sábado, 13 de novembro de 2021

Azulona, Grey Tinamou (Tinamus tao)

Tinamus tao

Azulona

Sua coloração é de tom cinza-ardósia. Mede 52 cm e pesa cerca de 2,5 kg ou mais. Em observações de campo conduzidas pelo ornitólogo José Carlos Reis de Magalhães, encontrou-se a relação de sexos de dois machos para cada fêmea, que a postura era, sempre, de três ovos e as fêmeas acasalavam duas vezes na estação, com dois machos diferentes e consecutivos. A estratégia reprodutiva da azulona indica que a espécie tem estado sujeita a fortes pressões predatórias, tendo assim caminhado, evolutivamente, para a solução de reduzir a postura para três ovos e fazer duas posturas por ano, reduzindo riscos. Uma peculiaridade sobre os ovos da azulona está no fato de serem quase perfeitamente esféricos, em nada oblongos, como os de Tinamus solitarius, porém idênticos na coloração verde-azulada. As estreitas afinidades entre o macuco e a azulona sempre foram objeto das cogitações dos sistematas que os estudaram. As diferenças entre eles estão, praticamente, no colorido, já que, morfologicamente, são idênticos. Apenas no peso, os dados acusam pequena vantagem para a azulona. É provável que macuco e azulona venham de um ancestral comum e que, por razões climáticas, foram separados pela ocorrência de soluções de continuidade entre as áreas florestadas da Amazônia e do Sudeste (Mata Atlântica). Mantiveram muita coisa em comum, como a voz, igualmente eficiente para ambas, nos biótopos semelhantes em que remanesceram. A azulona apresenta subespécies ou raças geográficas, ao longo de suas áreas de ocorrência, onde divide o hábitat com outros representantes do gênero Tinamus, como o inambu-galinha (Tinamus guttatus) e o inambu-serra (Tinamus major), este encontrado na mata de várzea.
 Fonte Wikipedia.

sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Canto do inhambu



Canto do inhambu

Inhambu Guaçu (Crypturellus obsoletus)

Crypturellus obsoletus

Inhambu Guaçu

O inhambu Guaçu (nome científico: Crypturellus obsoletus) é uma espécie de ave da família dos tinamídeos. Habita a Mata Atlântica no Brasil em praticamente todos os níveis de altitude, sendo sua presença mais marcante acima dos 400 metros. Na América do Sul ocorrem algumas subespécies. Mede entre 28 e 32 cm. Alimenta-se de sementes, pequenos frutos, insetos e vermes. Ocorre nos estados brasileiros da Bahia (extremo sul) ao Rio Grande do Sul. É encontrado na mata primária, nos trechos de vegetação densa e sub-bosque, e em matas secundárias. Possui vocalização em escala ascendente fortíssima, sendo a vocalização da fêmea mais longa que a do macho. É uma ave cinegética Acasala de setembro a dezembro. Seu ninho no solo é muito pouco elaborado, constituído de algumas folhas secas, sob alguma folhagem ou ao lado de algum tronco; e sua postura consiste em 2 a 3 ovos de coloração rosa-púrpura, incubados num período médio de 19 dias pelo macho. Apresenta camuflagem eficiente, em tons de marrom-acinzentado, com desenho críptico nas penas traseiras (rectrizes). A coloração da fêmea tende a uma tonalidade mais avermelhada. Possui rápido voo de fuga. A raça geográfica Crypturellus obsoletus griseiventris, também chamada de inhambu-poca-taquara (foto superior à direita), ocorre no Brasil na região Amazônica; apresentando poucas diferenças quanto ao colorido geral; notadamente o ventre e cabeça mais acinzentados e bico pouco mais longo. Mas de vocalização bem diferenciada, lembrando vagamente a da espécie C. obsoletus obsoletus, do Sudeste e Sul do Brasil. Nessas duas regiões do Brasil, dada a grande redução das áreas da Mata Atlântica primária, substituída por florestas secundárias e plantações de Pinus e Eucalyptus(contendo sub-bosques da mata nativa), o inhambu Guaçu apresentou um grande crescimento populacional, dada a maior oferta de habitat favorável, em detrimento, por sua vez, de outro tinamídeo como o macuco (Tinamus solitarius), o qual ocorre exclusivamente na Mata Atlântica primária. É também chamado de inhambu-açu e perdiz (litoral sul do estado de São Paulo/BR).




Inhambu chororó (Crypturellus parvirostris)

Crypturellus parvirostris

Inhambu chororó

Crypturellus parvirostris, popularmente conhecido como inhambu-chororó, lambu, nambu-pé-roxo, lambu-pé-encarnado, inambuzinho, perdiz, xororó, inhambu-xororó, inambu-xororó, nambu-xororó, nhambu-xororó, inamu-xororó e sururina (em inglês, small-billed tinamou), é a menor espécie do seu gênero, medindo cerca de 19 centímetros. É uma ave de vasta distribuição geográfica no Brasil, habitando campos sujos, capoeiras, plantações e divisas de pastos. Terrícola, alimenta-se de sementes. É ave cinegética. No Brasil, ocorre nas regiões Nordeste, Sul e Sudeste, e no Norte em parte do Estado do Amazonas. Também é encontrado no Peru, Bolívia, Paraguai e Argentina. Sua vocalização consiste numa sequência de notas em escala descendente. Adapta-se bem ao cativeiro, tendo ótima capacidade de reprodução, o que favorece o repovoamento em áreas naturais. Há pouco dimorfismo entre os sexos, tendo a fêmea o bico vermelho-carmim intenso, e maior porte. O macho tem o bico escurecido na ponta e vermelho esmaecido na base (imagem ao lado). A vocalização entre os dois sexos também é diferenciada.Sua postura consiste em 4 ou 5 ovos de coloração rósea.

quinta-feira, 11 de novembro de 2021

Mosca branca com faixa preta (Anthomyia illocata ) ou Anthomyia oculifera

Anthomyia illocata 

Mosca Branca com Faixa Preta (Anthomyia illocata): Um Inseto Misterioso no Brasil

A natureza está cheia de espécies fascinantes que despertam curiosidade e, às vezes, surpresa. Entre esses insetos, a mosca branca com faixa preta, cientificamente conhecida como Anthomyia illocata (Walker, 1856), chama atenção por sua aparência marcante e hábitos pouco conhecidos.

Classificação Científica

  • Reino: Animalia

  • Filo: Arthropoda

  • Classe: Insecta

  • Ordem: Diptera

  • Família: Anthomyiidae

  • Gênero: Anthomyia

  • Espécie: Anthomyia illocata

Identificação e Características

A Anthomyia illocata é facilmente reconhecível por sua coloração branca contrastada com faixas pretas no corpo, uma característica que não é comum em todas as espécies do gênero Anthomyia. Seu tamanho é relativamente pequeno, típico das moscas, mas a combinação de cores a torna visualmente distinta.

Algumas características principais incluem:

  • Corpo predominantemente branco com faixas negras longitudinais.

  • Antenas curtas e finas.

  • Olhos grandes e compostos, típicos das moscas.

  • Presença em ambientes variados, mas frequentemente associada a áreas rurais ou próximos a alimentos em decomposição.

Distribuição e Ocorrência

No Brasil, Anthomyia illocata é considerada uma espécie rara. Registros recentes indicam sua presença em estados como Minas Gerais, onde observações mostraram indivíduos com a clássica faixa preta e branca. Apesar de rara, sua identificação é importante para estudos de biodiversidade e ecologia de insetos.

Comportamento e Ecologia

Embora ainda pouco estudada, sabe-se que a Anthomyia illocata compartilha comportamentos comuns a outras moscas do gênero Anthomyia, como:

  • Alimentação: Se alimenta de matéria orgânica em decomposição, sendo parte importante no processo de reciclagem de nutrientes.

  • Ciclo de vida: Passa pelas fases de ovo, larva, pupa e adulto, com os estágios imaturos geralmente em ambientes ricos em matéria orgânica.

  • Interações: Não é considerada perigosa para seres humanos, mas pode ser um indicativo da presença de matéria orgânica em decomposição.

Curiosidades

  • Apesar do nome “mosca branca”, a presença das faixas pretas é um traço que distingue a Anthomyia illocata de outras moscas brancas.

  • Sua raridade no Brasil torna cada observação valiosa para pesquisadores e entusiastas de entomologia.

  • Fotografias e vídeos desta espécie geram grande interesse por sua aparência exótica e diferenciada.

Conclusão

A Anthomyia illocata é um exemplo fascinante da diversidade de moscas no Brasil. Sua aparência única e ocorrência rara tornam-na um objeto de estudo interessante para cientistas e um motivo de fascínio para quem ama a natureza. Observar e registrar espécies como essa ajuda a compreender melhor a complexidade dos ecossistemas e a importância de cada pequeno inseto no equilíbrio ambiental.

Galinha-d'angola (Numida meleagris)

 

                Numida meleagris

Galinha-d'angola

A galinha-d'angola (Numida meleagris) é uma ave da ordem dos galináceos, originária da África e introduzida no Brasil pelos colonizadores portugueses, que a trouxeram da África Ocidental. É a mais conhecida da família das aves Numididae, e o único membro do gênero Numida.Trata-se de uma ave que, em geral, só realiza cruzamento com exemplares da própria raça. Por isso, os pintainhos resultantes do acasalamento entre galinhas-d’angola e galos de qualquer outra espécie não têm raça reconhecida, sendo identificados apenas como aves híbridas. Mais fotos -  Filhote     Franga

Comportamento

As aves ficam nervosas facilmente. São extremamente agitadas, muitas vezes chegando ao estresse. São aves de bando: vivem em bandos, locomovem-se em bandos e precisam do bando para se reproduzir, pois só assim sentem estímulo para o acasalamento. E, como grupo, são organizadas. Cada grupo tem seu líder, o que é fácil de constatar no momento em que se alimentam: o líder vigia enquanto seus companheiros comem e, só depois de verificar que está tudo em ordem, é que começa a comer. São aves rústicas e fáceis de criar, exceto num ponto: deixadas soltas, escondem os ninhos com o requinte de botar os ovos em camadas e ainda cobertos por palha ou outro material disponível. As galinhas-d'angola não são boas mães, raramente entrando no choco. Fazem posturas conjuntas, com ninhadas de até quarenta ovos, dispostos em camadas. Desta forma, somente os ovos de cima recebem o calor da ave e eclodem. São inquietas e arrastam os pintos para zonas úmidas, podendo comprometer a sobrevivência deles. Em criações em cativeiro, é recomendável recolher os ovos e colocá-los em incubadoras ou fazê-los chocar por uma galinha.


terça-feira, 9 de novembro de 2021

Macuco (Tinamus Solitarius)

Tinamus Solitarius

Macuco

O macuco (nome científico: Tinamus solitarius) é uma espécie de ave sul-americana de grande porte da família dos tinamídeos, que chega a medir até 52 centímetros de comprimento. Tem o dorso pardo-azeitonado e ventre cinza-claro. Atualmente, a subespécie Tinamus solitarius pernambucensis, do Nordeste brasileiro, é considerada oficialmente inválida.

Etimologia

"Macuco" e "macuca" são os nomes populares da espécie. Estes termos são oriundos do termo tupi ma'kuku. Solitarius significa, traduzido do latim, "sozinho".
Descrição
É o maior representante dos tinamídeos na Mata Atlântica. Atinge até 52 centímetros de comprimento, com o peso dos machos variando entre 1,2 e 1,5 quilograma e o das fêmeas, entre 1,3 e 1,8 quilograma. Possui coloração acinzentada com matiz verde-oliva e desenho críptico nas penas traseiras (retrizes).

Ocorrência

É uma ave que habita a mata primária, percorrendo o solo da floresta, inclusive em áreas acidentadas e de difícil acesso. Vive na região florestada do leste brasileiro, do Pernambuco ao Rio Grande do Sul (Aparados da Serra), Minas Gerais (alto Rio Doce), sul de Goiás (matas da margem direita do Rio Paranaíba), e sudeste de Mato Grosso (Rio Paraná). Encontrado também na Argentina e Paraguai.

Dieta

Alimenta-se de sementes, bagas e frutas, sempre próximo a pequenos riachos ou nascentes.
Vocalização
Sua voz é um piado grave e monossilábico, o qual pode ser grosso ou fino, tanto em machos quanto em fêmeas: "fón". Pode sustentar a nota durante algum tempo, sendo que os machos, geralmente, piam menos. No período reprodutivo, ambos os sexos efetuam uma vocalização melodiosa, trêmula e prolongada.

Reprodução

Como na maioria dos tinamiformes, é o macho do macuco quem choca os ovos, que são de coloração verde-azulada, e cria os filhotes com grande cuidado parental. O ninho é feito no solo, geralmente entre as raízes de grandes árvores, ou junto a troncos caídos. Sua reprodução em cativeiro costuma ser bem-sucedida, devendo ser incentivada para o repovoamento das florestas remanescentes, paralelamente ao replantio de mata nativa em áreas desflorestadas ou degradadas, o que garantiria a preservação futura dessa espécie e de outras tantas da Mata Atlântica brasileira.

Status de conservação

A principal ameaça que contribui para a extinção dessa espécie é a do desmatamento, pois a ave não se adapta à mata secundária, que não apresenta as mesmas características da mata primitiva. É uma ave cinegética por excelência, assim como os demais tinamídeos, pois estes possuem carne branca e saborosa, considerada pelos especialistas franceses como o grupo de aves cuja carne é adequada ao preparo de qualquer tipo de prato. Em virtude dessas ameaças, a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) classifica esta espécie no status Quase Ameaçado (NT).