terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Percevejo - manchador (Dysdercus peruvianus)

Lagarta da laranjeira ( Papilio anchisiades ou Heraclides anchisiades)


LAGARTA-DA-LARANJEIRA

Esta espécie possui asas com envergadura entre 8 e 10 centímetros e sem grande dimorfismo sexual entre o macho e a fêmea. Ambos apresentam coloração negra nas quatro asas; translúcida na metade anterior das asas anteriores, com ou sem mancha branca. Apresentam manchas vermelhas ou róseas nas asas posteriores, agrupadas em uma área moderadamente central, imitando mimeticamente borboletas do gênero Parides, como Parides anchises. Possuem ondulação na borda das asas posteriores e um par de caudas discretas, por vezes aparentando ter caudas múltiplas de dimensões similares. O lado de baixo difere por apresentar pontuações vermelhas na borda de toda a asa posterior e por apresentar coloração mais pálida.

Hábitos

As borboletas são avistadas visitando flores, das quais se alimentam do néctar. Voam rápido e desordenado, chegando às vezes a grandes alturas e podendo ser encontradas em diversos habitats, como em floresta primária e floresta secundária; mas também comumente em ambiente antrópico como em pastos e cidades, onde são encontrados pomares, parques, praças e jardins em altitudes entre zero e 1.400 metros. Os machos são vistos frequentemente em praias de rios ou em faixas úmidas do solo, onde possam sugar substâncias minerais. Às vezes eles são vistos individualmente, mas é mais frequente avistá-los em um pequeno grupo com outras espécies de borboletas.

Planta-alimento, ovo, lagarta e crisálida

Heraclides anchisiades se alimenta de diversas espécies e gêneros de plantas da família Rutaceae, em sua fase larval: Citrus aurantium, Citrus limon, Citrus reticulata, Citrus sinensis (gênero Citrus), Casimiroa edulis (gênero Casimiroa), Choisya dumosa (gênero Choisya), Ruta graveolens (gênero Ruta), Zanthoxylum fagara, Zanthoxylum americanum, Zanthoxylum caribaeum, Zanthoxylum clava-herculis e Zanthoxylum rhoifolium (gênero Zanthoxylum). A postura dos ovos, quase uma centena, geralmente ocorre sobre as folhas. Suas lagartas, quando eclodidas, são pragas desfolhadoras de culturas de Citrus; de coloração pardo-azeitonada, com manchas mais claras, assemelhando-se a excrementos de pássaros. São gregárias até seu último ínstar e receberam o nome popular de Bicho-de-rumo, pois permanecem agrupadas no tronco da planta hospedeira, todas voltadas na mesma direção, durante o dia, saindo à noite para se alimentarem. Elas colocam para fora um órgão amarelado com odor desagradável, em forma de "Y", na região frontal, quando incomodadas. Sua desfesa utiliza ácido isobutírico. A crisálida é castanha, com sua camuflagem imitando um galho seco. Ela fica suspensa para cima, por um par de fios. As lagartas gregárias de H. anchisiades receberam o nome popular de Bicho-de-rumo.

Subespécies

H. anchisiades possui cinco subespécies:
Heraclides anchisiades anchisiades - Descrita por Esper em 1788. Nativa do Peru, Colômbia, Venezuela e Guianas e região Norte do Brasil. Heraclides anchisiades idaeus - Descrita por Fabricius em 1793. Nativa dos Estados Unidos (Texas), México e Panamá. Heraclides anchisiades capys - Descrita por Hübner em 1809. Nativa da Bolívia, região Nordeste, Sudeste, Centro-Oeste e Sul do Brasil, Argentina e Paraguai. Heraclides anchisiades philastrius - Descrita por Fruhstorfer em 1915. Nativa de Trinidad. Heraclides anchisiades lamasi - Descrita por Brown em 1994. Nativa do Equador.

Acasalamento de aranha Fio-de-ouro ( Nephila clavipes)

Nephila clavipes

O Acasalamento da Aranha Fio-de-ouro (Nephila clavipes): Uma Dança de Corte Intrigante

Introdução:
A natureza está repleta de exemplos fascinantes de comportamentos de acasalamento entre diferentes espécies. Entre os aracnídeos, a aranha fio-de-ouro (Nephila clavipes) se destaca por sua teia de seda dourada e pelo intrigante ritual de acasalamento que envolve. Neste artigo, exploraremos os aspectos-chave do acasalamento da aranha fio-de-ouro, examinando seu comportamento, estratégias de corte e os desafios enfrentados durante o processo.

Comportamento de acasalamento:
O acasalamento da aranha fio-de-ouro é um evento crucial em sua vida, e ambos os sexos têm papéis distintos nesse processo. Os machos são significativamente menores que as fêmeas e devem abordar cuidadosamente uma fêmea receptiva para evitar serem confundidos com presas.

O ritual de corte:
Antes de se aproximarem da fêmea, os machos devem atrair sua atenção e demonstrar que não são uma ameaça. Isso é feito através da produção de vibrações específicas na teia da fêmea, conhecidas como "sinais de corte". Esses sinais são gerados pelo macho pluckando os fios da teia com suas pernas e pedipalpos, produzindo uma vibração que é transmitida para a fêmea.

Sinais de corte e resposta da fêmea:
A fêmea fio-de-ouro possui receptores sensíveis a vibrações em sua teia, permitindo que ela detecte e interprete os sinais de corte do macho. Se ela estiver receptiva, responderá aos sinais do macho permanecendo imóvel ou movendo-se em direção a ele. Caso contrário, ela pode se tornar agressiva e atacar o macho.

Aproximação e cópula:
Após a resposta positiva da fêmea, o macho deve se aproximar cuidadosamente e evitar qualquer movimento suspeito que possa desencadear uma reação agressiva. A cópula ocorre quando o macho transfere seu espermatóforo, uma estrutura em forma de saco contendo espermatozoides, para a abertura genital da fêmea. Esse processo pode ser complexo e demorado, e o macho pode ter que realizar manobras acrobáticas para garantir o sucesso da cópula.

Desafios e riscos:
O acasalamento da aranha fio-de-ouro não está isento de desafios e riscos. A principal ameaça para o macho é a possibilidade de ser confundido com uma presa pela fêmea. Para evitar isso, ele deve ter habilidades de comunicação bem desenvolvidas e demonstrar uma estratégia de corte eficaz. Além disso, após a cópula, o macho pode se tornar uma refeição para a fêmea, já que ela pode se alimentar dele para obter nutrientes extras para a produção de ovos.

Conclusão:
O acasalamento da aranha fio-de-ouro, Nephila clavipes, é um processo fascinante que envolve um elaborado ritual de corte. Desde os sinais de corte produzidos pelo macho até a resposta da fêmea e a complexa cópula, cada etapa desempenha um papel fundamental na reprodução dessa espécie. Embora o processo seja repleto de desafios e riscos para o macho, é essencial para a sobrevivência e perpetuação da espécie. O estudo desse comportamento de acasalamento não apenas nos ajuda a entender melhor a biologia dessas aranhas, mas também nos revela a incrível diversidade de estratégias que evoluíram na natureza para garantir o sucesso reprodutivo

Ameixa Japonesa, Nêspera - medlar (Eriobotrya japonica)

Carrapato de caes, Dog tick ( Rhipicephalus sanguineus)

Garrincha, Coruira, hochin, criollo ( Troglodytes aedon)

Troglodytes aedon

Aves fascinantes e repletas de diversidade, os Troglodytes aedon, também conhecidos por uma infinidade de nomes populares, como corruíra, curruíra, cambaxirra, correte, maria-judia, currila, cambuxirra, garrincha, cutipuruí, rouxinol, corruíra-de-casa, carriça, garriça, curuíra, coroíra, curreca, chirachola e carruíra, são aves pequenas, mas notáveis, que pertencem à família Troglodytidae.

A espécie Troglodytes aedon é encontrada em grande parte das Américas, desde o Canadá até a Argentina. Essas aves são famosas por seu canto melodioso e complexo, que muitas vezes é considerado um dos mais belos do reino animal. Seu canto varia de região para região, e cada indivíduo pode ter seu próprio repertório único de notas e padrões musicais.

Com um comprimento médio de cerca de 12 centímetros, a corruíra possui uma plumagem marrom-oliva, que a ajuda a se camuflar em meio à vegetação densa onde vive. Seu bico é fino e curvo, adaptado para buscar insetos e pequenos invertebrados entre as folhas e ramos das árvores. Além disso, sua cauda curta e constantemente erguida é uma característica distintiva dessa espécie.

As corruíras são aves territoriais e monogâmicas. Os machos constroem ninhos em forma de taça em áreas protegidas, como arbustos ou pequenas árvores, geralmente a uma altura de 1 a 2 metros do solo. A fêmea põe de 2 a 6 ovos brancos, que são incubados por ambos os pais por aproximadamente 16 dias. Após o nascimento dos filhotes, tanto o macho quanto a fêmea se revezam na tarefa de alimentá-los com uma dieta rica em insetos.

As corruíras desempenham um papel importante no ecossistema, pois ajudam no controle de pragas de insetos. Elas se alimentam principalmente de aranhas, grilos, besouros e larvas, mantendo o equilíbrio da população desses organismos.

Apesar de sua adaptabilidade e ampla distribuição geográfica, as corruíras enfrentam desafios em seu ambiente natural. A perda de habitat devido ao desmatamento e urbanização é uma das principais ameaças que essas aves enfrentam. Além disso, a contaminação por pesticidas agrícolas pode ter impactos negativos em sua saúde e reprodução.

Para proteger as corruíras e outras aves de habitat semelhante, é essencial preservar áreas naturais e promover práticas agrícolas sustentáveis que minimizem o uso de produtos químicos nocivos. A conscientização pública sobre a importância da conservação da biodiversidade também é fundamental para garantir um futuro saudável para essas aves e seus habitats.

Em conclusão, a Troglodytes aedon, conhecida por diversos nomes populares, é uma ave pequena, mas notável, com um canto melodioso e complexo. Sua plumagem discreta e seu comportamento territorial a tornam uma espécie intrigante para observadores de aves. No entanto, é importante reconhecer os desafios que essas aves enfrentam em seu ambiente natural e trabalhar para proteger e preservar seus habitats. A conservação das corruíras é um passo crucial para manter a diversidade biológica e garantir um futuro sustentável para todas as formas de vida.

Vespa - Bandeira (Evania Appendigaster)