glicoproteína de superfície, entrando assim na célula hospedeira.[32] A densidade de ACE2 em cada tecido está correlacionada com a gravidade da doença nesse tecido.[33][34] À progressão da doença alveolar pode resultar em insuficiência respiratória e morte.[34] A ACE2 pode também levar a que o vírus penetre nas células do coração, causando doença cardíaca aguda. As presença de problemas cardíacos pré-existentes está associada a um pior prognóstico da doença.[35]

Pensa-se que o vírus tenha origem animal.[36] A primeira transmissão para seres humanos ocorreu em Wuhan, na China, em novembro ou dezembro de 2019. No início de janeiro de 2020, a principal fonte de infeção era já a transmissão entre seres humanos.[37][38]

Fisiopatologia

O vírus entra no corpo pelo nariz, boca ou olhos e liga-se às células das vias respiratórias que produzem uma proteína denominada ACE2. O vírus infeta a célula fundindo a sua membrana lipídica com a membrana da célula e começa a libertar o seu ARN. A célula lê o ARN viral e começa a produzir proteínas que inibem o sistema imunitário e ajudam a produzir novas cópias do vírus que são libertadas no corpo. Cada célula infetada pode produzir e libertar milhões de cópias do vírus antes de morrer, infetando novas células ou depositando-se em gotículas que se espalham ao tossir ou espirrar.[39]

Diagnóstico

Kit de diagnóstico de COVID-19 por reação em cadeia de polimerase via transcriptase reversa (rRT-PCR) em tempo real
A OMS publicou vários protocolos de diagnóstico.[40][41] A doença pode ser confirmada com um exame de reação em cadeia de polimerase via transcriptase reversa (rRT-PCR) em tempo real.[42]

O diagnóstico da doença pode ser suspeito com base na combinação de sintomas, fatores de risco e de uma TAC ao tórax que mostre sinais de pneumonia.[43][44] O diagnóstico pode ser confirmado com um exame de reação em cadeia de polimerase via transcriptase reversa (rRT-PCR) ao exsudado nasofaríngeo ou a uma amostra de expectoração, ficando os resultados disponíveis após algumas horas a dois dias. Podem também ser usados ensaios imunológicos para deteção dos anticorpos numa amostra de sangue, ficando os resultados disponíveis após alguns dias.[45][46] Os resultados demoram geralmente de algumas horas a alguns dias.[47][48]

Os critérios de diagnóstico definidos pelo hospital da Universidade de Wuhan sugerem métodos de deteção de infeções com base nas características clínicas e risco epidemiológico. Os critérios consistem em identificar pacientes com pelo menos dois dos seguintes sintomas, além de historial de deslocações para a província de Wuhan ou contacto com outros pacientes infetados: febre, achados imagióligcos sugestivos de pneumonia, concentração de glóbulos brancos normal ou inferior ao normal, ou contagem de leucócitos inferior ao normal.[43]

Prevenção

Prevenir um pico de infecções, prática também conhecida como achatar a curva epidemiológica, ajuda a evitar que os serviços de cuidado com a saúde sejam sobrecarregados, e também provê mais tempo para que vacinas/tratamentos sejam desenvolvidos. O mesmo número de pessoas infectadas espalhadas por um período mais longo de tempo permite com que os serviços de saúde gerenciem melhor o volume de pacientes.[49][50]
As medidas de prevenção da transmissão são semelhantes às de outros coronavírus. Em caso de surto, deve-se lavar frequentemente as mãos com sabonete e água quente, evitar tocar nos olhos, no nariz ou na boca com as mãos por lavar, e adotar medidas de higiene respiratória como tapar o nariz e boca ao espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o cotovelo e nunca com as mãos e deitar sempre os lenços de papel no lixo).[5][51][52] As autoridades de saúde recomendam também manter-se em casa e sair apenas quando necessário, evitar viagens e eventos públicos, e telefonar para uma linha de assistência antes de se deslocar a um estabelecimento de saúde.[5][53]

Lavagem das mãos
Recomenda-se que a lavagem das mãos demore pelo menos 20 segundos, especialmente após usar a casa de banho, antes das refeições ou após assoar o nariz, tossir ou espirrar.[51] Quando não está disponível água ou sabonete, recomenda-se o uso de solução desinfetante para as mãos com pelo menos 60% de álcool.[51]

Higiene respiratória
É recomendada a utilização de máscaras cirúrgicas nos casos em que a pessoa apresenta sintomas de infeção respiratória, como tosse ou espirros, em casos suspeitos de COVID-19 ou em pessoas que prestem cuidados a suspeitos de COVID-19.[5][54]

Vacinas
Ver artigo principal: Pesquisa de vacina para o COVID-19
À data de março de 2020 não havia ainda uma vacina contra a doença,[5] embora estejam várias a ser desenvolvidas.[55][56]

Tratamento
As pessoas que suspeitem estar infetadas são aconselhadas a usar constantemente máscara e a contactar imediatamente um serviço de saúde para aconselhamento.[57]

À data de março de 2020, não era ainda conhecido qualquer tratamento para a doença. A OMS apelava à participação de voluntários em ensaios clínicos para determinar a eficácia e segurança de potenciais tratamentos.[58]

A investigação de potenciais tratamentos teve início em janeiro de 2020, embora o desenvolvimento de novas terapêuticas possa só estar concluído em 2021.[59] No fim de janeiro, as autoridades de saúde chinesas começaram a testar os atuais tratamentos para a pneumonia em doenças causadas por coronavírus.[60] Está também a ser investigada a potencialidade terapêutica do remdesivir, um inibidor da polimerase do ARN,[61][62][63][64] e de interferão beta.[64]

Mortalidade
Em pessoas com menos de 50 anos de idade o risco de morte é inferior a 0,5%, enquanto em pessoas com mais de 70 anos é superior a 8%.[65] Dos casos que resultaram em morte, a maior parte dos pacientes tinha o sistema imunitário debilitado por problemas de saúde anteriores, como hipertensão, diabetes ou doenças cardiovasculares.[66] Entre os casos na China, a taxa de mortalidade entre os homens era de 2,8% e entre as mulheres de 1,7%.[65] A mortalidade também é influenciada pelos recursos médicos e socioeconómicos de determinada região.[67] Entre os primeiros casos da doença, o intervalo de tempo entre os primeiros sintomas e a morte foi de 6 a 41 dias, sendo em média de 14 dias.[68]
Epidemiologia
Ver artigo principal: Pandemia de COVID-19
A doença foi identificada pela primeira vez por autoridades da cidade de Wuhan, capital da província de Hubei na China, entre pacientes que tinham desenvolvido pneumonia sem causa identificável.[73] A situação causou alarme devido à ausência de qualquer vacina ou antivirais eficazes e pela sua transmissão relativamente rápida desde a sua descoberta no início de Janeiro de 2020.[74][75]

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto uma emergência de saúde pública internacional com base no impacto que o vírus possa ter nos países em vias de desenvolvimento, com infraestruturas de saúde mais debilitadas.[76] Têm sido reportadas infeções em todo o mundo ocidental e na região da Ásia-Pacífico, a maior parte com origem em pessoas que viajaram para a China, incluindo em países como Alemanha,[77] Espanha,[78] França,[79] Hong Kong,[80] Vietname,[81] Tailândia,[82] Singapura,[83] Japão,[82] Coreia do Sul,[84] Portugal[85] e Austrália,[86] entre outros. Foram registadas mortes na China, nas Filipinas,[87] Hong Kong,[88] Itália[89] e França,[90] Estados Unidos,[91] entre outros. À data de 11 de fevereiro de 2020, apenas a China continental estava listada como área de ocorrência conhecida de transmissão comunitária do SARS-CoV-2.[92]

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