terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Sagui-pigneu ( Cebuella pygmaea)



Sagui-pigmeu 
O Sagui-pigmeu (Cebuella pygmaea), também conhecido como "Sagui-Leãozinho", é a menor espécie de símio conhecida, medindo apenas cerca de 15 centímetros de comprimento (excluindo os outros 15 centímetros de cauda) e pesando 130 gramas, de pelagem acastanhada.
O Sagui-pigmeu (Cebuella pygmaea) pertence à família dos Callitrichidae, três linhagens independentes: saguis da Mata Atlântica (Callithrix), saguis amazônicos (Mico) e o sagui-leãozinho (Cebuella), os primatas dessa família são menores, possuem dentição anterior especializada na extração ativa de vegetais de troncos lenhosos.
Os gêneros Cebuella e Callithrix são um grupo monofilético, tanto em morfologia, comportamento, como em sequências de nucleotídeos. A análise fenética resultou em Cebuella pygmaea mais próximo do Callithrix (Mico amazônico) do que os Callithrix do leste do Brasil. A espécie do gênero Cebuella pygmaea é considerada politípica, grupo taxonômico com mais de um tipo, com duas subespécies C. pygmaea pygmaea (Spix, 1823) e C. p. niveiventris (Lonnberg, 1940).

Aspectos Culturais
Por ser uma espécie de primata de pequeno porte, sua caça na maioria das vezes é destinada ao comércio ilegal e como animal de estimação. Alguns índios domesticam o sagui-leãozinho e os deixam sobre seus cabelos para que este cate piolhos e outros parasitas.

Comportamento
Cebuella pygmaea são animais diurnos e arbóreos que se movem silenciosamente dentro da floresta, geralmente próximos aos rios, cuja inundação não ultrapassa 2 a 3 m durante três meses ao ano, podendo apresentar uma alta densidade nestes habitats, mais de 200 indivíduos/km², principalmente nas bordas de rios.  Muitos trabalhos conduzidos com esta espécie, registraram populações que variavam de 5 a 9 indivíduos habitando copas de árvores . A coloração da pelagem é um misto de castanho e dourado. A alimentação consiste basicamente em frutas, folhas, seiva de árvores e lianas, além de insetos e aracnídeos, porém, estudos relatam que o consumo de frutas, gemas e néctar são raros e ocasionais. Os primatas permanecem no território até o esgotamento do recurso alimentício, após isso, se deslocam para outras áreas, migrando de 0,5 e 1 km por vez, sempre em bandos . A espécie é considerada monogâmica, na qual, as fêmeas adultas e sub-adultas são ligeiramente maiores que os machos. Estudo feito em relação ao comportamento sexual mostra que o ciclo ovariano é de 36 a 37 dias, à pesquisa relata que as fêmeas não alteraram o odor ao longo do ciclo ovariano; no entanto, os machos mostraram significativamente mais respostas aromáticas e aumento das taxas de montagens, piloereção e encarar (comportamento de acasalamento) durante o período peri-ovulatório. Além disso, a agressão feminina em relação ao macho são observada apenas durante períodos não ovulatórios, sugerindo que a ausência de comportamento agressivo pode servir como uma sugestão para a ovulação . Os nascimentos ocorrem duas vezes por ano, eles têm de 1 a 3 filhotes, mas o nascimento de gêmeos é frequente. Os filhotes deixam de ser amamentados quando atingem três meses de idade e com seis meses já são considerados independentes. (Wikipedia)

Veja Também

Espécies do Gênero Leontopithecus

Espécies do Gênero Callithrix

Sagui-de-tufos-brancos    Callithrix jacchus
Sagui-de-tufos-preto    Callithrix penicillata
Sagui-de-wied   Callithrix kuhlii
Sagui-de-cara-branca   Callithrix geoffroyi
Sagui-da-serra-escuro   Callithrix aurita
Sagui-da-serra   Callithrix flaviceps
Sagui-dos-munduruku   Callithrix munduruku (Recém Descoberta)


Espécies do Gênero Callimico (Unica do Gênero)

Mico-de-goeldi   Callimico goeldii

Mico-de-goeldi (Callimico goeldii)


Mico-de-goeldi (Callimico goeldii)

O mico-de-goeldi  (nome científico: Callimico goeldii), também chamado sagui-de-goeldi, soim-preto, mico-preto e taboqueiro, é o único representante do gênero Callimico conhecido atualmente e é um primata do Novo Mundo que habita a bacia Amazônica no Peru, Bolívia, Brasil, Colômbia e Equador. É totalmente preto ou preto-amarronzado e seu nome foi dado em homenagem ao naturalista suíço Emil August Goeldi.É o único Callitrichinae que possui três molares de cada lado da mandíbula, e também é o único gênero cujas fêmeas rotineiramente dão a luz filhotes únicos, ao invés de gêmeos.
A espécie foi descrita pelo mastozoólogo inglês Oldfield Thomas, em 1904, com base em uma pele enviada do Pará por Emílio Goeldi, então diretor do Museu Paraense que hoje leva seu nome. Na época, Thomas pensou ser um representante dos saguis amazônicos e classificou a espécie nova no gênero Midas (hoje Saguinus). Em 1912, Alípio de Miranda Ribeiro descreve o gênero Callimico e nele inclui uma nova espécie, Callimico snethlageri, em homenagem à Emília Snethlage, na época diretora do Museu Paraense Emílio Goeldi e responsável por comprar o holótipo em um mercado de Belém. O animal foi batizado no gênero Callimico, pois, segundo Miranda Ribeiro, representava uma forma intermediária entre Callicebus e Mico.
Até então, tanto Thomas como Miranda Ribeiro haviam descrito as novas espécies com base somente na pelagem, mas em 1913, Thomas publica uma análise sobre o crânio do animal e descobre que a espécie possui três molares de cada lado da mandíbula, enquanto que todos os outros saguis conhecidos apresentam dois de cada lado. Com o achado, o autor inglês corroborou a existência do gênero Callimico, e considerou C. snethlageri um sinônimo-júnior de C. goedlii. Os saguis-de-goeldi possuem uma distribuição restrita ao oeste amazônico, ocorrendo no sul da Colômbia, a sul do Rio Caquetá/Japurá, leste do Equador, na amazônia oriental Peruana, no extremo oeste da amazônia brasileira (estados do Acre, Amazonas e Rondônia), entre os rios Juruá e Gregório e Purus e Iaco (afluente sul do Rio Purus) e Abunã (afluente norte do Rio Madeira), atingindo seu limite sul no Departamento de Pando, na Bolivia.Possuem uma distribuição naturalmente fragmentada, ocorrendo em baixas densidades e raramente avistados. São mais frequentemente encontrados em florestas com bambuzais.( Wikipedia)

Veja Também

Espécies do Gênero Leontopithecus

Espécies do Gênero Callithrix

Sagui-de-tufos-brancos    Callithrix jacchus
Sagui-de-tufos-preto    Callithrix penicillata
Sagui-de-wied   Callithrix kuhlii
Sagui-de-cara-branca   Callithrix geoffroyi
Sagui-da-serra-escuro   Callithrix aurita
Sagui-da-serra   Callithrix flaviceps
Sagui-dos-munduruku   Callithrix munduruku (Recém Descoberta)


Espécies do Gênero Callimico (Unica do Gênero)

Mico-de-goeldi   Callimico goeldii

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Sagui-da-serra (Callithrix flaviceps)

 
Sagui-da-serra (Callithrix flaviceps)

O sagui-da-serra (nome científico: Callithrix flaviceps) é um primata do Novo Mundo da família Cebidae e subfamília Callitrichinae endêmico da Mata Atlântica brasileira. Ocorre em terras altas no sul do Espírito Santo e provavelmente do Rio de Janeiro e Minas Gerais. É simpátrico com Callithrix geoffroyi, embora habite as áreas acima de 400 m e esta última espécie abaixo dessa altitude. Corre risco de extinção devido a grande perda de hábitat e é muito raro nos fragmentos remanescentes, exceto na Reserva Biológica Augusto Ruschi, no Espírito Santo. As estimativas populacionais estão em menos de 2 500 indivíduos e o aquecimento global pode reduzir dessa população.

Veja Também

Espécies do Gênero Leontopithecus

Espécies do Gênero Callithrix

Sagui-de-tufos-brancos    Callithrix jacchus
Sagui-de-tufos-preto    Callithrix penicillata
Sagui-de-wied   Callithrix kuhlii
Sagui-de-cara-branca   Callithrix geoffroyi
Sagui-da-serra-escuro   Callithrix aurita
Sagui-da-serra   Callithrix flaviceps
Sagui-dos-munduruku   Callithrix munduruku (Recém Descoberta)






Sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita)


Sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita)

O sagui-da-serra-escuro (nome científico: Callithrix aurita) é um primata do Novo Mundo da família Callitrichidae, subfamília Callitrichinae endêmico da Mata Atlântica brasileira. Habita as florestas de montanha dos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e leste e nordeste de São Paulo. É ameaçado de extinção devido principalmente à grande perda de habitat ao longo de sua distribuição geográfica, mas ocorre em diversas unidades de conservação já consolidadas, como o Parque Nacional da Serra da Bocaina, o Parque Estadual do Rio Doce e o Parque Estadual da Cantareira. Grupos normalmente de 4 a 8 indivíduos, porém pode encontrar grupos de 11 indivíduos, com 1-2 adultos de cada sexo e com somente uma fêmea dominante. Os filhotes, sempre gêmeos, nascem depois de 144 dias de gestação e são carregados pelos pais nas primeiras semanas de vida. Os irmãos mais velhos ajudam no cuidado à prole. Quando atingem a idade adulta migram para outros grupos para formarem novos pares.Tem seu período de atividade reduzido em épocas quente-seca. Época chuvosa - 6:30-19:00/época seca - 7:30-16:30. Seus sítios para descanso estão associados a vegetação densa.

Veja Também

Espécies do Gênero Leontopithecus

Espécies do Gênero Callithrix

Sagui-de-tufos-brancos    Callithrix jacchus
Sagui-de-tufos-preto    Callithrix penicillata
Sagui-de-wied   Callithrix kuhlii
Sagui-de-cara-branca   Callithrix geoffroyi
Sagui-da-serra-escuro   Callithrix aurita
Sagui-da-serra   Callithrix flaviceps
Sagui-dos-munduruku   Callithrix munduruku (Recém Descoberta)


Sagui-de-cara-branca (Callithrix geoffroyi)

Callithrix geoffroyi

Sagui-de-cara-branca

É a espécie do gênero Callithrix que ocorre no Espírito Santo e em áreas florestadas de Minas Gerais, com sua distribuição limitada ao norte, pelos rios Jequitinhonha e Araçuaí, ocorrendo, em seu limite sul até a divisa com o estado do Rio de Janeiro. Sua área de distribuição se sobrepõe a de Callithrix flaviceps, no sul do Espírito Santo, entretanto, o sagui-de-cara-branca não ocorre em altitudes superiores 700 m.  Apesar disso, existem registros de bandos com ambas espécies a uma altitude de 800 m e híbridos em altitudes intermediárias.É encontrado em áreas de floresta úmida, como florestas de terras baixas e sub-montanas, mas também é encontrado em florestas de galeria na Caatinga, ao norte do rio Jequitinhonha. É tolerante a ambientes perturbados e não está restrito a habitats primários.

Veja Também

Espécies do Gênero Leontopithecus

Espécies do Gênero Callithrix

Sagui-de-tufos-brancos    Callithrix jacchus
Sagui-de-tufos-preto    Callithrix penicillata
Sagui-de-wied   Callithrix kuhlii
Sagui-de-cara-branca   Callithrix geoffroyi
Sagui-da-serra-escuro   Callithrix aurita
Sagui-da-serra   Callithrix flaviceps
Sagui-dos-munduruku   Callithrix munduruku (Recém Descoberta)


Mico ou Sagui (Callithrix geoffroyi )



Mico ou Sagui (Callithrix geoffroyi ) 

É a espécie do gênero Callithrix que ocorre no Espírito Santo e em áreas florestadas de Minas Gerais, com sua distribuição limitada ao norte, pelos rios Jequitinhonha e Araçuaí, ocorrendo, em seu limite sul até a divisa com o estado do Rio de Janeiro. Sua área de distribuição se sobrepõe a de Callithrix flaviceps, no sul do Espírito Santo, entretanto, o sagui-de-cara-branca não ocorre em altitudes superiores 700 m.  Apesar disso, existem registros de bandos com ambas espécies a uma altitude de 800 m e híbridos em altitudes intermediárias.É encontrado em áreas de floresta úmida, como florestas de terras baixas e sub-montanas, mas também é encontrado em florestas de galeria na Caatinga, ao norte do rio Jequitinhonha. É tolerante a ambientes perturbados e não está restrito a habitats primários.

Veja Também

Espécies do Gênero Leontopithecus

Espécies do Gênero Callithrix

Sagui-de-tufos-brancos    Callithrix jacchus
Sagui-de-tufos-preto    Callithrix penicillata
Sagui-de-wied   Callithrix kuhlii
Sagui-de-cara-branca   Callithrix geoffroyi
Sagui-da-serra-escuro   Callithrix aurita
Sagui-da-serra   Callithrix flaviceps
Sagui-dos-munduruku   Callithrix munduruku (Recém Descoberta)





Mico ou Sagui-de-Wied (Callithrix kuhlii)


Mico ou  Sagui-de-Wied (Callithrix kuhlii) 

Sagui-de-Wied (Callithrix kuhlii) é uma espécie de macaco do Novo Mundo da família Callitrichidae e gênero Callithrix. É endêmico do Brasil, da região da Mata Atlântica, ocorrendo em florestas tropicais úmidas do nordeste de Minas Gerais e sul da Bahia, principalmente na região de Ilhéus. Sua dieta é baseada em frutas, mel silvestre, flores, sementes, e pequenos invertebrados como aranhas e insetos. Eles são encontrados na parte central e inferior da floresta, o sagui-de-Wied frequentemente viaja e forrageia na companhia do mico-leão-de-cara-dourada, que forrageia no dossel. O sagui-de-Wied é comido pelas aves de rapina (a harpia, o gavião-pedrês, o gavião-carijó e o gavião-de-rabo-branco) e pelos felinos (o jaguar, jaguarundi e jaguatirica) e cobras. O sagui-de-Wied é altamente social, gastando muito do seu tempo "se arrumando". Tem chamadas individualmente distintivas, e ele se comunica através de gestos e de marcação olfactiva também.  A coloração do sagui-de-Wied é principalmente preta, com manchas brancas nas bochechas e na testa. Tem anéis na cauda e tufos de pelo negro que sai de suas orelhas.

Veja Também

Espécies do Gênero Leontopithecus

Espécies do Gênero Callithrix

Sagui-de-tufos-brancos    Callithrix jacchus
Sagui-de-tufos-preto    Callithrix penicillata
Sagui-de-wied   Callithrix kuhlii
Sagui-de-cara-branca   Callithrix geoffroyi
Sagui-da-serra-escuro   Callithrix aurita
Sagui-da-serra   Callithrix flaviceps
Sagui-dos-munduruku   Callithrix munduruku (Recém Descoberta)


sábado, 16 de janeiro de 2021

Sagui-de-tufos-brancos (Callithrix jacchus)


Mico ou Sagui (Callithrix jacchus)

O sagui-de-tufos-brancos (Callithrix jacchus), também conhecido como sonhim, soim , sauim ou ainda saguim, é uma espécie de macaco de pequeno porte do Novo Mundo. Originário do Nordeste do Brasil, atualmente é encontrado também em partes das regiões Sudeste e Norte, além de criado em cativeiro em diversos países.Os saguis que ocorrem na mata atlântica já foram considerados todos como subespécies de Callithrix jacchus. Contudo, atualmente, todos os taxónimos derivados são considerados como espécies separadas, e o Callithrix jacchus refere-se apenas às populações que ocorrem no Nordeste brasileiro e na caatinga. Estudos realizados com morfometria de crânios colocaram o Callithrix jacchus como membro do grupo-irmão de uma classificação monofilética formada pelas espécies Callithrix kuhlii, Callithrix penicillata e Callithrix geoffroyi. Entretanto, dados moleculares sugerem outro clado, em que o Callithrix geoffroyi faria parte do grupo-irmão de um clado com uma politomia não definida entre as espécies Callithrix kuhlii, Callithrix penicillata e Callithrix jacchus.É um primata de pequeno porte com peso entre 350 e 450 gramas, pelagem estriada na orelhas e mancha branca na testa. A coloração geral do corpo é acinzentada-clara com reflexos castanhos e pretos. A cauda é maior do que o corpo e tem a função de garantir o equilíbrio do animal. Quando é ameaçado, emite guinchos muito agudos, alertando o grupo. Protegem o território de outros grupos com sons estridentes.

Veja Também

Espécies do Gênero Leontopithecus

Espécies do Gênero Callithrix

Sagui-de-tufos-brancos    Callithrix jacchus
Sagui-de-tufos-preto    Callithrix penicillata
Sagui-de-wied   Callithrix kuhlii
Sagui-de-cara-branca   Callithrix geoffroyi
Sagui-da-serra-escuro   Callithrix aurita
Sagui-da-serra   Callithrix flaviceps
Sagui-dos-munduruku   Callithrix munduruku (Recém Descoberta)


quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Mico-leão-de-cara-dourada (Leontopithecus chrysomelas)


Mico-leão-de-cara-dourada (Leontopithecus chrysomelas) 

O mico-leão-de-cara-dourada é um primata endêmico do Brasil pertencente à família Cebidae e à subfamília Callitrichinae. Ocorre no sul da Bahia e extremo nordeste de Minas Gerais, ocupando uma área de aproximadamente 20 000 km². Entretanto, a única unidade de conservação nessa região é a Reserva Biológica de Una. Foi a primeira espécie de mico-leão a se diversificar, e portanto, é o táxon basal do gênero Leontopithecus. Assim como as outras espécies de micos-leões, já foi considerado uma subespécie, sendo atualmente uma espécie distinta. Possui um padrão de coloração da pelagem bem característica. O corpo é todo negro, com as mãos, pelos da face e ponta da cauda de cor dourada, o que lhe conferiu seu nome popular. São animais insetívoros e frugívoros e às vezes se associam ao sagui-de-wied quando buscam alimento. É uma espécie que corre considerável risco de extinção por causa de sua distribuição geográfica restrita. Entretanto, das quatro espécies de mico-leões, é a que corre menor risco de extinção e que possui a maior população em liberdade. Os micos-leões são animais frugívoros e insetívoros que apesar de seu pequeno tamanho ocupam áreas de vida relativamente grandes. Micos-leões-de-cara-dourada estudados em Una ocuparam uma área de vida média de 123 ha. Esta área é muito maior do que a ocupada por grupos de micos-leões-dourados. Entretanto, a maior parte do tempo os animais ocupam 11% de todo esse território. Sua área de distribuição é simpátrica com a de Callithrix kuhlii, do qual se diferencia ecologicamente. O mico-leão-de-cara-dourada possui maior território, forrageia nos níveis mais altos da floresta e usa buracos em troncos de árvore como dormitórios. Foram reportadas associações mistas entre essas espécie, embora elas não sejam muito frequentes. Sua dieta constitui-se predominantemente de frutos maduros, néctar, insetos e pequenos vertebrados. O néctar teO mico-leão-de-cara-dourada encontra-se em em perigo de extinção segundo a IUCN e o ICMBio. A Reserva Biológica de Una é a principal unidade de conservação em que a espécie ocorre. Entretanto a população é tamanho reduzido para se manter viável a longo prazo. Além disso, houve uma extrema redução da cobertura vegetal e fragmentação de habitats ao longo de toda sua distribuição geográfica. Ainda assim, é a espécie do gênero Leontopithecus que possui a maior população na natureza, com estimativas variando entre 6.000 e 15.000 indivíduos.[m menor importância na sua dieta, em relação às outras espécies de micos-leões. Fonte:Wikipédia

Veja Também

Espécies do Gênero Leontopithecus

Espécies do Gênero Callithrix

Sagui-de-tufos-brancos    Callithrix jacchus
Sagui-de-tufos-preto    Callithrix penicillata
Sagui-de-wied   Callithrix kuhlii
Sagui-de-cara-branca   Callithrix geoffroyi
Sagui-da-serra-escuro   Callithrix aurita
Sagui-da-serra   Callithrix flaviceps
Sagui-dos-munduruku   Callithrix munduruku (Recém Descoberta)


Mico-leão-da-cara-preta ou Mico-caiçara (Leontopithecus caissara)


Mico-leão-da-cara-preta ou Mico-caiçara (Leontopithecus caissara)

Mico-leão-de-cara-preta (nome científico: Leontopithecus caissara) é um primata brasileiro da família Cebidae e subfamília Callitrichinae e é endêmico da Mata Atlântica brasileira. Foi descoberto em 1990 na ilha de Superagüi no estado do Paraná, mas também ocorre no litoral sul de São Paulo. Acredita-se que hoje existam apenas 300 exemplares. Há a discussão se é uma espécie propriamente dita ou se é subespécie do mico-leão-preto, mas as evidências apontam para ser uma espécie separada desta última. Habita a floresta ombrófila densa de terras baixas e é um animal insetívoro e frugívoro. A biologia da espécie não é muito conhecida ainda e corre grave risco de extinção, devido à distribuição geográfica restrita e ao baixo número de indivíduos existentes. Não existe população do mico-leão-de-cara-preta em cativeiro. O mico-leão-de-cara-preta pertence ao gênero Leontopithecus, grupo monofilético da família Cebidae e subfamília Callitrichinae. Foi descrito em 1990 por Lorini & Persson, a partir da pele de uma fêmea coletada no município de Guaraqueçaba, no Paraná, sendo a última espécie de mico-leão a ser descoberta.Existe a discussão de que o mico-leão-de-cara-preta é uma espécie válida, ou uma subespécie do mico-leão-preto: entretanto, estudos moleculares e morfológicos corroboram com a hipótese de que é uma espécie válida, sendo grupo-irmão de um clado contendo o mico-leão-dourado e o mico-leão-preto. Por não serem conhecidos fósseis de mico-leões, o mico-leão-de-cara-preta não tem uma história evolutiva bem documentada por evidências palentológicas.(Fonte Wikipedia)

Veja Também

Espécies do Gênero Leontopithecus

Espécies do Gênero Callithrix

Sagui-de-tufos-brancos    Callithrix jacchus
Sagui-de-tufos-preto    Callithrix penicillata
Sagui-de-wied   Callithrix kuhlii
Sagui-de-cara-branca   Callithrix geoffroyi
Sagui-da-serra-escuro   Callithrix aurita
Sagui-da-serra   Callithrix flaviceps
Sagui-dos-munduruku   Callithrix munduruku (Recém Descoberta)


Mico-leão-preto (Leontopithecus chrysopygus)


Mico-leão-preto (Leontopithecus chrysopygus)

O mico-leão-preto (nome científico: Leontopithecus chrysopygus) é um Macaco do Novo Mundo, da família Cebidae e subfamília Callitrichinae. É uma das duas espécies de mico-leão que ocorre no estado de São Paulo, e historicamente ocorreu em quase toda a extensão entre o rio Paranapanema e o rio Tietê, em áreas de floresta estacional semidecidual. Atualmente, encontra-se apenas em nove localidades do estado de São Paulo, sendo o Parque Estadual Morro do Diabo a única em que é possível ter uma população viável a longo prazo. Já foi considerado uma subespécie do mico-leão-dourado, mas hoje é considerado espécie plena.São animais muito sociáveis e diurnos. Convivem a maior parte do tempo com seu grupo familiar. Esses grupos familiares consistem no casal reprodutor e suas últimas duas ou três ninhadas. Depois que seus filhotes machos atingem a maturidade sexual, eles geralmente abandonam o grupo em busca de uma parceira. Frequentemente, vários grupos familiares se reúnem e formam um grande grupo de micos leões pretos, permitindo que os jovens machos e as jovens fêmeas achem um parceiro sexual para formar seu próprio grupo. Dentro de cada grupo familiar, a liderança é compartilhada entre o casal principal. O casal primário é altamente territorial e lutam contra qualquer invasor. Cada território possui uma área média de 75 a 125 acres, mas com destruição de grande parte do seu habitat, hoje ocorre a interposição de territórios de grupos diferentes.

Veja Também

Espécies do Gênero Leontopithecus

Espécies do Gênero Callithrix

Sagui-de-tufos-brancos    Callithrix jacchus
Sagui-de-tufos-preto    Callithrix penicillata
Sagui-de-wied   Callithrix kuhlii
Sagui-de-cara-branca   Callithrix geoffroyi
Sagui-da-serra-escuro   Callithrix aurita
Sagui-da-serra   Callithrix flaviceps
Sagui-dos-munduruku   Callithrix munduruku (Recém Descoberta)


sábado, 12 de dezembro de 2020

Panda Gigante (Ailuropoda melanoleuca)

Ailuropoda melanoleuca

Panda Gigante 

O panda-gigante (nome científico: Ailuropoda melanoleuca, do grego: ailuros, gato + poda, pés; e melano, preto + leukos, branco) é um mamífero omnívoro da família Ursidae endêmico da República Popular da China. O panda-gigante é um mamífero de cor preto e branco que come bambu (folhas). A pelagem é grossa e lanosa para suportar as baixas temperaturas no ambiente subalpino em que vive. As manchas oculares, membros, orelhas e uma faixa que atravessa os ombros são negras; alguma vezes com um tom acastanhado. As restantes partes do corpo são brancas, mas podem-se tornar "encardido" com a idade. A população da região de Qingling apresenta a pelagem em dois tons contrastantes de castanho. O crânio e a mandíbula são robustos, a crista sagital é bem desenvolvida, e os arcos zigomáticos são expandidos lateralmente e dorsoventralmente, assim como nos demais carnívoros arctóideos. Difere dos outros ursídeos, por apresentar a fissura orbitária confluente com o forame redondo, os processos pós-orbitais são reduzidos, e o canal alisfenóide é ausente. Apresenta o forame intepicondilar, uma características primitiva, somente compartilhada com o Tremarctos ornatus.

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Mico Leão Dourado (Leontopithecus rosalia)

 Leontopithecus rosalia

Mico-leão-dourado
O mico-leão-dourado (nome científico: Leontopithecus rosalia) é um primata do Brasil, da família Callitrichidae e gênero Leontopithecus. Ocorre exclusivamente na Mata Atlântica brasileira, no estado do Rio de Janeiro, mas alguns autores já consideraram sua ocorrência no sul do Espírito Santo. Atualmente, são encontrados principalmente na Reserva Biológica Poço das Antas e na Reserva Biológica União, e vivem nos estratos mais altos da floresta. Podem ser encontrados em trechos de floresta secundária. Já foi considerado como uma subespécie, hoje é uma espécie propriamente dita, como as outras espécies de micos-leões. Evidências de estudos filogenéticos mostram que o mico-leão-preto é a espécie mais próxima do mico-leão-dourado. Não existem fósseis conhecidos da espécie. Junto com outros micos-leões é o maior membro da subfamília Callitrichinae, podendo pesar até 800g. A pelagem varia do dourado ao alaranjado com uma juba muito característica, que lhe conferiu o nome popular. Apresenta garras em vez de unhas e o terceiro dedo da mão é muito longo e usado para procurar presas. O dimorfismo sexual não é acentuado. O crânio é pequeno e menos robusto, se comparado com outros micos-leões. Possui 30 dentes, sendo os incisivos muito semelhante a caninos. São animais diurnos e muito ativos durante as primeiras horas da manhã. Os comportamentos sociais são muito semelhantes a de outros primatas. Vivem em grupos de até 9 indivíduos, organizados em grupos familiares, sendo comum a poliandria. A poliginia pode ocorrer em menor proporção. Os territórios variam em tamanho, podendo ter até 217 hectares de área. A fragmentação do habitat fez com que muitos territórios se sobreponham sobre de outros. São animais onívoros, se alimentando de frutos, invertebrados e pequenos vertebrados na estação chuvosa e de néctar na estação seca. Tem um repertório variado de vocalizações, que são emitidas em contextos específicos. Dão à luz a gêmeos, depois de uma gestação de 130 dias. Os machos ajudam com o cuidado na prole, assim como crias de anos anteriores.

Veja Também

Espécies do Gênero Leontopithecus

Espécies do Gênero Callithrix

Sagui-de-tufos-brancos    Callithrix jacchus
Sagui-de-tufos-preto    Callithrix penicillata
Sagui-de-wied   Callithrix kuhlii
Sagui-de-cara-branca   Callithrix geoffroyi
Sagui-da-serra-escuro   Callithrix aurita
Sagui-da-serra   Callithrix flaviceps
Sagui-dos-munduruku   Callithrix munduruku (Recém Descoberta)



Besouro Serrador, Sawyer beetle (Psapharochrus jaspideus)

Psapharochrus jaspideus

BESOURO SERRADOR

 Psapharochrus jaspideus é uma espécie de besouro de chifre longo pertencente à família Cerambycidae . Esta espécie também faz parte do gênero Psapharochrus , ordem Coleoptera , classe Insecta , filo Arthropoda e reino Animalia . Essas larvas de besouro geralmente perfuram a madeira e podem causar danos a toras vivas ou que foram derrubadas.

Hienas: Uma das grandes devoradoras do mundo animal


Hienas Hyaenidae é a família da ordem Carnivora que inclui os vários tipos de hienas e o protelo. O grupo habita as planícies e savanas da África e oeste da Ásia e nenhum dos seus membros corre actualmente perigo de extinção.A hiena-castanha possuir uma distribuição geográfica restrita ao sul da África. Apesar de se parecerem exteriormente com os canídeos, as hienas têm maior afinidade com a família Viverridae e, juntamente com os membros dessa última e com os membros da família Felidae, têm origem na extinta família Viverravidae.Uma das características das hienas, é que são extremamente fiéis e amigas, podendo se considerar assim um animal muito leal.

Características As hienas são animais carnívoros de médio a grande porte que ocupam lugares cimeiros na cadeia alimentar; a excepção é o lobo-da-terra que é insectívoro. A sua cabeça é grande em relação ao corpo, com orelhas relativamente grandes de terminação em bico ou arredondada e músculos maxilares poderosos. As patas traseiras, fortemente musculadas, são mais curtas que as patas da frente, o que dá um aspecto assimétrico ao animal. Apesar de serem caçadores eficientes, grande parte da alimentação das hienas é à base de carcaças que encontram ou que roubam a outros carnívoros. As hienas não são corredoras de velocidade, mas são resistentes e podem perseguir uma presa ao longo de vários quilómetros. A dentição é composta por 32 a 34 dentes fortes e adaptados à mastigação de ossos. O seu sistema digestivo está bastante bem adaptado à digestão de ossos e outras partes mais duras das suas presas. Esta eficiência em aproveitar todos os nutrientes de uma carcaça é uma das razões para o sucesso evolutivo do grupo - no qual as formas meramente corredoras, com uma dentição mais adaptada ao consumo de partes moles, desapareceram pela competição ecológica com os canídeos. À excepção do lobo-da-terra, que é solitário, as hienas são animais gregários e têm hábitos noturnos, embora possam pontualmente estar activas de dia. A hiena produz um som parecido com o de uma risada. Suas sociedades são dominadas pelas fêmeas, o que não é comum entre mamíferos, e as fêmeas têm níveis de agressividade muito altos, gerando hormônios masculinos, o que de fato interfere na procriação. Até as crias são muito agressivas e é comum matarem-se umas as outras. As hienas nascem com os olhos abertos e os dentes inteiramente formados. Vivem em clãs de até quarenta animais. Costumam caçar as presas como os lobos e raramente atacam em emboscada. O grupo surgiu na Eurásia no Miocénico (há cerca de 10 milhões de anos), a partir da família Viverridae, tendo a separação dos géneros Crocuta e Hyaena ocorrido no Pliocénico. A máxima diversificação das hienas verificou-se no Plistocénico, com nove espécies que viviam na Europa, Ásia e África. As variedades europeias extinguiram-se no fim da Idade do Gelo, devido à extinção da megafauna de que se alimentavam e às dramáticas alterações climáticas que então ocorreram. Fonte: Wikipédia

Vinca (Catharanthus roseus)

Catharanthus roseus

VINCA

Catharanthus roseus ou vinca-de-madagáscar, também como vinca-de-gato, simplesmente como vinca, também boa-noite, beijo da mulata e maria-sem-vergonha é uma pequena planta endêmica de Madagáscar. Em Madagáscar esta espécie encontra-se em processo de extinção devido a queima de seu habitat natural para a expansão da agricultura local. Não obstante, a vinca-de-madagáscar é cultivada em muitas regiões que apresentam clima tropical e subtropical, ocorrendo um processo de naturalização a estes novos lugares.
C. roseus é uma planta amplamente estudada pela medicina, devido à sua produção de alcalóides bisindólicos encontrados nas suas folhas que, quando extraídos e purificados, são utilizados no tratamento de vários tipos de cânceres e diabetes, e também por possuírem propriedades anti-inflamatórias. Por outro lado, sua seiva é extremamente tóxica e não deve ser consumida.
De floração anual, esta espécie é perene. Suas flores actinomorfas possuem cinco pétalas, de variadas cores. As folhas são opostas, brilhantes e ovaloides, medindo cerca de 2,5 a nove centímetros de comprimento e um a 3,5 centímetros de largura. Os frutos são pares de folículos de dois a quatro centímetros de comprimento e três milímetros de largura. A vinca-de-madagáscar é uma planta que se adapta muito bem ao calor e a luz solar direta, sendo muito resistente a seca por um período menor de um ano.

Classificação

A vinca-de-madagáscar foi descoberta primeiramente pelos europeus, sendo denominada erroneamente de vinca ou mirta. Esse erro foi corrigido, e C. roseus foi reclassificada para gênero Catharanthus. A correta descrição e colocação taxonômica deve-se a G. Don, pesquisador que a coletou, estudou e tirou as conclusões que se tratava de uma espécie do gênero Catharanthus. C. roseus possui vários sinôminos entre eles Vinca roseua (Basinômino), Lochnera rosea e Ammocallis rosea. Pela produção de carpelos (flores e frutos completos), é considerada uma Angiosperma.

Descrição

A C. roseus é uma planta perene, geralmente cultivada em canteiros ou jardins de flores. Em climas frios, a vinca-de-Madagáscar desenvolve um caule lenhoso, podendo crescer até um metro de altura. As folhas são brilhantes, e medem de cinco a sete centímetros de comprimento. As cinco pétalas de flores são tipicamente rosa, mas podem ser encontradas em cores vermelho, roxo e branco. Florescem melhor no verão, e como a maioria dos membros da família das Apocynaceae, esta planta pode exudar um tipo de látex leitoso. Existem várias subclassificações usadas para dividi-la, sendo tais:
Cooler - Ou resfriada, crescem compactadas em formato arredondado, as pétalas são sobrepostas formando uma espécie de pastel.
Carpetes - Inclui plantas que medem de sete a dez cm de altura e espalham-se a sessenta cm pelo chão. São ótimas plantas para decorações.
Pretty - Ou coisa bonita, assim como as de Cooler, as Pretty são compactas e possuem muitas flores numa só planta, medem cerca de 30,5 cm de altura.
Névoa da manhã - Possui grandes flores brancas com o centro rosa.
Guarda-sol - Tem grandes flores que medem cinco cm de largura, são brancas com centro rosa. A planta mede cerca de sessenta cm de altura.

Distribuição geográfica

C. roseus é endêmica da ilha de Madagáscar, no Oceano Índico. Pode ser encontrada em quase todos os países tropicais e subtropicais do mundo. Pelo seu grande uso medicinal, C. roseus é cultivada comercialmente na Austrália, África, China, Índia e sul da Europa. C. roseus tem sido cultivada em todo o mundo por ser uma interessante opção para decorações internas de imóveis, jardins e outros. Em Madagáscar, C. roseus encontra-se classificada como vulnerável por sua área natural e selvagem ter decaído por causa da instalação da agricultura e da queima nas florestas. Com sua naturalização em outros países, a vinca-de-madagáscar talvez não seja ameaçada, porém em Madagáscar ela está vulnerável, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).

Descoberta da Vimblastina

O descobridor da substancia vimblastina foi o Dr. Robert Laing Noble da Universidade de Toronto, em 1934. A descoberta da vimblastina esteve ligada ao tratamento de diabete. No ano de 1952, o Dr. Noble recebeu de seu irmão, Dr. Clark Noble, um envelope que continha 25 folhas de C. roseus. Esse envelope de origem jamaicana, enviado por um paciente de Dr. Clark, o qual explanava que na falta da insula para diabéticos, o chá da vinca-de-Madagáscar era utilizado como substituto. Percebeu-se que as folhas tinham poucos efeitos na diminuição da glicose no sangue, mas a diminuição dos glóbulos brancos no sangue foi o que chamou a atenção do Dr. Noble, o que sugeriu na possível cura para a leucemia. No ano de 1954 o Dr. Beer e a equipe do Dr. Noble conseguiram identificar, separar e purificar um alcaloide (que veio a ser chamado de vimblastina) que impede a multiplicação dos glóbulos brancos, o que veio a combater a leucemia. Até hoje a vimblastina é usada para o combate da leucemia, e também mistura-se com outras substância anticancerígenas, podendo a vir ser utilizada como tratamento a outros tipos de cânceres.

Utilidades

Devido às suas propriedades fitoterapêuticas, a vinca-de-madagáscar é uma planta de muita importância. Estudos revelaram que as folhas de C. roseus contêm vários tipos de alcaloides, entre os mais importantes a vimblastina e a vincristina que são muito eficaz no tratamento de alguns cânceres, combatendo principalmente a leucemia.

Uso para a farmacologia

Já foram encontrados mais de setenta tipos diferentes de alcaloides em C. roseus. A vincristina (extraído das flores da planta) que também é usado no tratamento de cânceres, como linfomas, Doença de Hodgkin, câncer de mama, leucemia linfocítica aguda, sarcomas de tecidos moles, mieloma múltiplo, neuroblastoma, entre outros. A extração e purificação da vimblastina e da vincristina são controladas devido a sua toxidade. Embora a vimblastina e a vincristina são semelhantes em estrutura, as duas substância produzem efeitos diferentes. A vincristina é considerada um pouco superior à vimblastina no tratamento do linfossarcoma. A raiz de C. roseus contém outro alcaloide, a alstonina, que tem um efeito calmante e que é capaz de reduzir a pressão arterial.

Uso para a medicina alternativa

A vinda-de-madagáscar é muito usado na medicina alternativa de vários países do mundo. Na medicina tradicional chinesa, a espécie tem sido usada para o tratamento de diversas doenças, além de planta ornamental, onde seus extratos têm sido usados para tratar alguns tipos de doenças, incluindo diabetes, malária e a doença de Hodgkin. Na Índia suas folhas eram utilizadas para tratamento de picadas de vespa. No Havaí, esta planta era fervida em água, dando origem a um cataplasma que era utilizada na paralisação de hemorragias.

Proibições de uso

Os conflitos históricos de indígenas, o uso como alucinógeno, uso recente da vinca-de-madagáscar como patente sobre medicamentos derivados por empresas de fabricação de medicamentos levou a acusações de biopirataria. No estado americano da Luisiana, segundo a lei estadual de nº 159, foi-se proibido o cultivo, a posse e a venda da vinca-de-madagáscar por seu risco se consumida via oral e pelo seu poder alucinógeno.

Conservação

Como são necessárias mais de uma tonelada de exemplares da vinca-de-madagascar para se obter uma pequena quantidade de alcaloides, esta planta vem sendo comumente observada. Por causa do desmatamento e a fragilidade a doenças a vinca-de-madagáscar foi classificada como vulnerável pela IUCN. Um estudo feito pela Botanic Gardens Conservation International provou que 50% dos medicamentos químicos naturais são provindos das plantas medicinais das quais estão em perigo de desaparecerem da terra, entre elas esta a vinca-de-madagáscar. A descoberta dos alcaloides nessa planta demostra a grande importância da conservação e do estudo da fauna selvagem que a cada ano se torna mais ameaçado.

Cultivos

A espécie é muito cultivada pela medicina alternativa e também com planta alternativa. A vinca-de-madagáscar é uma planta muito rústica e pouco exigente, por esses motivos pode ser cultivada em quase todo o mundo onde se apresenta um clima tropical e subtropical. O cultivo deve ser feito em um solo fértil e deve ser regado ocasionalmente, pois a vinca-de-madagáscar é bem resistente a seca e aguenta até um ano com pouca água. Ela é geralmente usada nas decorações de jardins, em maciços, vasos, bordaduras e jardineiros. O período de aparecimento das flores estende-se por todo o ano. Apesar de ser um bela planta, a vinca-de-madagáscar é geralmente trocada por períodos de dois anos, isso é feito porque ela perde sua beleza com o passar dos anos.

Parasitas

Sintoma de infecção numa muda de C. roseus parasitada por fitoplasmas. Apesar de produzir muitas substâncias tóxicas que a protegem da maioria dos parasitas, a vinca-de-Madagáscar é vulnerável aos rhizoctonia que compreende uma família de fungos geralmente parasitas que habitam os solos de quase todo o mundo. Especificamente a espécie Rhizoctonia solani tem causado preocupação quando relacionado a vinca-de-madagáscar. Esse parasita que habita solos férteis que tenham muita umidade ataca geralmente plantas ornamentais como a vinca-de-madagáscar causando sintomas conhecidos como tombamento (em inglês: Damping off). O sintoma grave é o escurecimento e amolecimento das sementes. Isso pode fazer com que a nova planta proveniente de uma semente infectada morra antes mesmo de sair do solo. Se caso a planta vir a nascer, logo depois ela entra em um estado de apodrecimento e morre. Além da catharanthus roseus, o R. solani infecta várias outras plantas ornamentais causando o efeito damping off o que faz com que o caule da planta apodreça e se desmanche causando a morte da planta. O R. solani tem um período de vida de mais de três anos nos sementes infectadas. Seu grande período de vida seja ele no solo ou nos restos dos vegetais faz com que o combate a esse fungo seja difícil. Uma pesquisa no ano de 2002 feita pela Universidade Federal da Bahia no estado da Bahia no Brasil provou a existência de fungos parasitas na vinca-de-madagáscar, são eles:
Aspergillus niger;
Chaetomium globosum;
Curvularia lunata;
Fusarium solani;
Lasiodiplodia theobromae;
Penicillium sp.;
Pestalotia sp.;
Rhizoctonia solani;
Rhizopus stolonifer;
Trichoderma sp.;
Outros pesquisadores também apontam o R. solani como o causador do apodrecimento da base da haste de gladíolo, sibipiruna e de algumas estacas de Azálea.