terça-feira, 27 de abril de 2021

Tubarões Branco (Carcharodon carcharias)

Documentário: O tubarão branco  - maior predador dos mares   

TUBARÃO BRANCO 

Carcharodon carcharias Lineu, 1758, conhecido pelo nome comum de tubarão-branco, é uma espécie de tubarão lamniforme, sendo o peixe predador de maiores dimensões existente na atualidade. Um tubarão-branco pode atingir até 7 metros de comprimento e pesar até 2,5 toneladas. Esta espécie vive no meio do oceano e principalmente nas águas costeiras de todos os oceanos, desde que haja populações adequadas das suas presas, em particular pinípedes. Esta espécie é a única que sobrevive, na atualidade, do gênero Carcharodon.

Nomes comuns

A espécie Carcharodon carcharias recebe inúmeros nomes ao longo de sua área de distribuição. Em espanhol, as denominações mais comuns são tiburón blanco (tubarão-branco) e gran tiburón blanco (grande tubarão-branco) (esta última influenciada pelo nome oficial em inglês, great white shark).
Na Espanha, a denominação tradicional de origem medieval o identifica como jaquetón (aumentativo de jaque, xeque em português), nome que acompanhado de distintos adjetivos se aplica também a muitas outras espécies da família Carcharhinidae. Existe também o nome jaquetón blanco (jaquetón-branco), derivado da fusão entre o nome anterior e o tiburón blanco (tubarão-branco), mais popular na atualidade. O nome de marrajo, como é chamado às vezes em países de língua espanhola, pode levar a confusões com outras espécies de tubarão.
No Uruguai, é dado também o nome de "africano" a esta espécie. Em outros países existem denominações mais truculentas como "devorador de homens", em Cuba. Neste último país, também é conhecido como jaquetón de ley (jaquetón de lei), nome que, na Espanha, fica reservado para a espécie Carcharhinus longimanus.

Características gerais

Os tubarões brancos caracterizam-se pelo seu corpo fusiforme e peso, em contraste com as formas espalmada de outros tubarões. O focinho é cónico, curto e largo. A boca, muito grande e arredondada, tem forma de arco ou parábola. Permanece sempre entreaberta, deixando ver, pelo menos, uma fileira de dentes da mandíbula superior e uma dos da inferior, enquanto a água penetra nela e sai continuamente, pelas brânquias. Se este fluxo parasse, o tubarão se afogaria, por causa dos opérculos, que servem para regular a passagem correta de água, afundaria na mesma hora, já que não possui bexiga natatória é condenado a estar em contínuo movimento para evitar se afundar. Durante o ataque, as mandíbulas se abrem ao ponto de a cabeça ficar deformada e fecham-se imediatamente de seguida, com força 5 vezes a mordida humana.
Os dentes são grandes, serrados, de forma triangular e muito largos. Ao contrário de outros tubarões, não possuem qualquer espaçamento entre os dentes, nem falta de dente algum, antes, têm toda a mandíbula repleta de dentes alinhados e igualmente capazes de morder, cortar e rasgar. Atrás das fileiras de dentes principais, este tipo de tubarão tem duas ou três a mais em contínuo crescimento, que suprem a frequente queda de dentes com outros novos e vão-se substituindo por novas fileiras ao longo dos anos. A base do dente carece de raiz e encontra-se bifurcada, dando-lhe uma aparência inconfundível, em forma de ponta de flecha.
Os orifícios nasais (narinas) são muito estreitos, enquanto que os olhos são pequenos, circulares e completamente negros. No lombo situam-se cinco fendas branquiais, duas nadadeiras peitorais bem desenvolvidas e de forma triangular e outras duas, perto da nadadeira caudal, muito mais pequenas. A caudal está muito desenvolvida, assim como a grande nadadeira dorsal. Outras duas nadadeiras pequenas (segunda dorsal e anal), perto da cauda, completam o aspecto de este animal.
Apesar do seu nome, o tubarão é apenas branco na sua parte ventral, enquanto que a dorsal é cinzenta ou azulada. Este padrão, comum a muitos animais aquáticos, serve para que o tubarão se confunda com a luz solar ou com as escuras águas marinhas (em caso de fazê-lo de cima para baixo), constituindo uma camuflagem tão simples quanto efetiva. O extremo da parte ventral das barbatanas da espádua e a zona das axilas aparecem tingidos de negro. A pele é formada por dentículos dermicos ou dentículos cutâneos, que dão o aspecto liso sentido nariz cauda e extremamente áspero no sentido cauda/nariz.Não obstante, a denominação de "tubarão-branco" poderia ter a sua lógica no caso de se avistarem exemplares albinos desta espécie, que são, contudo, muito raros. Em 1996, pescou-se, nas costas do Cabo Oriental (África do Sul), uma fêmea jovem, de apenas 145 cm, que exibia esta rara característica.

Sentidos

As terminações nervosas do extremo lateral (Linha lateral), captam a menor vibração ocorrida na água e guiam o animal até à presa, que está causando essa perturbação. Outros receptores (conhecidos como ampolas de Lorenzini, são células especializadas, com uma forma similar à de minúsculas "garrafas") situadas em toda região da cabeça do animal, permitem-lhe captar também campos elétricos de frequência variável, que provavelmente usam para orientar-se nas suas migrações, percorrendo grandes distancias. O seu olfato é tão potente que a presença de uma só gota de sangue a quilômetros de distância serve para atraí-lo, ao mesmo tempo que o torna muito mais agressivo. A visão também é bem desenvolvida e tem um papel muito importante na aproximação final à presa e o seu peculiar estado sempre atento, permitindo o ataque a partir de debaixo da mesma.

Tamanho

O comprimento mais frequente entre os tubarões adultos é de cinco a sete [metros] (sendo as fêmeas maiores do que os machos), ainda que se conheçam casos de indivíduos excepcionais que ultrapassam amplamente estas medidas. Na atualidade, não se pode assegurar qual é realmente o tamanho máximo nesta espécie, fato que se vê reforçado pela existência de notas antigas, pouco fiáveis, sobre animais realmente gigantescos. Vários destes casos analisa-se no livro The Great White Shark (1991), de Richard Ellis e John E. McCosker, ambos peritos em tubarões.
Durante décadas, muitos livros de referência no campo da ictiologia reconheceram a existência de um tubarão-branco de 11 metros, capturado perto de Port Fairy (sul da Austrália) na década de 1870, o que se considerava o maior indivíduo conhecido. Ao abrigo desta medida máxima de comprimento, os registros de tubarões brancos de sete metros de largura foram considerados, até certo ponto, comuns e aceites sem grande discussão. Apesar disso, vários investigadores puseram em dúvida a fiabilidade do relatório de Port Fairy, insistindo na grande diferença de tamanho entre este indivíduo e qualquer um dos outros tubarões brancos capturados. Um século depois da captura, estudaram-se as mandíbulas do animal, ainda conservadas, e pode-se determinar que o seu tamanho corporal real rondava os cinco metros de comprimento. A confusão pode ter sido resultado de uma falha tipográfica, um erro derivado da tradução de unidades de unidades britânicas, ou internacionais (cinco metros são cerca de 16,5 pés), ou um simples exagero.


Voltando a Ellis e McCosker, estes asseguraram, na sua obra, que os maiores tubarões brancos rondam os seis metros de comprimento, e que as informações sobre indivíduos de sete metros ou mais, especialmente as existentes na literatura popular, não estão presentes na científica. Realçam o acontecido, em igual base, com a anaconda e a pitão gigante, "estes tubarões gigantes tendem a desaparecer quando um observador responsável se aproxima com uma fita métrica".

O maior exemplar que Ellis e McCosker reconhecem é um tubarão-branco de 6,4 metros, capturado nas águas cubanas, em 1945, embora outras citações atribuam tamanhos variáveis que chegam até aos 7,9 metros. Uma fêmea, de entre sete e 7,8 metros, foi encontrada morta numa praia de Malta, em 1987, longe da zona com maior concentração de tubarões brancos do Mediterrâneo.

Em 2006, a maioria dos peritos já está de acordo em que o tamanho máximo que pode alcançar um tubarão-branco "não excepcional" é de uns seis metros de comprimento e cerca de 1,9 toneladas de peso. As informações sobre tamanhos muito maiores que este costumam considerar-se duvidosas.

Relativamente ao peso, surge um novo problema, já que este pode variar ligeiramente, em função do que o tubarão tenha comido e se o fez o ou não há pouco tempo. Um exemplar adulto pode introduzir na boca até quatorze kg de carne, numa só mordida, e armazenar várias vezes essa quantidade, no seu estômago, até que termine de digeri-los. Por esta razão, Ellis e McConker consideram possível que os tubarões brancos possam chegar a alcançar as duas toneladas de peso, ainda que o mais pesado que se encontrou até ao momento pese "apenas" 1,75 toneladas.

O mais pesado tubarão-branco reconhecido pela Associação Internacional de Pesca Desportiva (IGFA, em inglês) é um exemplar de 1.208 kg, capturado por Alf Dean, em 1959, ao sul da Austrália. Conhecem-se muitos outros exemplares mais pesados, mas a IGFA não os reconhece, por terem sido capturados sem respeitar as normas impostas por esta organização.

Distribuição

O tubarão-branco vive sobre as zonas de plataforma continental, perto das costas, onde a água é menos profunda.
O tubarão-branco vive sobre as zonas de plataforma continental, perto das costas, onde a água é menos profunda. É nestas zonas que a abundância de luz e de correntes marinhas provoca uma maior concentração de vida animal, o que, para esta espécie, equivale a uma maior quantidade de alimento. Ainda assim, estão ausentes dos frios oceanos ártico e antártico, apesar de sua grande abundância em plâncton, peixes e mamíferos marinhos. Os tubarões brancos têm um avançado metabolismo, que lhes permite manterem-se mais quentes do que a água que os rodeia, mas não o suficiente para povoar estas zonas extremamente frias.

Áreas com presença frequente de tubarões brancos são as águas das Pequenas Antilhas, ou Golfo do México, Flórida, Cuba e a Costa Leste dos Estados Unidos até à Terra Nova; a zona costeira do Oceano Pacífico na América do Norte (desde a Baja California até ao sul do Alasca, onde chegam em anos anormalmente quentes)e da América do Sul na costa leste desde o Estado brasileiro do Rio de Janeiro à Patagónia na Argentina e na Costa Oeste desde o Panamá ao Chile); arquipélagos do Oceano Pacífico, como Havai, Fiji e Nova Caledónia; Austrália (com a excepção de sua fronteira norte, sendo abundante na restante área), Tasmânia e Nova Zelândia, sendo muito frequente na zona da Grande Barreira de Coral; norte das Filipinas e todo o litoral asiático, desde Hainan até ao Japão e Sacalina; Seychelles, Maldivas, África do Sul (onde é muito abundante) e as zonas em volta dos estuários dos rios Congo e Volta; e a fronteira costeira desde o Senegal até à Inglaterra, com ajuntamentos consideráveis nas ilhas de Cabo Verde e das Canárias, alcançando também os mares Mediterrâneo e Vermelho. Nestas últimas zonas a presença humana, manifestada através da super-exploração pesqueira e da contaminação das águas, tem reduzido consideravelmente a distribuição desta espécie. Apesar disso, parece que persiste na área alguma zona de criação, como por exemplo no Estreito de Messina. Ocasionalmente, esta espécie pode alcançar também águas da Indonésia, Malásia, o Mar de Okhotsk e a Terra do Fogo.

Normalmente mantém-se a uma certa distância da linha costeira, aproximando-se só naquelas zonas de especial concentração de atuns, focas, pinguins ou outros animais de hábitos costeiros. Igualmente, costuma permanecer próximo da superfície, ainda que, ocasionalmente, desça até cerca de um quilómetro de profundidade.

Alimentação

Os tubarões brancos diferem muito da lenda urbana que lhes chama máquinas de matar . Para poder capturar os grandes mamíferos que constituem a base da sua dieta dos adultos, os tubarões brancos recorrem a uma característica emboscada: colocam-se a vários metros por baixo da presa, que nada na superfície ou perto dela, usando a cor escura de seu dorso como camuflagem com o fundo, tornando-se assim, invisíveis para a sua vítima. Quando chega o momento de atacar, avançam com potentes movimentos do colo rapidamente para cima, e abrem as mandíbulas. O impacto costuma chegar ao ventre da vítima, onde o tubarão a aferra fortemente: se esta é pequena, como um leão-marinho, mata-a no acto e posteriormente engole-a inteira. Se é maior, arranca um grande pedaço da mesma, que ingere inteiro, já que os seus dentes não lhe permitem mastigar. A presa pode morrer imediatamente ou ficar moribunda, e o tubarão voltará a alimentar-se dela, arrancando um pedaço atrás de outro. Excitados pela presença de sangue, a zona encher-se-á de tubarões. Em algumas zonas do Pacífico, tubarões brancos arremetem com tanta força as focas e os leões-marinhos, que se elevam alguns metros sobre o nível da água, com sua presa entre as mandíbulas, antes de voltarem a afundar-se.

Esta espécie também consome carniça, especialmente a que procede de cadáveres de baleia à deriva, aos quais arrancam grandes pedaços. Próximo das zonas costeiras, os tubarões brancos consomem grandes quantidades de objetos flutuantes, por engano: já foram encontrados nos seus estômagos, inclusive, placas de automóvel.

Tanto na caça como nos outros aspectos da sua vida, o tubarão-branco costuma ser bastante solitário. Ocasionalmente vêem-se parelhas, ou pequenos grupos, deslocando-se em busca de alimento, trabalho que os leva a percorrer centenas de quilómetros. Ainda que preferentemente nómadas, alguns exemplares preferem alimentar-se em certas zonas costeiras, como ocorre em algumas regiões da Califórnia, África do Sul e, especialmente, Austrália.

Inimigos naturais

O tubarão-branco é o maior dos peixes carnívoros e um dos animais mais poderosos dos oceanos. Entretanto, tem um grande inimigo: o ser humano.

Além disso, também tem que temer a orca e o cachalote. Em outubro de 1997, nas águas que banham as ilhas Farallon (na costa da Califórnia) ocorreu um ataque de uma orca fêmea de 6,5 metros conhecida pelos cientistas como ca2 contra um tubarão-branco jovem de 3 metros de tamanho, durante o qual o tubarão morreu. Não há nenhum caso documentado de ataque de orca contra um Carcharodon carcharias adulto, mas equipas de estudos sobre o tubarão-branco, relatam que as orcas caçam tubarões brancos adultos nomeadamente nas ilhas Farallon e Nova Zelândia. Ao detectarem a presença de orcas os tubarões-brancos se retiram do local, regressando dias depois de as orcas o abandonarem.

Reprodução

Ainda que apenas existam poucos casos de fêmeas grávidas capturadas, pode-se afirmar que esta espécie prefere reproduzir-se em águas temperadas, na primavera ou verão, e é ovovivípara. Os ovos, de 4 a 10 ou talvez até 14, permanecem no útero até que eclodem: é possível, mas ainda não totalmente provado, que, tal como acontece em outras espécies de lâmnidos, no tubarão-branco se dê o canibalismo intra-uterino, ie, as crias mais fortes devorem as mais frágeis e os ovos ainda por abrir. No parto, três ou quatro crias de 1,20 metros de comprimento e dentes serrados conseguem sair para o exterior e imediatamente se evadem de sua mãe para evitar que ela as devore. Desde então levam uma vida solitária, crescendo a um ritmo bastante rápido. Alcançam os dois metros no primeiro ano de vida; os machos, menores que as fêmeas, amadurecem sexualmente antes destas, quando alcançam os 3,8 m de comprimento, ainda que, de acordo com Compagno (1984) alguns indivíduos excepcionalmente poderiam amadurecer com apenas dois metros e meio. As fêmeas só se podem se reproduzir após alcançarem entre 4,5 e 5 m de comprimento.

Não se conhece muita coisa sobre as relações intra-específicas desta espécie, inclusive sobre o acasalamento. É possível que este se produza com mais frequência depois de vários indivíduos compartilharem um grande banquete, como por exemplo, um cadáver de baleia.

Longevidade

Não se conhece com exatidão a vida média dos tubarões brancos, mas é provável que oscile entre os 15 e 30 anos.

Segundo um estudo recente feito pelo Instituto Oceanográfico Woods Hole, a sua longevidade é superior ao que se imaginava. O estudo usou datação por radiocarbono, e e descobriu-se que o método tradicional para mensurar a idade dos peixes é impreciso quando aplicado a tubarões brancos maiores. Segundo o estudo, esses animais podem viver até 70 anos.

Perigo de extinção

Devido à ampla área de distribuição desta espécie, é impossível saber, mesmo que de forma aproximada, o número existente de tubarões-brancos. Apesar disso, a sua baixa densidade populacional, unida à sua escassa taxa de reprodução e à sua baixa expectativa de vida fazem com que o tubarão-branco não seja um animal precisamente abundante. A pesca esportiva do tubarão, sem interesse econômico algum, se desenvolveu nos últimos 30 anos devido, em grande parte, à popularidade de filmes como Tubarão (Steven Spielberg, 1975) até ao ponto de se considerar ameaçado de extinção em vários locais.


A lista vermelha da IUCN incluiu o tubarão-branco pela primeira vez em 1990 como espécie insuficientemente conhecida, e desde 1996, como vulnerável. O II Apêndice do Convênio CITES o inclui como espécie vulnerável explorada irracionalmente.

As medidas de conservação devem se aplicar obrigatoriamente sobre as populações em liberdade, já que a criação em cativeiro do tubarão-branco é impossível, devido provavelmente ao já referido caráter nômada da espécie (existem dados sobre indivíduos visitando alternativamente as praias da África do Sul e Austrália, a 2.200 km de distância). O único exemplar que chegou a ser exibido vivo em um edifício foi uma fêmea jovem chamada Sandy, que viveu durante três dias do mês de agosto de 1980 no aquário Steinhart, de São Francisco. Depois de 72 horas em cativeiro, Sandy teve que ser libertada após deixar de comer e de se provocar graves feridas ao se chocar repetidamente contra uma das paredes do seu recinto. Posteriormente, se descobriu que o que atraia Sandy até esse lugar em particular era uma minúscula diferença de 125 microvolts (milionésimos de volts) de potencial elétrico entre essa parede e o resto das do aquário. A intensidade do campo elétrico que Sandy detectava era tão pequena que passava despercebida para qualquer dos outros animais que se encontravam no mesmo tanque, incluindo vários tubarões de outras espécies.

Por enquanto, não existe nenhuma moratória legal internacional sobre a pesca do tubarão-branco, ainda que esteja proibida em algumas áreas de sua distribuição. O tubarão-branco é uma espécie protegida na Califórnia, na costa leste dos Estados Unidos, no Golfo do México, na Namíbia, na África do Sul, nas Maldivas, em Israel e parte da Austrália (Austrália Meridional, Nova Gales do Sul, Tasmânia e Queensland). A Convenção de Barcelona o considera uma espécie ameaçada no Mediterrâneo, mas quase nenhum país com saída para este mar se efetuou alguma medida em favor de sua conservação.

Ataques a seres humanos

O tubarão-branco é uma ameaça que requer cuidados extremos, já que mostra comportamento alimentar muito diversificado. Sua dieta é composta basicamente por focas e leões-marinhos; isso se dá porque esses animais possuem muita gordura. No entanto, essa espécie se mostra agressiva para qualquer animal - presa - que transite na proximidade. Existem dúvidas sobre se esse comportamento se deve a curiosidade ou real voracidade alimentar. Cientistas ainda divergem se tubarões brancos confundem humanos com focas, tartarugas ou leões marinhos. Em alguns testes recentes, um boneco vestindo uma roupa de mergulho foi repetidamente atacado por um tubarão branco, mesmo sem conter aroma de carne, peixe ou esboçar movimentação. Para se ter uma idéia da visão desses animais, eles conseguem distinguir espécies de leões marinhos e diferenciar o ataque por espécie, para evitar um possível ferimento durante a caça. Como o corpo humano não possui tanta gordura, o tubarão pode não partir para o segundo ataque. O tubarão-branco pode projetar sua mandíbula durante um ataque, o que aumenta o ângulo da mordida.


Tubarão-branco, a ser capturado

Apesar da lenda urbana sobre o tema, os ataques de tubarões contra seres humanos são bastante raros. Dentro desses, os do tubarão-branco podem ser considerados anedóticos se comparados com os do tubarão-tigre (Galeocerdo cuvier) ou o tubarão-cabeça-chata (Carcharhinus leucas), o último dos quais pode remontar grandes rios (Mississipi, Amazonas, Zambeze etc.) e atacar as pessoas a vários quilômetros do mar. Além disso, o número anual de mortes causadas por estas três espécies em seu conjunto é inferior ao das mortes provocadas por serpentes marinhas e crocodilos, e também inferior aos das mortes ocasionados por animais tão aparentemente inofensivos como abelhas, vespas e hipopótamos. Considera-se que é mais provável morrer em alto-mar de um ataque do coração que de um ataque de um tubarão.

Conforme Douglas Long, "morre mais gente cada ano por ataques de cachorros do que por ataques de tubarões brancos nos últimos 100 anos". Em lugares onde a sua presença não é tão abundante, os ataques alcançam números realmente irrisórios: por exemplo, em todo o Mediterrâneo só foram confirmados 31 ataques contra seres humanos nos últimos 200 anos, em sua maioria sem resultados mortais. De acordo com alguns investigadores americanos, a cifra de ataques de tubarões brancos a nível global entre 1926 e 1991 seria de 115, sendo Califórnia, Austrália e África do Sul os lugares de maior concentração desses ataques.

Essa escassez de ataques, sobretudo mortais, pode dever-se a que a maioria dos tubarões em geral e os brancos, em particular, não considerem os seres humanos como autênticas presas potenciais. Ou, devido à queda na população deste animal. De feito, é possível que o sabor da carne humana seja incluso percebido como algo desagradável, e também seja menos nutritiva e muito mais difícil de digerir que a de baleia ou foca. A grande maioria de ataques consistem em uma única mordida, depois o qual o animal se retira, levando poucas vezes alguma parte da infortunada vítima (principalmente pés e pernas). Estes ataques podem ter as seguintes razões:

O tubarão não ataca a vítima com intenção de comê-la no ataque, mas porque a considera uma intrusa na sua atividade diária e vê-a como uma ameaça em potencial. Por isso, a mordida e posterior retirada do tubarão nada mais seria do que uma desproporcionada advertência;
O animal sente-se confuso ante algo que nunca tinha visto antes e não sabe se é comestível ou não. Portanto, o fugaz ataque é uma espécie de "mordida-prova" com a intenção de descobrir se pode ou não alimentar-se desse novo elemento, no futuro. O possível sabor desagradável e complicações digestivas posteriores farão com que o tubarão não volte a caçar humanos, após esta experiência.
Dada a natureza do ataque, a vítima humana morre apenas em raras ocasiões, durante o mesmo. Quando isso acontece, a maioria das vezes é devido à perda massiva de sangue, que deve evitar-se de imediato. A libertação de sangue na água pode atrair também outros tubarões e peixes carnívoros, de diversas espécies, que podem ver-se impulsionados a realizar suas próprias "mordidas de prova", que piorarão o estado da vítima.

Contudo, por mais remoto que seja, o perigo de ataque existe. Uma pesquisa mostra que cerca de 80% das mortes causadas por tubarões brancos ocorreu em águas bastante quentes, quase cálidas, equatoriais, quando a maioria destes animais vive em zonas temperadas. Isto se deve provavelmente ao fato de que a grande maioria dos tubarões brancos são jovens e crias, que necessitam das águas temperadas para o seu desenvolvimento, enquanto que nas zonas mais quentes apenas entram os indivíduos maiores e velhos, que são muito mais violentos e perigosos.

Ensaiaram-se vários métodos para evitar as feridas por mordedura de tubarão-branco em caso de um ataque repentino, incluindo repelentes químicos, cotas de malha metálicas que se sobrepõem aos trajes de mergulho e acessórios que geram um campo eléctrico em torno do tronco do surfista e desorientam qualquer tubarão que se aproxime. No entanto, por muito eficientes que possam ser estes métodos, parece evidente que evitar ataques implica não cometer imprudências, como afastar-se demasiado da costa, nadar sozinho ou nas primeiras e últimas horas do dia, ou, evidentemente, aproximar-se, de forma deliberada, de um exemplar, sobretudo se for de tamanho considerável.

O tubarão-branco na ficção

Na ficção, o tubarão-branco aparece como encarnação do perigo, em várias culturas. No entanto, a atual caracterização popular do tubarão-branco como o assassino do mar, por excelência, não existiria (ou não estaria tão difundida) se não fosse o filme Tubarão, em 1975. O filme é baseado na novela Jaws (romance) (1974) de Peter Benchley, que se inspira vagamente num acontecimento histórico: a morte e mutilação de diversas pessoas por ataques de um tubarão que foi identificado como branco, em Nova Jersey, em 1916. Este filme virou as atenções para o tubarão-branco. Entretanto, outros filmes se fizeram, e o tubarão aparece neles como assassino, repetindo o êxito de seu predecessor. Entre esses está também o filme de animação Procurando Nemo, em 2003, da Pixar, que inclui um personagem cômico representado por este tubarão. Fonte Wikipeidia.

sexta-feira, 23 de abril de 2021

OS SURICATOS (Suricata suricatta)

 
SURICATOS (Suricata suricatta) 

                             Suricata, suricate ou suricato (Suricata suricatta) é uma espécie de mamífero da família Herpestidae. É a única espécie descrita para o gênero Suricata. Pode ser encontrada na África do Sul, Botsuana, Namíbia e Angola. Estes animais têm cerca de meio metro de comprimento (incluindo a cauda), em média 730 gramas de peso, e pelagem acastanhada. Os suricates alimentam-se de pequenos artrópodes, principalmente escaravelhos e aranhas. Têm garras afiadas nas patas, que lhes permitem escavar a superfície do chão e tem dentes afiados para penetrar nas carapaças quitinosas das suas presas. Outra característica distinta é a sua capacidade de se elevarem nas patas traseiras, utilizando a cauda como terceiro apoio.Possuem listras paralelas em suas costas, que se estendem desde a base da cauda até os ombros. Os padrões de listras são únicos para cada suricate.
                           Os suricates são exclusivamente diurnos e vivem em colónias de até 40 indivíduos, que constroem um complicado sistema de túneis no subsolo, onde permanecem durante a noite. Têm uma longevidade entre 5 a 12 anos, atingindo até aos 15 em cativeiro. Dentro do grupo, os animais revezam-se nas tarefas de vigia e proteção das crias da comunidade. O sistema social dos suricates é complexo e inclui uma linguagem própria que parece indicar, por exemplo, o tipo de um predador que se aproxima. Atingem a maturidade sexual com um ano de idade, podendo ter de três a cinco filhotes por ninhada. Podem ter até quatro ninhadas por ano. Se reproduzem em qualquer época do ano, mas a maioria dos nascimentos ocorrem nas estações mais quentes. Estudos mostram que os suricates são capazes de ensinar ativamente suas crias a caçarem, um método semelhante à capacidade humana de ensinar. Suricate significa "gato-das-pedras". As suricatas desenvolveram um modo específico de enfrentar cada predador, no caso de aves de rapina, escondem-se dentro das galerias, no caso de chacal ou hiena, irão tentar afugentá-lo com sombras e barulhos, no caso de cobra irão lutar com ela e até mesmo comê-la.

                                                     Dieta

                            As suricatas são carnívoras e alimentam-se principalmente de pequenos artrópodes como larvas de escaravelho, e borboletas, mas também milípedes, aranhas, anfíbios, e aves pequenas. As crias de suricata com mais de 2 meses são ensinadas a caçar por "professoras" em "escolas", ao fim de algumas semanas de treino, as suricatas já conseguem caçar presas como escorpiões e najas, que são as suas presas preferidas, aos quais estão imunizadas.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Gorilas

 


Gorilas

Os gorilas são mamíferos primatas pertencentes ao gênero Gorilla, endêmicos das florestas tropicais do centro da África. O fato de compartilharem entre 98 a 99% do DNA com os seres humanos faz dos gorilas um dos parentes vivos mais próximos, logo depois dos bonobos e chimpanzés. O gorila é o maior dos primatas atualmente existentes. Os gorilas vivem em florestas tropicais. Apesar da sua área de distribuição abranger apenas uma pequena percentagem da África, os gorilas distribuem-se por numa grande variedade de altitudes. Os gorilas-de-montanha (Gorilla beringei beringei) habitam as florestas montanhosas do Albertine Rift, existindo entre os 2.225 até aos 4.267 m. Os gorilas-do-ocidente moram em florestas densas e pântanos das terras baixas e marisma até ao nível do mar.


Gorila do ocidente

Existe dois Gêneros da tribo Gorillini sendo que uma já se encontra extinta.

Espécies do gênero Gorilla

Gorilla gorilla - (Gorila-do-ocidente)

Gorilla gorilla gorilla (Gorila-do-ocidente-das-terras-baixas)

Gorilla gorilla diehli (Gorila-do-rio-cross)

Gorilla beringei (Gorila-do-oriente)

Gorilla beringei beringei (Gorila-das-montanhas)

Gorilla beringei graueri (Gorila-de-grauer)


Espécie extinta

Género Chororapithecus †

Chororapithecus abyssinicus †


terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Sagui-pigneu ( Cebuella pygmaea)



Sagui-pigmeu 
O Sagui-pigmeu (Cebuella pygmaea), também conhecido como "Sagui-Leãozinho", é a menor espécie de símio conhecida, medindo apenas cerca de 15 centímetros de comprimento (excluindo os outros 15 centímetros de cauda) e pesando 130 gramas, de pelagem acastanhada.
O Sagui-pigmeu (Cebuella pygmaea) pertence à família dos Callitrichidae, três linhagens independentes: saguis da Mata Atlântica (Callithrix), saguis amazônicos (Mico) e o sagui-leãozinho (Cebuella), os primatas dessa família são menores, possuem dentição anterior especializada na extração ativa de vegetais de troncos lenhosos.
Os gêneros Cebuella e Callithrix são um grupo monofilético, tanto em morfologia, comportamento, como em sequências de nucleotídeos. A análise fenética resultou em Cebuella pygmaea mais próximo do Callithrix (Mico amazônico) do que os Callithrix do leste do Brasil. A espécie do gênero Cebuella pygmaea é considerada politípica, grupo taxonômico com mais de um tipo, com duas subespécies C. pygmaea pygmaea (Spix, 1823) e C. p. niveiventris (Lonnberg, 1940).

Aspectos Culturais
Por ser uma espécie de primata de pequeno porte, sua caça na maioria das vezes é destinada ao comércio ilegal e como animal de estimação. Alguns índios domesticam o sagui-leãozinho e os deixam sobre seus cabelos para que este cate piolhos e outros parasitas.

Comportamento
Cebuella pygmaea são animais diurnos e arbóreos que se movem silenciosamente dentro da floresta, geralmente próximos aos rios, cuja inundação não ultrapassa 2 a 3 m durante três meses ao ano, podendo apresentar uma alta densidade nestes habitats, mais de 200 indivíduos/km², principalmente nas bordas de rios.  Muitos trabalhos conduzidos com esta espécie, registraram populações que variavam de 5 a 9 indivíduos habitando copas de árvores . A coloração da pelagem é um misto de castanho e dourado. A alimentação consiste basicamente em frutas, folhas, seiva de árvores e lianas, além de insetos e aracnídeos, porém, estudos relatam que o consumo de frutas, gemas e néctar são raros e ocasionais. Os primatas permanecem no território até o esgotamento do recurso alimentício, após isso, se deslocam para outras áreas, migrando de 0,5 e 1 km por vez, sempre em bandos . A espécie é considerada monogâmica, na qual, as fêmeas adultas e sub-adultas são ligeiramente maiores que os machos. Estudo feito em relação ao comportamento sexual mostra que o ciclo ovariano é de 36 a 37 dias, à pesquisa relata que as fêmeas não alteraram o odor ao longo do ciclo ovariano; no entanto, os machos mostraram significativamente mais respostas aromáticas e aumento das taxas de montagens, piloereção e encarar (comportamento de acasalamento) durante o período peri-ovulatório. Além disso, a agressão feminina em relação ao macho são observada apenas durante períodos não ovulatórios, sugerindo que a ausência de comportamento agressivo pode servir como uma sugestão para a ovulação . Os nascimentos ocorrem duas vezes por ano, eles têm de 1 a 3 filhotes, mas o nascimento de gêmeos é frequente. Os filhotes deixam de ser amamentados quando atingem três meses de idade e com seis meses já são considerados independentes. (Wikipedia)

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Espécies do Gênero Leontopithecus

Espécies do Gênero Callithrix

Sagui-de-tufos-brancos    Callithrix jacchus
Sagui-de-tufos-preto    Callithrix penicillata
Sagui-de-wied   Callithrix kuhlii
Sagui-de-cara-branca   Callithrix geoffroyi
Sagui-da-serra-escuro   Callithrix aurita
Sagui-da-serra   Callithrix flaviceps
Sagui-dos-munduruku   Callithrix munduruku (Recém Descoberta)


Espécies do Gênero Callimico (Unica do Gênero)

Mico-de-goeldi   Callimico goeldii

Mico-de-goeldi (Callimico goeldii)


Mico-de-goeldi (Callimico goeldii)

O mico-de-goeldi  (nome científico: Callimico goeldii), também chamado sagui-de-goeldi, soim-preto, mico-preto e taboqueiro, é o único representante do gênero Callimico conhecido atualmente e é um primata do Novo Mundo que habita a bacia Amazônica no Peru, Bolívia, Brasil, Colômbia e Equador. É totalmente preto ou preto-amarronzado e seu nome foi dado em homenagem ao naturalista suíço Emil August Goeldi.É o único Callitrichinae que possui três molares de cada lado da mandíbula, e também é o único gênero cujas fêmeas rotineiramente dão a luz filhotes únicos, ao invés de gêmeos.
A espécie foi descrita pelo mastozoólogo inglês Oldfield Thomas, em 1904, com base em uma pele enviada do Pará por Emílio Goeldi, então diretor do Museu Paraense que hoje leva seu nome. Na época, Thomas pensou ser um representante dos saguis amazônicos e classificou a espécie nova no gênero Midas (hoje Saguinus). Em 1912, Alípio de Miranda Ribeiro descreve o gênero Callimico e nele inclui uma nova espécie, Callimico snethlageri, em homenagem à Emília Snethlage, na época diretora do Museu Paraense Emílio Goeldi e responsável por comprar o holótipo em um mercado de Belém. O animal foi batizado no gênero Callimico, pois, segundo Miranda Ribeiro, representava uma forma intermediária entre Callicebus e Mico.
Até então, tanto Thomas como Miranda Ribeiro haviam descrito as novas espécies com base somente na pelagem, mas em 1913, Thomas publica uma análise sobre o crânio do animal e descobre que a espécie possui três molares de cada lado da mandíbula, enquanto que todos os outros saguis conhecidos apresentam dois de cada lado. Com o achado, o autor inglês corroborou a existência do gênero Callimico, e considerou C. snethlageri um sinônimo-júnior de C. goedlii. Os saguis-de-goeldi possuem uma distribuição restrita ao oeste amazônico, ocorrendo no sul da Colômbia, a sul do Rio Caquetá/Japurá, leste do Equador, na amazônia oriental Peruana, no extremo oeste da amazônia brasileira (estados do Acre, Amazonas e Rondônia), entre os rios Juruá e Gregório e Purus e Iaco (afluente sul do Rio Purus) e Abunã (afluente norte do Rio Madeira), atingindo seu limite sul no Departamento de Pando, na Bolivia.Possuem uma distribuição naturalmente fragmentada, ocorrendo em baixas densidades e raramente avistados. São mais frequentemente encontrados em florestas com bambuzais.( Wikipedia)

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Espécies do Gênero Callithrix

Sagui-de-tufos-brancos    Callithrix jacchus
Sagui-de-tufos-preto    Callithrix penicillata
Sagui-de-wied   Callithrix kuhlii
Sagui-de-cara-branca   Callithrix geoffroyi
Sagui-da-serra-escuro   Callithrix aurita
Sagui-da-serra   Callithrix flaviceps
Sagui-dos-munduruku   Callithrix munduruku (Recém Descoberta)


Espécies do Gênero Callimico (Unica do Gênero)

Mico-de-goeldi   Callimico goeldii

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Sagui-da-serra (Callithrix flaviceps)

 
Sagui-da-serra (Callithrix flaviceps)

O sagui-da-serra (nome científico: Callithrix flaviceps) é um primata do Novo Mundo da família Cebidae e subfamília Callitrichinae endêmico da Mata Atlântica brasileira. Ocorre em terras altas no sul do Espírito Santo e provavelmente do Rio de Janeiro e Minas Gerais. É simpátrico com Callithrix geoffroyi, embora habite as áreas acima de 400 m e esta última espécie abaixo dessa altitude. Corre risco de extinção devido a grande perda de hábitat e é muito raro nos fragmentos remanescentes, exceto na Reserva Biológica Augusto Ruschi, no Espírito Santo. As estimativas populacionais estão em menos de 2 500 indivíduos e o aquecimento global pode reduzir dessa população.

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Sagui-de-tufos-brancos    Callithrix jacchus
Sagui-de-tufos-preto    Callithrix penicillata
Sagui-de-wied   Callithrix kuhlii
Sagui-de-cara-branca   Callithrix geoffroyi
Sagui-da-serra-escuro   Callithrix aurita
Sagui-da-serra   Callithrix flaviceps
Sagui-dos-munduruku   Callithrix munduruku (Recém Descoberta)






Sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita)


Sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita)

O sagui-da-serra-escuro (nome científico: Callithrix aurita) é um primata do Novo Mundo da família Callitrichidae, subfamília Callitrichinae endêmico da Mata Atlântica brasileira. Habita as florestas de montanha dos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e leste e nordeste de São Paulo. É ameaçado de extinção devido principalmente à grande perda de habitat ao longo de sua distribuição geográfica, mas ocorre em diversas unidades de conservação já consolidadas, como o Parque Nacional da Serra da Bocaina, o Parque Estadual do Rio Doce e o Parque Estadual da Cantareira. Grupos normalmente de 4 a 8 indivíduos, porém pode encontrar grupos de 11 indivíduos, com 1-2 adultos de cada sexo e com somente uma fêmea dominante. Os filhotes, sempre gêmeos, nascem depois de 144 dias de gestação e são carregados pelos pais nas primeiras semanas de vida. Os irmãos mais velhos ajudam no cuidado à prole. Quando atingem a idade adulta migram para outros grupos para formarem novos pares.Tem seu período de atividade reduzido em épocas quente-seca. Época chuvosa - 6:30-19:00/época seca - 7:30-16:30. Seus sítios para descanso estão associados a vegetação densa.

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Sagui-de-wied   Callithrix kuhlii
Sagui-de-cara-branca   Callithrix geoffroyi
Sagui-da-serra-escuro   Callithrix aurita
Sagui-da-serra   Callithrix flaviceps
Sagui-dos-munduruku   Callithrix munduruku (Recém Descoberta)


Sagui-de-cara-branca (Callithrix geoffroyi)

Callithrix geoffroyi

Sagui-de-cara-branca

É a espécie do gênero Callithrix que ocorre no Espírito Santo e em áreas florestadas de Minas Gerais, com sua distribuição limitada ao norte, pelos rios Jequitinhonha e Araçuaí, ocorrendo, em seu limite sul até a divisa com o estado do Rio de Janeiro. Sua área de distribuição se sobrepõe a de Callithrix flaviceps, no sul do Espírito Santo, entretanto, o sagui-de-cara-branca não ocorre em altitudes superiores 700 m.  Apesar disso, existem registros de bandos com ambas espécies a uma altitude de 800 m e híbridos em altitudes intermediárias.É encontrado em áreas de floresta úmida, como florestas de terras baixas e sub-montanas, mas também é encontrado em florestas de galeria na Caatinga, ao norte do rio Jequitinhonha. É tolerante a ambientes perturbados e não está restrito a habitats primários.

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Sagui-de-wied   Callithrix kuhlii
Sagui-de-cara-branca   Callithrix geoffroyi
Sagui-da-serra-escuro   Callithrix aurita
Sagui-da-serra   Callithrix flaviceps
Sagui-dos-munduruku   Callithrix munduruku (Recém Descoberta)


Mico ou Sagui (Callithrix geoffroyi )



Mico ou Sagui (Callithrix geoffroyi ) 

É a espécie do gênero Callithrix que ocorre no Espírito Santo e em áreas florestadas de Minas Gerais, com sua distribuição limitada ao norte, pelos rios Jequitinhonha e Araçuaí, ocorrendo, em seu limite sul até a divisa com o estado do Rio de Janeiro. Sua área de distribuição se sobrepõe a de Callithrix flaviceps, no sul do Espírito Santo, entretanto, o sagui-de-cara-branca não ocorre em altitudes superiores 700 m.  Apesar disso, existem registros de bandos com ambas espécies a uma altitude de 800 m e híbridos em altitudes intermediárias.É encontrado em áreas de floresta úmida, como florestas de terras baixas e sub-montanas, mas também é encontrado em florestas de galeria na Caatinga, ao norte do rio Jequitinhonha. É tolerante a ambientes perturbados e não está restrito a habitats primários.

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Sagui-de-wied   Callithrix kuhlii
Sagui-de-cara-branca   Callithrix geoffroyi
Sagui-da-serra-escuro   Callithrix aurita
Sagui-da-serra   Callithrix flaviceps
Sagui-dos-munduruku   Callithrix munduruku (Recém Descoberta)





Mico ou Sagui-de-Wied (Callithrix kuhlii)


Mico ou  Sagui-de-Wied (Callithrix kuhlii) 

Sagui-de-Wied (Callithrix kuhlii) é uma espécie de macaco do Novo Mundo da família Callitrichidae e gênero Callithrix. É endêmico do Brasil, da região da Mata Atlântica, ocorrendo em florestas tropicais úmidas do nordeste de Minas Gerais e sul da Bahia, principalmente na região de Ilhéus. Sua dieta é baseada em frutas, mel silvestre, flores, sementes, e pequenos invertebrados como aranhas e insetos. Eles são encontrados na parte central e inferior da floresta, o sagui-de-Wied frequentemente viaja e forrageia na companhia do mico-leão-de-cara-dourada, que forrageia no dossel. O sagui-de-Wied é comido pelas aves de rapina (a harpia, o gavião-pedrês, o gavião-carijó e o gavião-de-rabo-branco) e pelos felinos (o jaguar, jaguarundi e jaguatirica) e cobras. O sagui-de-Wied é altamente social, gastando muito do seu tempo "se arrumando". Tem chamadas individualmente distintivas, e ele se comunica através de gestos e de marcação olfactiva também.  A coloração do sagui-de-Wied é principalmente preta, com manchas brancas nas bochechas e na testa. Tem anéis na cauda e tufos de pelo negro que sai de suas orelhas.

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Sagui-de-wied   Callithrix kuhlii
Sagui-de-cara-branca   Callithrix geoffroyi
Sagui-da-serra-escuro   Callithrix aurita
Sagui-da-serra   Callithrix flaviceps
Sagui-dos-munduruku   Callithrix munduruku (Recém Descoberta)


sábado, 16 de janeiro de 2021

Sagui-de-tufos-brancos (Callithrix jacchus)


Mico ou Sagui (Callithrix jacchus)

O sagui-de-tufos-brancos (Callithrix jacchus), também conhecido como sonhim, soim , sauim ou ainda saguim, é uma espécie de macaco de pequeno porte do Novo Mundo. Originário do Nordeste do Brasil, atualmente é encontrado também em partes das regiões Sudeste e Norte, além de criado em cativeiro em diversos países.Os saguis que ocorrem na mata atlântica já foram considerados todos como subespécies de Callithrix jacchus. Contudo, atualmente, todos os taxónimos derivados são considerados como espécies separadas, e o Callithrix jacchus refere-se apenas às populações que ocorrem no Nordeste brasileiro e na caatinga. Estudos realizados com morfometria de crânios colocaram o Callithrix jacchus como membro do grupo-irmão de uma classificação monofilética formada pelas espécies Callithrix kuhlii, Callithrix penicillata e Callithrix geoffroyi. Entretanto, dados moleculares sugerem outro clado, em que o Callithrix geoffroyi faria parte do grupo-irmão de um clado com uma politomia não definida entre as espécies Callithrix kuhlii, Callithrix penicillata e Callithrix jacchus.É um primata de pequeno porte com peso entre 350 e 450 gramas, pelagem estriada na orelhas e mancha branca na testa. A coloração geral do corpo é acinzentada-clara com reflexos castanhos e pretos. A cauda é maior do que o corpo e tem a função de garantir o equilíbrio do animal. Quando é ameaçado, emite guinchos muito agudos, alertando o grupo. Protegem o território de outros grupos com sons estridentes.

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Sagui-de-tufos-brancos    Callithrix jacchus
Sagui-de-tufos-preto    Callithrix penicillata
Sagui-de-wied   Callithrix kuhlii
Sagui-de-cara-branca   Callithrix geoffroyi
Sagui-da-serra-escuro   Callithrix aurita
Sagui-da-serra   Callithrix flaviceps
Sagui-dos-munduruku   Callithrix munduruku (Recém Descoberta)


quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Mico-leão-de-cara-dourada (Leontopithecus chrysomelas)


Mico-leão-de-cara-dourada (Leontopithecus chrysomelas) 

O mico-leão-de-cara-dourada é um primata endêmico do Brasil pertencente à família Cebidae e à subfamília Callitrichinae. Ocorre no sul da Bahia e extremo nordeste de Minas Gerais, ocupando uma área de aproximadamente 20 000 km². Entretanto, a única unidade de conservação nessa região é a Reserva Biológica de Una. Foi a primeira espécie de mico-leão a se diversificar, e portanto, é o táxon basal do gênero Leontopithecus. Assim como as outras espécies de micos-leões, já foi considerado uma subespécie, sendo atualmente uma espécie distinta. Possui um padrão de coloração da pelagem bem característica. O corpo é todo negro, com as mãos, pelos da face e ponta da cauda de cor dourada, o que lhe conferiu seu nome popular. São animais insetívoros e frugívoros e às vezes se associam ao sagui-de-wied quando buscam alimento. É uma espécie que corre considerável risco de extinção por causa de sua distribuição geográfica restrita. Entretanto, das quatro espécies de mico-leões, é a que corre menor risco de extinção e que possui a maior população em liberdade. Os micos-leões são animais frugívoros e insetívoros que apesar de seu pequeno tamanho ocupam áreas de vida relativamente grandes. Micos-leões-de-cara-dourada estudados em Una ocuparam uma área de vida média de 123 ha. Esta área é muito maior do que a ocupada por grupos de micos-leões-dourados. Entretanto, a maior parte do tempo os animais ocupam 11% de todo esse território. Sua área de distribuição é simpátrica com a de Callithrix kuhlii, do qual se diferencia ecologicamente. O mico-leão-de-cara-dourada possui maior território, forrageia nos níveis mais altos da floresta e usa buracos em troncos de árvore como dormitórios. Foram reportadas associações mistas entre essas espécie, embora elas não sejam muito frequentes. Sua dieta constitui-se predominantemente de frutos maduros, néctar, insetos e pequenos vertebrados. O néctar teO mico-leão-de-cara-dourada encontra-se em em perigo de extinção segundo a IUCN e o ICMBio. A Reserva Biológica de Una é a principal unidade de conservação em que a espécie ocorre. Entretanto a população é tamanho reduzido para se manter viável a longo prazo. Além disso, houve uma extrema redução da cobertura vegetal e fragmentação de habitats ao longo de toda sua distribuição geográfica. Ainda assim, é a espécie do gênero Leontopithecus que possui a maior população na natureza, com estimativas variando entre 6.000 e 15.000 indivíduos.[m menor importância na sua dieta, em relação às outras espécies de micos-leões. Fonte:Wikipédia

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Mico-leão-da-cara-preta ou Mico-caiçara (Leontopithecus caissara)


Mico-leão-da-cara-preta ou Mico-caiçara (Leontopithecus caissara)

Mico-leão-de-cara-preta (nome científico: Leontopithecus caissara) é um primata brasileiro da família Cebidae e subfamília Callitrichinae e é endêmico da Mata Atlântica brasileira. Foi descoberto em 1990 na ilha de Superagüi no estado do Paraná, mas também ocorre no litoral sul de São Paulo. Acredita-se que hoje existam apenas 300 exemplares. Há a discussão se é uma espécie propriamente dita ou se é subespécie do mico-leão-preto, mas as evidências apontam para ser uma espécie separada desta última. Habita a floresta ombrófila densa de terras baixas e é um animal insetívoro e frugívoro. A biologia da espécie não é muito conhecida ainda e corre grave risco de extinção, devido à distribuição geográfica restrita e ao baixo número de indivíduos existentes. Não existe população do mico-leão-de-cara-preta em cativeiro. O mico-leão-de-cara-preta pertence ao gênero Leontopithecus, grupo monofilético da família Cebidae e subfamília Callitrichinae. Foi descrito em 1990 por Lorini & Persson, a partir da pele de uma fêmea coletada no município de Guaraqueçaba, no Paraná, sendo a última espécie de mico-leão a ser descoberta.Existe a discussão de que o mico-leão-de-cara-preta é uma espécie válida, ou uma subespécie do mico-leão-preto: entretanto, estudos moleculares e morfológicos corroboram com a hipótese de que é uma espécie válida, sendo grupo-irmão de um clado contendo o mico-leão-dourado e o mico-leão-preto. Por não serem conhecidos fósseis de mico-leões, o mico-leão-de-cara-preta não tem uma história evolutiva bem documentada por evidências palentológicas.(Fonte Wikipedia)

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